Meredith
Havia uma porta, eu a empurrei, precisei de muita força pois a porta era bem pesada e eu me sentia com menos forças do que o normal. Uma moça gritava por trás da tal porta, era uma sala de aula, a moça parecia sentir dor, gritava uniformemente. Eu contei. Um, dois, três, grito, um dois, três, grito. Ela sentava em cima de um homem, ele parecia sentir dor também, mas gritava mais baixo. A cadeira que ele sentava rangia com seus movimentos, eu quis ajuda-la, pois ele parecia machuca-la muito. Ela dizia palavras ruins, palavras que minha professora me dizia, mas eu sabia que eram ruins. Afastei a porta o máximo que pude, com a pouca força que tinha, e gritei pra ele parar de machuca-la. Ele parou seus movimentos, me olhou e empurrou-a de cima dele com violência. Ele ficou muito bravo porque eu o impedi de continuar, tão bravo que jogou uma cadeira em minha direção.
— Meredith! Meredith, Meredith!
Alguém gritava meu nome, sentia o chacoalhar do carro, acho que era uma ambulância, eu nunca havia andado em uma, me enjoava. Eu estava deitada e um líquido quente caia de minha testa, fazia meus olhos arderem, passávamos por ruas com bastante depressão, mas porque a voz da paramédica que limpava o líquido que caia em meus olhos era idêntica a de Amelia?
Abri meus olhos assustada, Amelia me sacudia ao lado de minha cama, eu estava tão suada que podia ver as manchas molhadas em meu pijama e meus lençol.
— Meredith, respira, você tava sonhando de novo. — disse Amelia sonolenta e cansada.
Eu tentava respirar fundo, mas sentia como se tivesse esquecido como fazer isso. Amelia voltou a perguntar se eu estava bem, mas a voz dela parecia ainda tão longe, eu estava dentro do meu quarto, mas ainda parecia como se estivesse naquela ambulância turbulenta.
Coloquei a mão na testa com medo de sentir alguma ferida aberta, mas tudo o que tinha era meu suor.
— Você quer ir até a enfermaria? Olha, busquei água pra você. — disse Amelia me entregando um copo.
Eu o peguei, mas não pude deixar de pensar, quando ela tinha buscado? Eu já estava acordada? Ela sumira e eu não percebera? Porque pensar nisso estava me incomodando tanto? Onde eu estava? Sinto que estou perdendo a cabeça. Eu queria perguntar pra ela, mas as palavras não saiam.
— Você quer dizer algo? Fica calma, toma a água. — ela empurrou o copo com calma e eu bebi.
Amelia percebera que eu não tinha acordado completamente e o susto do pesadelo tinha me deixado catatonica, ela pegou o copo de minha mão e me fez deitar novamente.
— Volte a dormir, Meredith, daqui a pouco acordamos e tenho certeza que estará melhor.
Amelia era uma boa amiga, eu talvez não fosse boa amiga pra Amelia...eu...devia ser...melh...
Acordamos as duas com o som alto do meu despertador. Esfreguei meus olhos e olhei pro teto, não me lembrava do que tinha sonhado no meio da madrugada, mas sabia que Amelia havia me acordado.
— Como você está? — perguntou Amelia bocejando.
— Ótima, mal me lembro do que houve. — disse com sinceridade.
Agradeci a ela por me fazer dormir novamente, senti como se isso tivesse limpado aquele pesadelo do meu corpo, me fazendo acordar renovada.
***
Tivemos uma aula excelente com Deluca. Ele nos ensinou alternativas que as grandes corporações multinacionais poderiam tomar para valorizar o material que vendiam, de uma forma ecológica, além de apontar formas de concentrar os lucros com essas economia e direciona-los a entidades. Parecia tudo muito chato, mas não sei o que esse homem tem que sabe fazer tudo virar mais divertido.
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Teach me - Meddison
RomanceAddison Montgomery, diretora de universidade, professora, imponente e arrogante vai perceber que pode aprender muito mais com a mimada Meredith Grey, sua aluna de 24 anos do que a vida jamais lhe ensinara. Meredith por sua vez vai engolir toda educa...