CAPITULO 39 - BANDIDOS

376 22 0
                                    




Ele perguntou com um fio de voz, mordendo seus lábios, soltando o ar de forma dolorosa pelos mesmos. Ela viu que olhos criados para amar mostravam que seu dono estava machucado. Viu a lágrima que escorreu pelos olhos de Christopher, perdendo-se em uma fração de segundo no lençol sobre a cama. Foi a vez dela gemer ao escorregá-lo para dentro de seu corpo uma vez mais.

Chris - E o que eu faço da minha vida se eu não lhe entregar o seu filho?

Dulce mordeu seus lábios, engolindo o choro, forçando seu corpo para frente e para trás, deixando de respirar ao perceber que podia novamente com ele e com tudo o que ele tinha a lhe oferecer.

As mãos de Christopher deslizaram de sua cintura para as suas coxas, segurando-a com firmeza, dando a ela a visão de suas mãos fortes e das veias que lhe ameaçavam saltar das mesmas de tão intensa que se encontrava sua pulsação.

Chris - Você me machuca. - Ele sussurrou e os olhos dela tornados-se avermelhados enquanto negava com a cabeça, com suas mãos encontrando as mãos de Christopher em suas coxas, com seu corpo formando-se em um ritmo lento, profundo e constante. Ele apertou os olhos, controlando a necessidade de ir mais rápido, mais fundo. - Você me machuca, mas eu preciso de você ... - Ela fechou seus olhos, engolindo um soluço, mordendo seus lábios ao perceber que ele agora se move contra ela. - Eu preciso de você, eu quero você ... - Ele assentiu com a cabeça e ela deixou que as lágrimas de seus olhos fluíssem pelo seu rosto, por seu corpo, terminando sobre o dele. - Eu quero você. - Ele repetiu com a voz mais baixa, abafada pela dor e pelo prazer.

Então Dulce deixou de mover-se, com seus olhos bem mergulhando na imensidão dos olhos dele, com seus lábios trêmulos denunciando os sentimentos que sua voz não tinha coragem de pronunciar.

Chris - Mas você não ... - Ele murmurou e a segurou pela cintura de forma que pode virar seus corpos, ficando por cima. Ergueu a perna dela, passado o braço por trás do joelho desta mesma perna, afastando a outra com o joelho, investindo a sua maneira pela primeira vez. –Não da mesma forma que eu ... - Investiu novamente, com força, fazendo ambos deslizarem pelo úmido lençol. - Você jamais gozou o que se passou entre nós da mesma maneira que eu ... E mesmo assim eu a quero. - Beijou-lhe o pescoço, limpando com seus lábios lágrimas, preenchendo da forma que Dulce eternamente se lembraria. - E mesmo assim eu morreria por você.

Ele terminou de dizer, para então lhe alcançar os lábios, roubando dela gritos e gemidos, sentindo em sua pele aqueles mesmos arranhões que indicavam que uma vez mais eles estavam beirando o precipício que os levaria direto ao inferno que não ardia mais, que jamais arderia mais do que a dor daquelas saudades.

Negação.

Dul - Querido, o bebê está chorando.

Chris - Não posso me levantar. - Ela sorriu a gargalhadas e aquele fato fez com que Christopher sorrisse com intensidade, tendo a certeza que não havia jeito melhor para começar seu dia. - Não posso nem ao menos falar, tenho marcas e dor por todo o meu corpo, minha mulher acaba comigo. - Ela novamente gargalhou, rolando pela cama, deitando-se por cima dele ainda completamente nua.

Dul - Deixará seu filho chorando quarto, sozinho?

Chris - Não faça drama, você reconhece este choro. - Ela assentiu. - Este é o famoso miado "quero que meus pais se levantem".

Dul - A culpa é sua. - ela beijou-lhe os lábios, sentando sobre sua cintura. - Inteiramente sua, que não deixa que ele fique no berço que nós compramos.

Chris - Eu fico quase o dia inteiro fora. - A segurou pela cintura. - Mulher, nem ouse escorregar esse corpo para cima. - Dulce gargalhou novamente. - Eu não estou brincando, eu não posso me mover.

A FALTA QUE VOCÊ ME FAZ Onde histórias criam vida. Descubra agora