Um amor de Delegado

Capítulo 26 - Amizade

Theodoro

Acho que fiquei na delegacia a noite toda, conseguimos algumas pistas, meus policiais iam começar a segui-las, eu queria ir junto, mas fui interrompido por Allan.

- Cara, melhor ir ver Marina, você não dormiu a noite toda, e ela saiu de lá bem abalada, precisa de você.

Olhei para o relógio, eram 8 da manhã, ele estava coberto de razão.

- Você tá certo, vou lá.

Indo pra casa de Chris e Fabi só pensava em Mary, em consola-la, ficar com ela, cuidar dela. Eu estava louco por ela e se pudesse mudava o mundo só pra ela não sofrer mais. Assim que entrei na casa deles fui recepcionado por Chris que visivelmente também tinha tido uma péssima noite. Olhei para Fabi que tinha olheiras e os olhos vermelhos, sinal que tinha chorado bastante. 

- Onde ela está? - Perguntei enquanto abraçava Fabi.

- No quarto de hóspedes. Mas antes deixei umas roupas do Chris separado no nosso quarto, vai lá, toma um banho e depois vai ver ela.

Eu fiz isso. Tomei um banho voando e depois fui ver Mary. Bati na porta do quarto e empurrei devagar. Mary estava deitada na cama.

- Oi pequena. - Falei com a voz mais suave que consegui naquele instante. Mas o que veio a seguir, meu amigo!! Nunca que eu imaginava.

Mari pegou um copo de vidro que estava do lado da cama no criado mudo e jogou em mim com toda sua fúria, cara, sou rápido, se não tinha quebrado em mim.

- O QUE É ISSO MARINA, FICOU LOUCA? - Não consegui não gritar.

- SIM, EU ESTOU LOUCA, ESTOU IRADA, ONDE VOCÊ PASSOU A NOITE? POR QUE ME ABANDONOU?

- Marina, não te abandonei, passei a noite na delegacia, avisei o Chris - Eu não conseguia entender nada do que estava acontecendo.

- NÃO ME INTERESSA, PRECISEI DE VOCÊ, VOCÊ NÃO ESTAVA, VOCÊ NÃO VALE NADA, FICA ME USANDO, EU TE ODEIO.

"Eu te odeio?" Essas palavras doeram em mim muito mais do que se o copo tivesse me cortado todo.

Fabiane

Da sala eu e Chris escutamos quando o copo foi quebrado e depois escutei os gritos de Mary.

- Vou lá, falei pra Chris.

- Não Fabi, isso é assunto dos dois.

- Não é Chris, minha amiga não está brigando com Theo, ela está tendo uma crise de pânico e está descontando nele, sei como parar isso.

- Como você sabe?

- Porque já vi acontecendo.

Subi as escadas o mais rápido que pude sob o olhar assustado de Chris, bati na porta do quarto de Mary e entrei sem esperar permissão.

- Theo, deixa eu falar com a minha amiga por favor?

- Faby, agora não é um bom momento. - Theo falou tentando manter a calma.

- É sim, me deixa com ela. - Theo olhou para Marina que chorava descompassada e saiu.

- Vou ficar aqui fora. - Assim que escutei a porta se encostando atrás de mim fui até minha amiga.

- Mary, tá tudo bem amiga.

- NÃO ESTÁ FABI, ELE ME ABANDONOU, TODOS ME ABANDONAM, MEUS PAIS ME ABANDONARAM, ISRAEL ME ABANDONOU, LUKE SE FOI E AGORA THEODORO. - Tive que achar calma lá do fundo do meu estômago, as lágrimas caiam pelo meu rosto sem que eu quisesse, já vi Marina assim antes, não era nada bom.