Dul – Ainda não sou vidente. – Ele sorriu e ela também sorriu, escondendo-se, como se fosse desajeitada o bastante para fazer aquele pequeno gesto sob seus olhos. – Você está aí parado, vagando por algum universo e eu estou aqui apostando o meu café santo de todas as manhas para saber sobre o quê.
Chris – O sol. – Ela assentiu, franzindo a testa.
Dul – Sim, graças a Deus o sol! – levantou-se, enfiando as mãos em seu bolso.
Chris – Não... Você alguma vez já viu os seus cabelos sob sol? – Ela fez uma careta confusa, virando-se de costas para Christopher, observando-se em um pequeno e manchado espelho pendurado ao lado da porta.
Dul – Bem, faz tempo que não reparo nisto... – Voltou a virar-se para Christopher.
Chris – Se você se perdesse entre milhares de pessoas e por alguns segundos o sol batesse contra os seus cabelos, eu te encontraria no mesmo instante. – Ela segurou a respiração, deixando outro sorriso confuso escapar por seus lábios. Virou-se novamente mirando-se no espelho, percebendo que realmente...
Dul – Ah! – Disse, enfim entendo sobre o que ele falava. – Está é uma forma de você dizer-me para trocar a cor dos meus cabelos em uma hora? – Ele assentiu sorrindo uma vez mais, engolindo a saliva por avistar um sorriso ainda mais sincero naqueles lábios, naqueles olhos ainda levemente inchados e avermelhados. – Bem, eles realmente parecem uma lanterna. –Deu com os ombros. – Que cor? Preto? – Ele assentiu, imaginando a intensidade ainda maior que os olhos dela iriam adquirir com aquela cor.
Chris – Preto é uma boa cor.
Dul – Certo... Então, eu acho que preciso de...
Chris- Luvas e tinta de cabelo, sim?
Dul – Sim, exatamente.
Chris – Temos uma hora e meia até termos que ir para o aeroporto. Acho que vi uma farmácia ou um pequeno cabeleireiro por aqui, eu volto em poucos minutos.
Dul – Sim, eu tentarei arrumar uma estratégia para não manchar minha s mãos e todo o banheiro. – Ele assentiu, sorrindo, pegando seu casaco e sua carteira.
Chris – Faça isto.G
Dul – Um dia depois que eu te vi pela primeira vez... – Ela disse e antes que sair Christopher virou-se, franzindo sua testa em confusão.
Chris – Desculpe?
Dul – Meus cabelos... Eu virei ruiva um dia depois de ter te visto na escola. – Ele sorriu, negando com a cabeça. – Pretos, eles... – apontou para seus cabelos. – Eram pretos. Traga-me uma tesoura também. – Ele assentiu uma vez mais, deixando o quarto.
Chris – Quem é ela? – Fez um gesto com a cabeça, indicando para Alfonso a ruiva que estava sentada em um dos banquinhos do pequeno parque da escola que estudavam.
Alfonso sorriu, negando com a cabeça.
Alfonso – A loira, a ruiva ou a morena? – Christopher sorriu do tom debochado de seu melhor amigo, indicando com a cabeça novamente. – A ruiva?
Chris - Sim, a ruiva, quem é ela? – Alfonso apoiou o outro pé na parede, segurando seus livros debaixo do braço, lançando um sorriso para duas loirinhas do segundo ano que passaram em sua frente lançando lhe olhares e piscadelas. – ei, concentração, por favor!
Alfonso – Dulce alguma coisa, não me lembro. Anda com Anahí alguma coisa e bem, sobre esta última, me dê dois dias que descubro até se seus avós ainda são casados e felizes. –Christopher gargalhou, negando com a cabeça, sentando-se no banco ao lado de Alfonso. – Ah Christopher, qual é?
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A FALTA QUE VOCÊ ME FAZ
FanfictionAs consequências de um perda. Inquebrável ligação. A química. Os olhos dele. O sorriso dela. A falta que você me faz.