CAPITULO 36 - JONH MOORE

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Diana – Aceitam um café, ou algo mais? – Dulce voltou a sorrir com ironia, com seus olhos trasbordando indiferença e desprezo. 

Dul – Não, obrigada, nós só temos dez minutos. – Diana assentiu engolindo a saliva, pedindo licença para seu chefe que sorria, negando com a cabeça abaixada, escrevendo rapidamente algo que certamente não o possibilitava de erguer a cabeça para receber com educação e a hospitalidade as pessoas que entravam em sua sala naquele instante. 

Chris – Boa Noite. – Christopher disse em inglês. 

Jonh – Eu falo o seu idioma. – Jonh respondeu em um espanhol perfeito. - Peço que perdoem minha secretária. Ela certamente não está muito contente por estar no escritório até a esta hora. – Ele levantou seu rosto, descansando a caneta sobre a mesa. Sua voz era charmosa, assim como seu rosto e tudo mais que ele vestia e possuía. 

Dulce o mirou nos olhos, percebendo de imediato como os olhos verdes e claros de Jonh Moore cravaram-se nos dela. Ele passou a mão sobre os cabelos lisos, pretos e levemente cumpridos, para então se levantar, com aquele mesmo sorriso em seus lábios avermelhados e proporcionais a curva perfeita de seu nariz. 

Chris – Peço que desculpe o horário de nossa visita, mas não teríamos vindo se isto realmente não fosse importante. – Jonh assentiu, caminhando até eles e Christopher deu um passo para frente, colocando-se levemente a frente de Dulce, empurrando-a levemente e delicadamente pela cintura para o lado, erguendo seus olhos castanhos e intensos para Jonh. 

Aquele gesto foi tão significativo que Jonh ergueu sua sobrancelha, assentindo, como se silenciosamente respondesse que havia entendido o que Christopher havia lhe dito com aquela pequena ação. 

Jonh – Confesso que fiquei surpresa por ouvir que vieram sob as instruções de Ian. Do que se trata? 

Chris – Penso que você sabe sobre o que se trata senhor Jonh, caso contrário não teria nos recebido. – Estendeu a mão para Jonh que o cumprimentou, dando um passo para o lado, cumprimentando Dulce com aquele mesmo sorriso esnobe e charmoso em seus lábios. 

Jonh – Se Ian fosse esperto o suficiente, teria lhes dito que sei tão pouco quanto vocês sobre o assunto que certamente os trouxeram até Manhattan, em meu escritório. – Jonh virou-se caminhando até sua mesa, encostando-se na mesa, cruzando seus calcanhares em uma posição relaxada e descontraída. Dulce negou com a cabeça, sorrindo de forma quase imperceptível. – Sentem-se, por favor. 

Chris – Nós estamos bem de pé Jonh, é de extrema importância que... 

Jonh – É de extrema importância que mais uma vez eu lhe diga que não sei nada mais do que vocês certamente sabem sobre este assunto. – Dulce uma vez mais mirou Christopher, lançando lhe aquele mesmo olhar. Ele entendeu. 

Se você pudesse ao menos nos dizer o que o senhor sabe, pode ser que Ian saiba que não sabemos algo que você saiba. Estamos procurando uma forma de encontrar Camilla Howard, Senhor Moore, isto é realmente importante. – Jonh novamente ergueu a sobrancelha, voltando a mirar Dulce com intensidade, engolindo a saliva quando Dulce sorriu, caminhando até a cadeira, sentando-se exatamente a sua frente, jogando seus cabelos para trás, cruzando suas pernas, mirando Jonh com extrema atenção. 

Aquele gesto não passou despercebido para nenhum dos homens presentes naquela sala. 

John – E o que fez Ian pensar que eu poderia saber ou dizer a vocês a localização de Camilla Howard? Eu sou apenas um empresário com alguns contados, eu não nego, mas não sou assim tão influente. – Christopher engoliu a saliva, suspirando baixinho, cerrando seus punhos, buscando força e paciência para escutar mais uma das dezenas de mentiras que vinha escutando desde o momento o qual havia chegado à sede das Crianças Desaparecidas, no México. – Eu sinto muito que tenham feito esta viagem à toa, tudo o que sei é que Camilla Howard certamente já chegou aos Estados Unidos.

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