Capítulo15 - Casa.. Casa??

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Theodoro

Não dá pra explicar a emoção em ver ela acordada. Esperei 5 dias por isso, não me cabia de tanta felicidade. 

Falei com Chris, ele gritou de felicidade ao telefone. Escutei ao fundo a felicidade de Fabi também. Assim que desliguei o telefone olhei novamente para Marina. Ela dormia de novo, mas agora era diferente, eu sabia que logo ela iria acordar. E mais, eu pude sentir. Ela retribuiu meu carinho, eu quero essa mulher pra mim, quero cuidar dela, quero ter ela dormindo comigo, eu... eu.. estou apaixonado pela minha pequena.  E durmo assim, encostado na sua cama, esperando o dia amanhecer com um sorriso estampado no rosto.

Era por volta de 2:30h da manhã, sinto uma agitação, abro meus olhos, Marina suava e gemia muito. Gritava "não.. não..." E outras coisas que eu não conseguia entender direito. Fui colocar a mão em sua testa, pensei ser febre e delírios, mas não, ela estava tendo pesadelos. Assim que encostei nela, ela deu um pulo na cama, acordou assustada e chorando. Me olhou com aqueles olhos assustados que eu tanto tive medo nos últimos dias. Eu só a abracei, bem forte, bem apertado. 

- Tá tudo bem pequena. Foi só um pesadelo, estou aqui com você, ninguém vai te fazer mal, nunca mais..

- Eles, eles... - Ela soluçava e não conseguia falar.

- Mari, minha pequena, você está traumatizada, isso é normal, mas ninguém vai te machucar, eu prometo, estou aqui com você, se acalma, tá tudo bem. - Por necessidade fui beijando seu rosto devagar, beijava seus lábios, e mantinha ela firme em meus braços. Aos poucos ela foi se acalmando, parou de chorar.. Eu me sentei com ela na cama. Ela se deitou no meu colo e assim passamos nossa noite.

Marina

Acordei me sentindo um pouco melhor, a noite não tinha começado bem, mas dormir nos braços de Theodoro foi algo inimaginável, o que estava acontecendo comigo meu Deus, estava apaixonada por aquele homem? Nem eu consigo entender bem.

O médico entra no quarto.

- Bom dia querida, como está?

- Bem doutor.

- As enfermeiras me contaram do episódio de ontem. Foi só uma noite ruim depois de dias de stress não é mesmo?

- Sim.

- Então, eu não queria, mas vou ter que te mandar pra casa. O médico falou dando um sorriso pra mim.

- Ah, doutor, mas eu quero muito voltar pra minha casa. Sorri pra ele.

- Eu poderia cuidar de você aqui..

- Eu posso muito bem cuidar dela em casa, Theo fala sério como que se mostrando presente.

- É claro, Dr Sanches responde. Tá aqui sua alta, quero te ver em 15 dias para ver suas fraturas, se continuar com os pesadelos procure um psicólogo, tenho ótimos amigos para te indicar. Toma, meu telefone particular. - Já estava pegando, mas Theo estica a mão e pega o cartão que o médico estava me entregando.

- Obrigado, ele fala encarando o Dr Sanches.

Eu agradeço e estico minha mão para ele, mas ganho um beijo no bochecha. Olho para Theodoro que está com a cara fechada e muito bravo. Eu só rio de lado.

Theo me ajuda a me arrumar para irmos embora. 

- Médico sem noção, dando em cima da mulher da gente na cara, esse povo precisa ter mais medo de mim mesmo. Chris vem nos buscar, falou me olhando com cara de poucos amigos. Ergo minhas sobrancelhas duvidando de tudo que estava vendo, mas prefiro ficar quieta.

