Cap. XXXIII - Segurem o garoto

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Nota da autora 1) Sugestão de música: Take me to church - Hozier.

Nota da autora 2) Infelizmente, nesse capítulo a Sarah sofre bastante. Se você não se sente confortável com esse tipo de conteúdo (tortura e violência física), recomendo não ler esse capítulo.

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Já era noite quando Narcisa Malfoy bateu na porta do quarto do seu filho. De imediato, a porta fora aberta por Draco e Sarah. Ambos os jovens vestiam roupas pretas: Draco de terno e Sarah de vestido. 

Os três se entreolharam, mas não disseram nada. Narcisa abaixou a cabeça e indicou o caminho para Sarah e Draco. Enquanto percorriam o longo corredor da Mansão Malfoy, Draco segurou na mão de Sarah e lhe deu um sorriso tímido.

Draco sentiu a culpa latejar em seu peito. Se ele não tivesse se apaixonado por Sarah... Ela não estaria à caminho de uma reunião com Voldemort. A ideia de Sarah sentir dor... Era ensurdecedora para Draco.

O local escolhido para a reunião foi à sala de jantar da Mansão Malfoy. O ambiente era fúnebre e frio, com uma grade mesa de madeira posicionada no centro. Narcisa se sentou entre Bellatrix e Lucius. Para a infelicidade de Draco, o garoto se sentou ao lado de Lucius.

Sarah sentiu seu coração bater de maneira descontrolada. Os outros bruxos que participariam da reunião já estavam chegando em silêncio. O único barulho da sala era o tique do relógio preso na parede em cima da lareira. Draco lançou um olhar ansioso para Sarah como se estivesse checando se a garota estava bem.

Alguns minutos se passaram até o último Comensal da Morte se sentar na mesa. Severo Snape. Assim que o bruxo se acomodou, desviou o olhar para Sarah e Draco com recriminação. Snape também não aprovava a presença de Sarah na Mansão Malfoy ou o destino de Draco.

Quando o relógio marcou meia noite, Voldemort entrou na sala. Em seguida, todos os comensais fitaram a mesa de madeira como forma de respeito. Nenhum bruxo ousava direcionar o olhar para ele antes que lhes fosse permitido.

A sala que já estava fria se tornou gelada. Sarah sentiu um arrepio percorrer sua espinha, como se estivesse andando descalça sob um lago congelado. Ao respirar fundo a garota sentiu a mão de Draco procurando pela sua embaixo da mesa. Sem pensar duas vezes, Sarah entrelaçou seus dedos nos de Draco sentindo o choque dos anéis na sua pele.

-Irmãos.

Voldemort disse com a voz rouca e tenebrosa. Após uma pausa longa o bruxo gargalhou com histeria. Sarah se sentiu confusa, mas imaginou que Voldemort fosse instável dessa maneira.

-Ele está morto. Finalmente... Nossa hora está chegando.

Voldemort prosseguiu após sua risada escandalosa. Os comensais riram junto, exceto por Narcisa, Lucius, Draco e Sarah. Nem Draco e nem Sarah conseguiam encarar o bruxo ou a sua felicidade pelo assassinato de Dumbledore. Sarah se sentiu nauseada de estar na mesma mesa que o assassino dos pais de Harry Potter.

-Porém, antes de continuarmos a comemoração... - Voldemort sussurrou ao empurrar a cadeira para trás e se levantar - Temos uma nova seguidora.

No mesmo instante, Draco apertou a mão de Sarah com medo. A garota se sentiu tonta, mas, conseguiu erguer seu olhar para Narcisa que a fitava de maneira apreensiva.

-Não seja tímida, Sarah. Estamos em família.

Voldemort se estendeu ao caminhar em direção à Sarah.

-Venha.

Voldemort ordenou para Sarah ao se posicionar do seu lado. Contra sua vontade, Sarah soltou a mão de Draco e seguiu Voldemort até o outro extremo da mesa. Todos os olhares estavam sob Sarah e Voldemort, que se divertia com a atenção excessiva.

O Acordo e o Segredo de Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora