Meu telefone toca.
- Marina.. digo em um tom calmo e com um sorriso. Li em algum lugar que quando sorrimos ao falar ao telefone, a pessoa do outro lado sente o tom amigável da nossa voz. Não comentei ainda mas amo o meu trabalho. Chris é um ótimo chefe e amigo, depois dos meus pais, ele, Fabi e Luke são minha família. Me sinto honrada por terem me incluído na vida deles.
- Pode vir na minha sala por favor? - Chris usa o mesmo tom delicado comigo.
Me levanto e vou, to torcendo praquele troglodita não estar mais lá... Ou estou torcendo pra ele estar.. Merda, ele confunde a gente.
- Chris, posso te ajudar? - Pergunto após bater na porta e ele me pedir pra entrar.
E sim, aquele pedacinho de inferno está lá dentro com ele.
- Aprendeu a bater, muito bem, - Putz, porque Theo me irrita e me excita ao mesmo tempo.
Ignorando qualquer fala dele continuo olhando para Chris.
- Tira cópia desses documentos pra mim por favor? Sei que não é seu serviço, mas é sobre aquele negócio sabe, confio somente em você para manusear esses papéis. Meu irmão vai levar pra delegacia pra não haver problemas futuros.
- Já trago as cópias. - Não vou mentir, fico tensa com esses documentos em mãos, me lembro de horas a fio, madrugadas reunidos com advogados para nos livrar dessa empresa e desse contrato idiota que o pai de Chris resolveu assinar há uns anos atrás.
- Nem vai me dar um beijo de despedida gata? Tenho certeza que quer. - Cara, de onde esse cara se acha o dono do mundo?
- Experimenta tocar em mim pra sentir mais que minha boca no seu rosto, te enfio a mão na cara grandalhão. - Tá bem, grandalhão não foi o melhor xingamento.
- Hahaha, Theo ri debochado, me acha grandalhão, não viu nada ainda.
- Nem você, Chris fala pra ele, não tem ideia da força do tapa dessa mulher.
- Você já bateu no meu irmão? Theo fica assustado mas achando engraçado.
Olhei fundo nos olhos de Chris e respondi:
- Quem mandou ele magoar minha amiga, e ai dele se fizer de novo. Ergo a sobrancelha e saio da sala.
- Quando começamos a namorar um dia a Fabi que catou de beijos com a Bianca, lembra dela, ela armou pra tentar separar a gente, te contei essa história. Theodoro só confirmou com a cabeça. - Então, antes de conseguir explicar tudo pra Fabi, Mary me enfiou a mão na cara. O engraçado é que comecei a gostar dela naquele momento. Eu amava a Fabi e ver que sua amiga era assim, tão protetora dela, me fez amar Mary por tabela. Rsss.
Por um momento, Theodoro admirou Marina, ela não era qualquer garota, com certeza.
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Um amor de Delegado
RomanceMarina e Theodoro veem suas vidas ligadas no mais turbulento dos acontecimentos. Será que o amor pode nascer no medo? Acompanhe essa linda história de amor e suspense.