 Ergo minhas sobrancelhas duvidando de tudo que estava vendo, mas prefiro ficar quieta

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E assim fomos para a casa de Chris e Fabi. Minha amiga me esperava e quando entrei escutei um grande "Seja bem vinda" com um cartaz lindo que Fabi havia me feito. Tanta emoção e ver o tanto do carinho que tinham por mim eu chorei muito. Fabi não parava de me abraçar e fez um banquete pra mim. Minha amiga me conhece. Amo comida. Chris também demonstrou todo o cuidado e preocupação com tudo, não houve nenhum comentário sobre o dinheiro.

Eu já estava cansada e queria muito ir pra casa. 

- Theo, pode me levar em casa por favor? 

- Sim, mas você vai pra minha casa.

- Theo, que loucura é essa, eu tenho casa e quero ir pra lá.

- Pequena, isso não é discutível, você está fraca, precisa de cuidados e não vou te deixar sozinha.

- Mas e todas as minhas coisas, e o Luke? To morrendo de saudades dele.

- Passamos por lá e te ajudo a pegar tudo o que precisa. 

Olhei para Fabi querendo sua ajuda, mas minha amiga dessa vez não colaborou.

- Amiga, ele tem razão, você precisa de cuidados, eu queria que você ficasse aqui em casa, mas Theo insistiu em cuidar de você. - Conheço de longe o olhar de cupido da Fabi. Por fim desisti. Na verdade estava realmente com medo de ficar em casa sozinha.

- Ok. Então vamos.

Passamos pelo meu apartamento, logo na porta Gilson veio me abraçar. Era porteiro e meu amigo. 

- Oi meu bem, que saudade de você, como eu estava com saudade e preocupado. Gilson devia ter uns 60 anos, era muito simpático e cuidadoso.

- Fiquei sabendo que cuidou do Luke pra mim.

- Ah, cuidei mesmo e arranjei uma namorada pra ele, se dependesse da mamãe ciumenta ele ia ficar solteiro. 

- Gilson, me apunhalou pelas costas, eu falei rindo e abraçando ele de novo. - Gil, esse é meu... amigo Theo, eu vou passar uns dias na casa dele enquanto me recupero, vim buscar o Luke e minhas coisas, vou sentir sua falta.

- Cuida bem da minha menina. - Gilson falou pra Theo, que deu um sorriso simpático pra ele e subimos.

- Olha, se Luke não puder ir comigo eu nem vou. - Tentava ainda arrumar desculpas pra não ir, não sabia o que me esperava na casa de Theo.

- Lá em casa tem um jardim enorme pra ele brincar. - Theo realmente já estava com tudo planejado. Ele me ajudou a arrumar minhas malas e fomos pra sua casa. Ele fez amizade com Luke assim que se viram. Luke tem disso, ou gosta no primeiro olhar, ou nunca conseguirá conquistá-lo.

Quando saí ainda dei outro abraço em Gilson e fomos.

- Você tem um dom de conquistar todos a sua volta neh! A gente cai nos seus feitiços que nem percebe. Theo diz sorrindo pra mim. - E eu achando que você seria fácil de conquistar e foi você quem me conquistou fácil fácil...

- Fácil nada, quase morri pra isso! Dou uma risada e ele retribui.

Quando entramos na casa de Theo, que aliás era muito grande e bonita, Luke já saiu correndo pelo quintal. Entramos e logo na sala havia uma senhora muito simpática que me cumprimentou.

- Oi Marina, meu nome é Eliana, sou governanta do Theo, o que precisar pode me pedir. Eu sorri pra ela e agradeci.

- Bem vinda a sua casa Marina. Leva as coisas dela pro meu quarto por favor Eliana?

- Sim, senhor.

- Minha casa, seu quarto? Theo, não estamos confundindo as coisas?

- Eu não estou confundindo nada, nunca mais te deixo ficar longe de mim. Eu estou apaixonado por você minha pequena.. - Essa última frase saiu num sussurro.

Se aproxima de mim e me dá um beijo gostoso e carinhoso.

- Também estou por você meu grandão, falo quando nossos lábios se afastam e nossas testas se encostam.

Theo sorri.

Um amor de DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora