CAPITULO 67 - INOCENTE

353 21 4
                                    


O primeiro toque de um homem que desesperadamente havia procurado o seu filho. 

E havia o encontrado. 

Por aquela mão o sangue corria, havia vida.Por aquele rosto havia semelhança, havia um sorriso conhecido, magnífico. 

Chris - Está mesmo o sentindo, Dulce? - Perguntou, fascinado por aqueles olhos, seus olhos, seus, seus, seus olhos. - Você está mesmo... - Calou-se. 

Joaquim - Seu nome é Dulce? - Dulce assentiu, sorrindo. - Dulce de doce? - Ela uma vez mais assentiu. - Doce é legal. Posso te chamar de doce? 

Dul - Você pode chamar-me do que você quiser. - Leonardo assentiu, com seus olhar cruzando novamente com o olhar de Christopher. 

Chris - Você é lindo. - Christopher murmurou, disfarçando sua voz chorosa, limpando rapidamente as lágrimas, abrindo seu sorriso para que três sorrisos brilhassem com intensidade naquele pequeno ciclo de amor. - Você é tão lindo, é tão... 

Dul - Você. - Dulce murmurou. - Ele é completamente... você. 

Os olhos de Joaquim pareceram avistar alguma coisa às costas de seus pais.Os olhos de Dulce se viraram para observar quem atraia a atenção de seu filho.Era Fernanda, que permanecia com seu filho firmemente em seus braços. Ela ela o agarrava com uma força contida, como se informasse que ninguém, ninguém naquele mundo o tiraria dali. O choro ainda tomava seu rosto não completamente desconhecido por Dulce. O estranho era que ela continuasse ali, os mirando... 

Joaquim - Olha, dona Fernanda. Encontrei a anja. - Fernanda sorriu, com o som de seu riso misturando-se com seus soluços. 

Fernanda - Estou vendo meu bem, eu estou vendo que você a encontrou. - Joaquim sorriu com satisfação. - Eu tenho certeza que ela estava te procurando também. Eu tenho certeza absoluta que ela estava te procurando. - Joaquim assentiu, mas de repente deixou de sorrir, mirando os olhos de Dulce e de Christopher para então sair do braços de sua mãe, andando com pressa para o lado de Fernanda, para o lado das pernas de Fernanda.

Christopher percebeu que eram coisas demais acontecendo em um curtíssimo período de tempo. Leonardo queria, mas sabia que não podia confiar tanto assim em estranhos. 

Fernanda - Não há o que temer querido. - Fernanda murmurou, o mirando, abaixando-se com grande esforço. Lucas mantinha os olhos fechados, como se estivesse dormindo. - Lembra o que a tia lhe disse? Não precisa sentir medo, principalmente destas pessoas. 

Joaquim - A mamãe falsa vem buscar o Joaquim, tia? - Dulce engoliu a saliva, levantando-se, unindo sua mão à de Christopher. 

Fernanda - Não querido, a mamãe falsa não vem. E sabe de uma coisa? Para que uma mamãe falsa se você pode ter a mamãe de verdade? Ela é mamãe de verdade. Se lembra? O que conversamos hoje de manha sobre o momento que a mamãe de verdade viria te encontrar? -Joaquim assentiu com a cabeça, mirando Dulce com o canto dos olhos. - Então... Está vendo como foi rápido? - Joaquim assentiu, ainda confuso. 

Chris - Ele é só um bebê. - Christopher murmurou, cerrando seus punhos. - É um bebê e estamos confundindo sua cabecinha. Meu Deus. - Engoliu a raiva, engolindo também a vontade de perguntar como alguém poderia não ter amado e adorado o seu filho. - Não diga mais nada. Deixe que ele pense sozinho, ele... ele tão pequeno e não deve... 

Joaquim - Tudo bem. - Joaquim disse, mirando Dulce que franziu a testa, contendo a vontade de aproximar-se e pegá-lo em seus braços. - Tudo bem em você ser a mamãe de verdade. -Ele murmurou e Fernanda sorriu, assentindo, encorajando-o, motivando-o. - A mamãe falsa não gostava do Joaquim, a mamãe de verdade gosta... Gosta não é? 

A FALTA QUE VOCÊ ME FAZ Onde histórias criam vida. Descubra agora