Treasure hunt

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Eram 20h quando Addison chegara no endereço. Era um bairro luxuoso, a casa embora pequena, tinha seu charme, um chame que devia ter custado uma pequena fortuna. As luzes estavam acesas. Addison parou seu carro na frente do jardim e encarou. Pensou em ir embora diversas vezes, mas cinco horas dirigindo pra ir embora, não lhe parecia correto.

A casa aparentava ter pouca movimentação, alguém passava de um lado pro outro algumas vezes, mas ela não conseguira identificar.

— Vamos lá. — disse a si mesma, descendo de seu carro.

Seguiu pelo piso de tijolo cor de creme até a porta bem iluminada.

Respirou fundo e tocou a campainha. Nada. Tocou novamente, nada. Ouviu alguns passos e então a porta se entre abriu devagar.

— Olá? — disse Addison, espiando dentro da casa. — Meredith? — gritou, entrando aos poucos. — Eu tô entrando. — avisou, afastando a porta lentamente.

A casa tinha alguns abajures acesos, iluminando algumas partes. Ao entrar, Addison sentiu o cheiro doce de Meredith invadir seu nariz, a casa inteira cheirava a ela. Olhou a parede e tinha diversos quadros, quadros que nunca vira, quadros pintados por Meredith.

Os olhos de Addison se encheram de lágrimas ao seguir com os olhos a parede ao lado da escada, três quadros estavam pendurados, e um deles, era um desenho, quase rascunho...De seu rosto, a única parte pintada eram seus olhos verdes. Sentiu a lágrima salgada invadir sua bochecha quente.

Sua Meredith estava ali, e ainda a amava. Seu coração se aqueceu com aquele momento, nem estava brava ou magoada, só queria encontrar Meredith, tocar, abraçar, dizer o quanto sentira sua falta.

Saiu apressadamente buscando pela casa:

— Meredith! Meredith! — gritou por cada cômodo e eram tantos.

Subiu o segundo andar e foi até seu quarto. Estava uma bagunça...A bagunça de Meredith. A bagunça mais encantadora que já vira. Ao adentrar o quarto, viu uma escrivaninha desorganizada, nela tinha alfinetes e imãs cor de rosa em formato de flores. Addison sorriu, feliz por ver que Meredith não perdera o ar infantil que sempre tivera. Passou a mão pelos objetos carinhosamente, sentindo a textura dos imãs de ferro, dos papéis com desenhos rabiscados, do notebook fechado. Estava encantada, deslumbrada, como se cada objeto dali fosse feito de puro ouro.

Olhou sua cama, com o cobertor bagunçado e se atreveu a sentar. Pegou um travesseiro e o cheirou. Mesmo sabendo que dividia o mesmo espaço com Meredith, se sentira atraída por sentir aquele cheiro...De saudade. Abriu os olhos após se embreagar com a fragrância de Meredith tão presente e mirou um papel embaixo do travesseiro. Olhou pra trás, como se soubesse que faria algo errado e abriu o papel, dobrado em uma única dobra:

90008 – Crenshaw, Los Angeles.

Era um endereço.

Addison franziu as sobrancelhas.

— Meredith? — gritou se levantando depressa. — Onde você está? Sei que está aqui. Vamos, Meredith, pare de brincar comigo.

Addison estava ficando irritada com aquele jogo de gato e rato, após procurar Meredith por todos os cantos da casa voltou pro seu carro chateada. Era tarde, mas ela não se importou. Não estava cansada. Respirou fundo e encarou a casa novamente. Pegou seu celular e colocou o endereço que constava no papel, no GPS. Quarenta e sete minutos de distância.

***

Dirigiu até o sul de Los Angeles, atravessou os bairros nobres, a parte média, até chegar em um dos bairros mais periféricos da cidade. O horário era avançado, as ruas vazias a deixou com medo, mas Addison não desistiu.

Teach me - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora