Haviam desembarcado em um dos aeroportos mais movimentados da região metropolitana da cidade de Nova York, especialmente quando se tratava de voos internacionais. O Aeroporto John F. Kennedy localizava-se a aproximadamente 15 milhas da cidade de Nova York, na seção sudeste do Quens na baía da Jamaica.
Não haviam desembarcado logo em Manhattan pelo fato de não haver voo local no período o qual eles precisavam. Adiar a viagem para a parte da noite, seria como perder enormes e preciosas horas de colheita de informações.Não estavam absurdamente longe de Manhattan, o famoso metrô de NY - que interligava os quatro distritos da cidade. - que tomariam logo após a liberação de suas malas, os deixaria perto do pequeno e discreto hotel o qual Dulce havia escolhido para se instalarem enquanto os endereços que Ian havia lhes dado apontassem para as ruas daquele grande centro financeiro.
Os vagões do metrô alcançavam o aeroporto JFK e passavam sob um bairro no Queens, um bairro no Brooklyn, uma região do Harlem até chegarem ao bairro Chelsea em Manhattan, onde desembarcariam.Tudo o que Dulce precisava fazer era manter-se firme, aguentar a viagem e esperar a hora certa de ir atrás do primeiro contado que Ian havia lhes fornecido.Não era somente ela que estava cansada... Não era somente ela que necessitava desesperadamente de um banho e longas horas de sono... Christopher também precisava, Christopher também estava cansado, mas podia perceber claramente que ele não fecharia os olhos antes de conferir se tudo estava dentro do planejado.
Aquele homem realmente não descansaria antes de encontrar alguma coisa sobre Leonardo... E aquele fato fez com que seu coração desse outra fisgada. Uma fisgada tão intensa que foi obrigada a deixar de andar por alguns segundos pelo corredor que os levaria até a esteira onde suas malas em pouco tempo já estariam disponíveis. Christopher parou ao seu lado, com seus olhos atentos e aguçados varrendo o perímetro o qual encontravam-se, procurando qualquer coisa suspeita, qualquer tipo de agente Federal. Nada, não encontrou nada, mas ainda assim...
Chris – Há algo estranho. – Ele murmurou e a trouxe para mais perto de seu corpo. Podia ver que as malas já haviam sido liberadas, o movimento se fazia ainda mais constante, milhares de pessoas passavam pelos enormes e extensos corredores, embarcando, desembarcando, checando documentos, passagens... Voltou a caminhar a trazendo junto com ele, o relógio lhe dizia que era um pouco mais do que cinco horas da tarde, os longos casacos que as pessoas que entravam no aeroporto usavam, lhe informava que o frio lá fora deveria estar intenso. Mas isto eram detalhes... Meros detalhes...Havia algo diferente acontecendo, dentro e fora dele... Ele podia sentir.
Dul – Christopher... – Ela começou a dizer.
Chris – Eu sei. – Ele a interrompeu, caminhando com mais pressa até o lugar o qual deveriam pegar suas malas. E as pegaram, dividindo da melhor maneira possível o peso. Christopher parou em uma área própria do aeroporto que trocava o dinheiro estrangeiro pelo dinheiro local. Em menos de 15 minutos ele estava de volta ao seu lado, caminhando até a saída que os levaria até o metrô de Nova York.
Em menos de 15 minutos ele estava de volta ao seu lado, caminhando com velocidade até a saída que os levaria até o metrô de Nova York. Era a primeira vez que Dulce encontrava-se ali e mesmo com aquelas milhares de sensações e emoções, foi inevitável que seus olhos não apreciassem a mudança de atmosfera. As luzes, o idioma, as ruas, o clima... Tudo parecia completamente diferente. Sabia que o distrito de Queens era conhecido por sua diversidade cultural, mas nada podia a alertar sobre a diversidade que ela encontrava naquele instante.
O frio não fazia com que alguns jovens não continuassem dançando um ritmo contagiante de uma batida forte e intensa que elas poucas vezes havia escutado em sua vida. Mulheres e crianças se remexiam naquele mesmo ritmo, a bela cor de sua pele negra parecia dar um toque ainda mais charmoso para as roupas largas que caracterizavam um estilo muito semelhante ao do Hip-Hop. Eles dançavam para valer, garotas mais novas pulavam corda na calçada do lado, se olhasse para cima podia ver o metrô passando naquele mesmo instante.
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A FALTA QUE VOCÊ ME FAZ
FanfictionAs consequências de um perda. Inquebrável ligação. A química. Os olhos dele. O sorriso dela. A falta que você me faz.