Em 1 mês realmente o tal do Lukezinho tomou tomou todo o lugar da casa. Comia tudo, desde sapatos a almofadas, aquele monte de brinquedos não valia de nada. Mas Marina, irradiava felicidade.
Eu venho investigando Augusto, irmão de Sérgio desde que matei ele, mas o malandro tá sempre um passo a frente. É como se ele soubesse de cada passo meu, me deixava chegar perto e fugia, ele estava brincando comigo, mas a minha dúvida era. Como ele sabia sempre meus passos? Isso estava acabando comigo.
Depois de dias de briga e discussão Marina aceitou ter um segurança particular, e ela escolheu Gilberto, que até então fazia a segurança da casa. Gostei da escolha dela, ela me disse que gosta dele por ele ser discreto. Eu gosto dele porque é meu melhor segurança e ele não se opôs a ideia de cuidar de Marina.
Sexta feira, amo as sextas feiras. O dia estava lotado, mas eu ia fazer o possível para terminar tudo e não precisar voltar no sábado para trabalhar pois queria ficar com Marina. Assim que cheguei na delegacia a recepcionista me entregou um pacote de correspondências, olhei pra eles e joguei em cima da minha mesa, ia olhar no final do dia. Já era quase 6 da tarde quando eu terminei tudo e fui olhar pra ir pra casa. Alguns relatórios de casos que a polícia estava trabalhando, algumas informações de procurados e um envelope pardo escrito a mão que me chamou a atenção.
"Para o delegado Marshall"
Quando o abri só tinha escrito a mão mesmo.
"Você levou meu amor, levarei o seu"
Eu já matei muitas pessoas nessa vida, mas eu sabia de quem vinha essa carta. tinha certeza. Fui até a recepção.
- Kátia, quem deixou essa carta aqui? - Ela ficou olhando o envelope, acho que buscando na mente quem a deixou.
- Ah, sim, um garoto de entregas.
- Ok, obrigado.
Chamei Allan até minha sala e mostrei a ele.
- Dá tudo pra mim Marshal, vou mandar analisarem pra ver se tem digital. Também temos a passagem dele aqui, podemos comparar caligrafia.
- Veja isso, to indo pra casa.
Antes mesmo de sair da delegacia liguei para Gilberto.
- Gil, tudo certo?
- Sim senhor, estamos em casa já.
Ok, tenho certeza que na minha casa ele não tentaria nada, lá tem muita segurança.
Fui pra casa, tomei um banho e fui curtir minha esposa e meu cachorro o resto do final de semana. Sexta e sábado foi calmo, mas domingo.
- Pequena, deixa eu ir com você então? - Estava tentando ganhar uma batalha já perdida, eu sabia.
- Não Theo, vou sair com Fabi pra comprar o resto das coisas para o Richard(O bebê de Fabi e Chris, os dois estavam em êxtase, até pensei no dia em que eu e Mary estaremos assim.. Nossa, me peguei pensando na vontade de ser pai, realmente essa pequena veio pra bagunçar tudo mesmo) , é domingo das meninas, para de me perturbar.
- O ultimo dia das meninas quase te matou.
- Obrigada por nunca me deixar esquecer disso Theodoro.
- Marina, argh. Desculpa... Mas e se eu for de motorista?
- NÃO! Gilberto vai de motorista e lá ainda vai se juntar com os dois encostos de Fabi, pode parar, to com saudade da minha amiga.
- Tá bem, mas fiquem no shopping mais perto. - Falei derrotado.
- Ok grandão, agora me dá um beijo que tenho que ir. Leva o Luke pra passear!!!
Dei um beijo e a deixei ir com o coração na mão.
(...)
Era por volta de 3 da tarde e recebi uma foto no celular que me apavorou.
Era uma foto de Fabi e Marina andando tranquilamente pelo shopping. Na legenda estava:
"Tão inofensiva andando sozinha pelo shopping, e continua gata"
Minha alma saiu do corpo naquela hora, eu fiquei em choque, liguei para Marina. Chamou até cair, liguei de novo e nada. Mais uma vez eu tentei. E Marina não me atendeu. Acho que eu já tinha arrancado metade dos cabelos na mão.
Liguei para Gilberto.
Ligação ON
- Gilberto, tá vendo Marina?
- Sim senhor.
- Tá tudo bem?
- Sim senhor. (Ele deve me achar um louco, só faço perguntas idiotas. ) - Quer que eu passe pra ela?
- Não, pode deixar (Se Gilberto se aproxima de Marina poderia alertar quem a estava seguindo. Eu sabia que não poderia ser Augusto, já que Gilberto o reconheceria e me avisaria. E pelo ângulo da foto eu percebia Gilberto ao fundo, ele não conseguiria se aproximar tanto assim de Marina).
Ligação OFF
Ligação ON
- Oi cunhado, tudo bem?
- Oi Fabi, quero falar com Mary.
- To passando pra ela.
- Oi grandão. Tudo bem? Ligou no meu celular? Estava na bolsa, não o vi tocar.
- Mas que porra de bolsa que é essa que eu quase morri de ligar e você não me atendeu. Qual o seu problema, não sabe atender essa merda de celular? Então joga fora essa bosta.
- Theodoro, tá louco, tá achando que tá falando com quem? Não quero nem saber o que tinha pra me dizer, nos falamos em casa.
Ligação OFF
Desligou na minha cara, é mole?
Mary chegou em casa com uma mega carranca, estava irada com a forma que eu falei com ela. Subiu, tomou um banho. Fui chamar ela pra comer, mas me deu as costas, disse que estava sem fome.. Fiquei no escritório até tarde e quando fui pro meu quarto a porta estava trancada. Isso é sério? Chamei mas Mary não atendeu, liguei no celular dela mas nem tocava. Lukezinho estava na porta do quarto comigo.
- É amigão, sobrou o sofá pra gente, tá dentro? - Ele me deu as costas e entrou no quarto de hóspedes. - Traidor.
Mas derrotado fui lá dormir com ele. Fiz uma nota mental. "Nunca gritar com a pequena, isso me fará dormir bem longe dela"
E agora meus amores o último capitulo, espero que tenham gostado dessa história tanto quanto eu gostei para escreve-la.
Beijos
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Um amor de Delegado
RomanceMarina e Theodoro veem suas vidas ligadas no mais turbulento dos acontecimentos. Será que o amor pode nascer no medo? Acompanhe essa linda história de amor e suspense.