Capítulo 5 - Marina

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Meu telefone toca.

- Marina.. digo em um tom calmo e com um sorriso.  Li em algum lugar que quando sorrimos ao falar ao telefone, a pessoa do outro lado sente o tom amigável da nossa voz. Não comentei ainda mas amo o meu trabalho. Chris é um ótimo chefe e amigo, depois dos meus pais, ele, Fabi e Luke são minha família. Me sinto honrada por terem me incluído na vida deles. 

- Pode vir na minha sala por favor? - Chris usa o mesmo tom delicado comigo.

Me levanto e vou, to torcendo praquele troglodita não estar mais lá... Ou estou torcendo pra ele estar.. Merda, ele confunde a gente.

- Chris, posso te ajudar? - Pergunto após bater na porta e ele me pedir pra entrar.

E sim, aquele pedacinho de inferno está lá dentro com ele.

- Aprendeu a bater, muito bem, - Putz, porque Theo me irrita e me excita ao mesmo tempo.

Ignorando qualquer fala dele continuo olhando para Chris.

- Tira cópia desses documentos pra mim por favor? Sei que não é seu serviço, mas é sobre aquele negócio sabe, confio somente em você para manusear esses papéis. Meu irmão vai levar pra delegacia pra não haver problemas futuros.

- Já trago as cópias. - Não vou mentir, fico tensa com esses documentos em mãos, me lembro de horas a fio, madrugadas reunidos com advogados para nos livrar dessa empresa e desse contrato idiota que o pai de Chris resolveu assinar há uns anos atrás. 

- Nem vai me dar um beijo de despedida gata? Tenho certeza que quer. - Cara, de onde esse cara se acha o dono do mundo?

- Experimenta tocar em mim pra sentir mais que minha boca no seu rosto, te enfio a mão na cara grandalhão. - Tá bem, grandalhão não foi o melhor xingamento.

- Hahaha, Theo ri debochado, me acha grandalhão, não viu nada ainda.

- Nem você, Chris fala pra ele, não tem ideia da força do tapa dessa mulher.

- Você já bateu no meu irmão? Theo fica assustado mas achando engraçado.

Olhei fundo nos olhos de Chris e respondi:

- Quem mandou ele magoar minha amiga, e ai dele se fizer de novo. Ergo a sobrancelha e saio da sala.

- Quando começamos a namorar um dia a Fabi que catou de beijos com a Bianca, lembra dela, ela armou pra tentar separar a gente, te contei essa história. Theodoro só confirmou com a cabeça. - Então, antes de conseguir explicar tudo pra Fabi, Mary me enfiou a mão na cara. O engraçado é que comecei a gostar dela naquele momento. Eu amava a Fabi e ver que sua amiga era assim, tão protetora dela, me fez amar Mary por tabela. Rsss.

Por um momento, Theodoro admirou Marina, ela não era qualquer garota, com certeza.


Um amor de DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora