Capítulo 32 - Theodoro

181 6 0
                                    

Marina me deixa louco a cada vez que se mostra independente, eu estava acostumado com mulheres que sempre se faziam de vítima e que tinham muitas fraquezas e eu podia ser o macho alfa, o protetor delas, o policial mandão. Mas Marina era diferente, ela me tinha nas mãos. Acho que por isso que tenho essa paixão arrebatadora por ela. Ela não precisa de mim, está comigo porque me ama, mas eu, hã, eu preciso muito mesmo dela!

Acordei cedo hoje e primeiro tinha que resolver o assunto de Giseli, depois daquele dia que Fabi me alertou eu percebi o tanto que Giseli dá em cima de mim. Marina me disse que também já sabia disso mas achava ela inofensiva antes de pegar ela no nosso closet. Chamei Eliana no escritório.

- Bom dia menino. - Aquela voz doce, que eu tanto amava, fui com cuidado.

- Eliana, bom dia, te chamei aqui para tratarmos de Giseli.

- O que ela fez? Não me contou naquele dia. - Como eu ia contar pra ela?

- Eliana, Giseli parece carregar um carinho por mim além do normal e infelizmente ela avançou alguns sinais e minha mulher percebeu. Eu preciso que você entenda que você e todo mundo da sua família é importante pra mim, mas se Marina não estiver a vontade eu tenho que dispensar Giseli.

- Por favor menino, não faça isso. Giseli mora comigo e me ajuda nas despesas de casa, eu já troquei ela com a arrumadeira, ela está proibida de chegar perto do senhor ou da senhorita Marina.

_ Obrigado por entender Eliana. - Eliana ainda voltou e concluiu.

- Giseli sempre foi problemática e os pais praticamente a abandonaram. Minha irmã nunca foi uma boa mãe. Eu a peguei para criar porque achava que com amor e carinho ela se tornaria uma boa pessoa, mas penso que ela é igual a mãe.  Sinto muito por isso porque sei do potencial dela.

- Te entendo, você está fazendo o possível por essa garota Eliana, mas não conseguimos mudar o caráter de ninguém, e espero que você entenda isso  e que não se decepcione e nem se apegue muito. Algumas lições da vida a gente tem que aprender sozinho.

- Sim senhor. - Eu vi o olhar triste de Eliana sentindo que não conseguiu ajudar a sobrinha como ela queria. Por esse motivo eu resolvi dar uma chance as duas. Mas desde minha conversa com ela que Giseli se manteve afastada de mim e de Mary, isso foi um alívio.

(...)

Acordei antes da 6 e acordei Marina.

- Que foi Theo, ainda tenho umas duas horas de sono.

- Não tem não pequena, vai treinar comigo e vou te ensinar a atirar também, como sempre chegamos tarde seu horário vai ser esse.

- Ah não Theo, se começar a me acordar cedo assim a noite estarei morta para fazer qualquer coisa.

- Haha, deixa de chantagem e levanta dessa cama, você tem meia hora, se não vai treinar nua assim como está.

- Hum, vai ser um show pros seus seguranças.

- Não me provoca pequena - Ah adverti.

- Tá bem, to indo.

E assim começou nosso dia e todos os outros. Acordávamos 5:30, eu a levava para a academia do condomínio, depois ensinava alguns golpes de defesa pessoal e depois a atirar e também um pouco sobre armas. A parte que eu mais gostava era as aulas de defesa pessoal. Ela sempre me derrotava porque é muito mais forte que eu! kkkk... Eu sempre a deixava ganhar. Mas realmente ela estava aprendendo rápido. Eu sabia que ela já estava sabendo se defender.

E de verdade essa rotina realmente melhorou nosso astral, Marina andava mais disposta por conta dos exercícios e a noite nunca me negava nada!! Haha...

Um amor de DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora