Teach me - Meddison

We don't need no education

"Está tudo nublado, e respirar se tornou uma tarefa extremamente difícil, Meredith avista uma sombra, uma sombra pouco mais alta que seu tamanho, cabelos presos. Meredith a toca suavemente e ao sentir o toque, sente todo oxigênio do mundo voltar aos seus pulmões. Meredith suspeita de um sorriso, mas está tudo tão embasado que não pode dizer com certeza. Sente um calor na sua pele, um calor suave que lhe aquece o corpo e toda sua alma, ela tenta com todas as forças enxergar através daquela fumaça, mas tudo o que houve é um barulho irritante que faz a fumaça ficar ainda mais densa e opaca. "

O despertador toca. São 07h da manhã. Uma mão pesadamente aperta o botão para desligar o barulho insuportável que acorda o corredor inteiro.

— Meu deus, Meredith, que merda de altura é essa? Você é surda? — pergunta uma mulher deitada, sonolenta enquanto coloca o travesseiro em cima dos ouvidos.

Meredith abre apenas um olho, até se acostumar com claridade que o dia trouxe.

— Eu preciso garantir que eu acorde. Se eu perder essa porcaria de primeira aula, meus pais vão me matar. — diz Meredith ao se levantar cambaleando até o banheiro.

— Seus pais? Quantos anos você tem, 30? E ainda tem medo do papai. — diz Amelia ao se levantar cambaleando de sono.

— Há, já acorda gozada logo de manhã né?

Depois de abandonar três cursos da faculdade, os pais de Meredith que lhe sustentavam até hoje com 24 anos, lhe deram um ultimato:

"Ou arruma qualquer curso que te dê um bendito diploma, ou cortamos seus gastos com seu apartamento desnecessariamente grande e suas festas semanais regadas a álcool."

A questão era a seguinte, nada estimulava Meredith, ela se sentia entediada em sala de aula e nada a fazia manter atenção ou empenho. Ela já havia ido em médicos em busca de um diagnóstico que indicasse tanto desinteresse, mas tudo o que ouvira fora puramente atestado de preguiça. Ela sabia que não era isso. Só não sentia prazer em assistir aula, era tedioso, perda de tempo e no fim ela nem lembrava muito do que tinha aprendido. Depois de investir em 3 áreas completamente diferentes, RH, Biologia e Cinema, Meredith não teve muita alternativa, não ligava por não ter tantas festas e luxo, mas achar um emprego sem uma formação seria uma dificuldade que seus anos sendo mimadas por dois pais de classe média alta, a impediriam de se sujeitar a passar.

Tendo seu pai, Thatcher sócio majoritário de uma empresa de engenharia mecânica terceirizada e sua mãe, Ellis diretora geral de uma clínica de cardiologia particular, Meredith optara por Administração. Ela dizia que queria seguir a carreira dos pais e empenhar-se em algum bom negócio, feelings genéticos, sabe? Mas a verdade era...Aos 24 anos não tinha ideia do que queria fazer. Embora tivesse seu temperamento hiperativo e confuso, conseguira passar facilmente na prova para interar uma das melhores Universidades da California, Stanford.

De volta ao quarto do sono em Stanford, Meredith se preparava nada ansiosa para seu primeiro dia, um dia em que qualquer aluno comum experienciou apenas uma vez, enquanto Meredith estava em sua 4 tentativa. Qualquer ansiedade parecia bem idiota pra ela.

Lavou seu cabelos loiros e os secou com secador na pia do banheiro, enquanto ouvia Amelia gritando do outro lado da porta pra ela deixa-la entrar.

Amelia conhecera Meredith em uma festa de verão, após a morena passar terrivelmente mal após um término e muitas e muitas biritas, a loira solidaria oferecera seu ombro e seu banheiro para acalmar os ânimos. Com isso descobriram que tinha muito em comum.

Amelia que também abandonara a faculdade, com a volta de Meredith aos estudos se sentiu estimulada a voltar a tomar um rumo de sua vida, ainda mais tendo Meredith de 24 anos ainda recebendo ordens dos pais como seu exemplo de vida.