Sem saída, sem entrada, sem escolha...Se os corpos mortos de Dulce e Christopher aparecessem ou desaparecessem, eles também teriam que desaparecer.
Alfonso – O que você está fazendo? - Perguntou entre os dentes, segurando Dulce com força pelo braço, impedindo-a de sair. – Christopher...
Dul – Matarão nós três se eu não sair daqui. Há um plano, Alfonso. Você sabe que há um plano.
Alfonso sabia que após aquele episódio viria uma longa e árdua batalha ao lado da justiça. Todos os envolvidos direta e indiretamente com aquela história seriam submetidos a diversas e pesadas investigações vindas tanto da polícia Mexicana, quanto da polícia Americana. Aquilo estava só começando.
A justiça estava só começando a ser feita.
O relógio informou a Alfonso que já se passava das oito da manhã. Não precisava ser um agente federal ou um membro da polícia para ter a ideia de que entre aquela multidão de pessoas havia muitos dos homens comprados por Valter e Juanes.
Alfonso - Matem. – Alfonso murmurou, respirando fundo, preparando-se para sair da casa. –Eu duvido que agora sejam capazes de matar algum de nós, seus merdas. – Completou para si mesmo, mirando a televisão que agora passava imagens de Dulce, Christopher, Fernanda, Anahí, Lucas, John e Leonardo. – Vamos Laura? Laura assentiu com a cabeça.
A imagem que voltava para sala de conferências mostrou um Christian que mirava o relógio apertando discretamente os olhos, confirmando inconscientemente a Alfonso que era hora de agir.
Deixou a casa sendo protegido pela polícia que ali se encontrava. Como 'urubus' famintos a mídia aproximou-se, cercando-os com perguntas, câmeras fotográficas e câmeras de vídeo. No meio de todo aquele caos Alfonso conseguiu identificar o homem enviado pelo editor chefe com o qual havia falado inicialmente. O mesmo vestia um colete diferenciado dos demais repórteres ali presentes.
O homem lhe fez um sinal, indicando um carro há apenas alguns metros de distância. Alfonso assentiu, mantendo Laura próxima ao seu corpo, tentando protegê-la de todo aquele caos, de todo aquele circo que adquiria dimensões maiores a cada instante.
- Dulce Maria e Christopher Uckermann estão mortos?
- A família mantém contato com John Moore?
- Algum de vocês possui acesso à localização dos desaparecidos?
Com muito custo Alfonso conseguiu alcançar o carro da emissora que os esperava. Um magro e corado homem, com grande óculos de grau e cabelos mal cortados ofereceu-lhe o banco do motorista, dando sinal para que sua imensa equipe o seguisse durante todo o caminho.
A polícia questionou a movimentação de Alfonso e Laura. Alfonso ligou o carro, lembrando-se do endereço indicado por John, pondo-se a dirigir com grande concentração, esquecendo-se de que logo atrás dele formava-se uma fila de carros dos mais variados jornais do país, viaturas, e dos mais variados curiosos. Para a surpresa de Alfonso, o homem ao seu lado tirou uma arma da mochila que levava sobre seu colo. Os olhos de Laura arregalaram-se, a garganta de Alfonso se fechou. Não deixou de dirigir. Apertou mais o volante, tentando respirar e continuar mantendo o controle.
Alfonso – Vai nos matar? – Questionou e, o homem tirou outra arma da mochila, mantendo silêncio. – Alfonso respirou fundo, acelerando o carro, engolindo a saliva ao perceber que de olhos fechados, Laura iniciava uma apaixonada oração.
- Sou um agente Federal desligado. – Mirou Alfonso. – Fui parceiro de John em uma missão no Oriente Médio. Estou aqui para te ajudar, não para te matar. Sou seu homem de confiança. –Virou a arma, entregando-a para Alfonso que o mirou nos olhos por alguns segundos, aceitando a arma, guardando-a em um bolso de fácil acesso de seu casaco. – Estou infiltrado há dois dias no Jornal Rica.
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A FALTA QUE VOCÊ ME FAZ
FanficAs consequências de um perda. Inquebrável ligação. A química. Os olhos dele. O sorriso dela. A falta que você me faz.