Capítulo 17 - Theodoro

217 7 0
                                    

Fabi vai me matar quando descobri o que eu fiz. Foi muito difícil convencer ela a deixar Mary ficar na minha casa, ela queria que ficasse com ela. Somente quando ela viu a verdade nos meus olhos dizendo que estava apaixonado por Mary foi que ela deixou eu trazer ela pra minha casa. Mas eu tinha condições. Mary estava em recuperação além de que ela não era só mais uma das tantas mulheres que eu fico, então eu prometi que nada iria acontecer. Mas a paixão vem com o desejo e eu desejei aquela mulher desde o primeiro minuto que coloquei os olhos nela. E depois quanto mais eu conhecia, mais eu admirava, mais eu a desejava.

Sabia que não iria ser fácil ficar com ela em casa, mas tinha certeza que conseguiria controlar. A parte do banho ia ser umas das mais difíceis, eu sabia disso, mas tinha certeza que iria dar conta. Tinha certeza que Mary não iria ficar nua na minha frente. Mas o que ela fez, foi um golpe sujo. Rsss. Acho que o fato dela me querer também fez com que aquilo tudo acontecesse, e por Deus, meu pau estava latejando. Uma porque desde o ocorrido eu não fico com mais nenhuma mulher e outra que Mary tá me deixando louco, a vontade que to dela é sem explicação. E foi pensando nisso, naquela bocetinha toda molhada pra mim, que bati uma ali no banheiro. Não ia conseguir nem sair de lá na situação em que eu estava.

Quando saí do banheiro aquele olhar safado ainda estava em Mary, isso ia ser mais difícil do que imaginei.

- Vem cá Theo. Ela bateu sua mão na cama do lado onde ela estava. Me sentei. Mary me deu um beijo bem gostoso e demorado, o amigo já reagiu de novo. Ela o acariciou por cima da bermuda em que eu estava e daí haja força pra aguentar a tentação. Ela tirou seus lábios do meu e me encarou fixo, sorriu pra mim. Que mulher linda meu Deus! 

- Tá, vamos comer.. Antes que eu quebre a promessa que fiz pra Fabi. - ri e pisquei pra ela.

- Sabia que minha amiga estava envolvida nisso. Mary riu. Peguei ela no colo.

- Pronto pequena? 

- Vamos grandão.

Desci as escadas com ela no colo, realmente Mary era levinha pro meu porte físico, e tinha um cheiro que eu poderia ficar com ela assim pro resto da vida. Sentei ela na mesa da cozinha e comemos tranquilamente. 

- Resolvi te fazer um agrado escondido da Eliana.

- O que é?  Falou curiosa.

Tirei um pudim da geladeira.

- Ahhhhh, te amo grandão, me dá aí... - Mary devorou metade do pudim, eu adorei.

Terminamos de comer e eu pedi pra ela me esperar na sala pra eu lavar a louça e subir com ela, ela queria me ajudar, mas eu não deixei. Enquanto ela estava sentada na sala, vi ela olhando Luke pela janela. Fui até a porta, abri e o chamei. Ele entrou que nem um furacão, pulou no colo de Mary que gritou de dor.

- Ei garotão, cuidado com a nossa pequena. Ele me olhou. Parecia que tinha entendido. Deitou no colo dela e ficou quietinho. 

- Não precisava, nós somos visita aqui, se não quiser ele dentro de casa eu vou entender. 

- Na verdade nunca liguei, mas ele também tem o direito de matar a saudade de você. - Voltei pra cozinha.

Realmente nunca havia levado nenhuma mulher pra minha casa, lá era meu refúgio. Terminei com a louça e quando cheguei na sala e vi Mary brincando com Luke no sofá fiquei perdido em meus pensamentos. Como uma garota conseguiu tudo isso? Levei ela pra minha casa, tem um cachorro no meu sofá. E eu to amando tudo isso, não quero que ela vá embora nunca mais. Me sentei afastado dos dois e os deixei brincando enquanto liguei a TV e fiquei assistindo um filme qualquer. Vi quando Mary começou a cochilar no sofá e resolvi levar ela pra cama. A peguei em meus braços e fui subindo as escadas enquanto reparei em Luke nos olhando lá de baixo.

- Tá bom, mas só hoje porque sei o tanto que faz falta ficar longe dela, e dei um sinal com a cabeça pra Luke subir. Nem vi como ele subiu as escadas.

 Deitei Mary na cama e deitei do seu lado. Ela demora pra se ajeitar até achar uma posição em que não sinta dor. Luke deita nos pés da cama de forma que ele fique perto dela, eu também quero me aconchegar perto dela. Tiro minha bermuda e me deito do seu lado e envolvo meus braços no seu corpo. Ela me abraça de conchinha e assim dormimos.

(...)

Senti o suor de Mary e já sabia o que estava acontecendo, sentei na cama e acordei ela. Ela acordou assustada, mas não no nível em que vi no hospital. Peguei uma toalha que estava do lado da cama e enxuguei seu rosto.

- Pesadelo? - Mary só sorriu pra mim... 

- Vou tomar um remédio pra dor, vai me ajudar a voltar a dormir.

- Eu pego pra você. - Me levantei, peguei seu remédio com água e ela tomou. Se aconchegou de novo na cama e eu a abracei.

- Eu estou aqui pra sempre minha pequena.

E dormimos.

Um amor de DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora