Betrayed?

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Era a manhã pós natal. As aulas ainda não haviam voltado, mas o telefone de Addison tocava insistentemente.

Ela acordou sonolenta e pegou seu celular, vibrando no criado mudo.

Quem é? — disse em uma voz que mal saia.

Addison, desculpe te acordar, sei que está de folga, mas creio ser um assunto um pouco urgente. — disse Mark.

Mark? Você só pode estar de brincadeira. — disse Addison se sentando na cama.

Será que você poderia dar um pulo na sala da direção? Eu tenho duas pessoas que gostariam de falar com você. — disse numa voz baixa.

Mark, a não ser que essas duas pessoas sejam o Papa e Jesus Cristo, diga para me procurar semana que vem, quando acabarem as férias de inverno. — disse ameaçando desligar seu celular.

Addison, são os pais da Srta. Grey. — disse parecendo lutar contra aquela informação.

Addison franziu as sobrancelhas, virou-se e encarou Meredith que ainda dormia.

O que eles querem? — sussurrou.

Eu acho melhor conversarmos pessoalmente... E Addison, eu não avisaria a ela se fosse você. — disse em tom ameaçador.

Mark... O que está acontecendo?

Fique calma, mas... — Mark pausou drasticamente para continuar, como se esperasse o melhor momento. Baixou ainda mais sua voz e quase num sussurro disse:

— James Olsen está aqui.

O coração de Addison palpitou aceleradamente com a informação. O que seu chefe estava fazendo lá? Como ele conhecia o casal Grey? Temia por seu emprego, temia por sua reputação que conquistara do zero, temia até mesmo por Mark que sempre fora seu cúmplice e amigo, mas principalmente uma forte impressão a envolveu, demonstrando que deveria temer principalmente... Por sua relação com Meredith.

***

Meredith

Abri meus olhos graças ao sol que invadia as cortinas que Addison esquecia de fechar toda noite. Me virei sonolenta para acorda-la. Eu não ia levantar pra fechar, ela esquece, ela que feche. Mas senti minha mão indo ao encontro do vazio, o lençol do seu lado estava bagunçado e frio.

Olhei ao redor do quarto, confusa. Me levantei a sua procura:

— Addison? Addison? — saí do quarto e gritei pelo extenso apartamento.

Eu odeio acordar sozinha e Addison sabe disso, pensar nessa falta de consideração me fez ficar um pouco irritada com ela.

Respirei fundo prestes a bufar e senti o aroma que vinha de meu pijama... Era seu cheiro. Meu coração acelerou e eu sorri vencida. Não sentia nada por essa mulher que não fosse amor e saudade.

Peguei meu celular em cima da cama liguei para ela. Chamou uma. Duas. Nove vezes... Nada. Até que na décima, uma surpresa. Caixa postal direto. Ela havia desligado o celular.

Encarei a tela do telefone indignada, meu coração falhou uma batida. Imaginei mil e uma possibilidades.

Juntei toda minha paranoia com sua ausência e já me veio a cabeça... sequestro, assalto, assassinato, sequestro depois assassinato, assalto depois sequestro depois assassinato. Uma amante!

Essa foi a pior alternativa.

Percebi que eu não tinha ninguém pra ligar, pra perguntar onde ela havia se metido em plena manhã de 26 de dezembro. Isso me deixou triste, pensar que eu não estava envolvida em sua vida como ela estava na minha.

Teach me - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora