CAPITULO 75 - IS AMÉRICA BABY

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Anahí tremia de frio quando avistou um carro bem velho e silencioso aproximando-se. 

O ônibus que havia a deixado na rodoviária da pequena cidade de Sain Louis já havia partido. A lojinha de conveniência ainda estava aberta e o barulho do sino que tocava quando algum cliente entrava na pequena lojinha começava a causar danos aos nervos de Anahí. 

Estava escuro e frio. O cheiro de gasolina do posto ao lado da rodoviária começava a enjoar seu estômago mais sensível do que o normal nas últimas horas. A quantidade de árvores que habitavam aquele lugar o tornava assustador pela noite. Um casal apaixonado conversava na porta da loja característica dos filmes de Hollywood, um senhor saia da loja com um engradado de cerveja, caminhando rapidamente para sua caminhonete grande e enferrujada. 

Anahí - Is América, baby. - Brincou, tornando-se séria logo depois de observar como um homem caminhava em sua direção. Seus sentidos apitaram."Perigo".Ele movia-se como um felino, fazendo pouco ou nenhum barulho, sabendo exatamente onde colocar seus pés, seu corpo, seus olhos. Ele parou na frente de Anahí mirando-a, mesmo com ela tendo certeza de que ele observava ao mesmo tempo cada coisa ao seu redor.Esperou o sinal que ele faria, confirmando que era Jonh Moore. 

Jonh - Sua mãe vai bem? - Anahí assentiu. A pergunta era o primeiro sinal. - O idiota do seu cunhado mandou-lhe lembranças. - Pronto, o segundo sinal. Anahí relaxou, respirando fundo.

Anahí - Parece que estou em um maldito e pirado filme de terror neste lugar infernal. -Murmurou, afastando seus cabelos, observando como Jonh franzia a testa mirando as tatuagens em suas mãos, seus olhos azuis ressaltados por sua maquiagem característica. Ele pareceu sorrir. - Há algum problema com a minha cara, senhor agente secreto? - Jonh negou com a cabeça, pegando do chão a mala que Anahí havia trazido. 

Começaram a caminhar com velocidade para o automóvel. Jonh vestia um boné e sua cabeça baixa não deixava que Anahí visse direito seu rosto. Entraram no carro e em poucos segundos Jonh já dava partida no automóvel. 

Jonh - Sou Jonh Moore. - Ele apresentou-se, tirando o boné. Anahí observou sua beleza tão tipicamente americana. 

Anahí - Sim, você é. - Jonh pareceu sorrir uma vez mais. - Ah, já sei. - sorriu também. - Você esperava um modelo mais Dulce, não é? - Ele negou com a cabeça. 

Jonh - Não, não é nada disso. 

Anahí - Então é... 

Jonh - É isso, exatamente isso. - Anahí assentiu, sorrindo. - Precisamos conversar antes de chegar ao chalé. Preciso dar algumas indicações e explicar-lhe algumas coisas. 

Anahí - Estou ouvindo. 

Jonh - Estamos em um chalé que considero seguro, mas os fatos não nos colocam seguros em lugar nenhum. Não sairão de lá. Dentro do chalé vocês possuirão tudo o que eventualmente podem precisar. Precisamos garantir a segurança de vocês o máximo possível e isto implica que a nossa presença naquela vila seja pouco ou não notada. Você receberá um novo celular e só falará comigo ou com Christopher. Se alguém diferente ligar, até mesmo sua irmã, tenha a certeza de que há algo de errado. As coisas estão acontecendo com velocidade e isto é muito mais sério do que alguém de fora possa achar. Corremos perigo de vida. - Anahí assentiu, ouvindo tudo com atenção. - Dulce e Fernanda estão fragilizadas, por isto preciso que você tente parecer controlada ao menos nas primeiras horas. 

Anahí - Você disse Fernanda? - Confundiu-se. - Que outra mulher é esta? 

Jonh - Foi imprudência minha não ter tocado neste assunto antes de lhe falar. Fernanda Torres. Acredito que você.... 

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