Cap. XXV - Nosso natal

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O ápice da noite de Draco Malfoy foi ter sido expulso da festa de Natal do professor Horácio Slughorn. O lado bom era que Draco conseguiu plantar a garrafa envenenada que seria entregue para o diretor Dumbledore.

O lado ruim era que, inevitavelmente, todos os estudantes presentes na festa o encararam de maneira perplexa. Após Argo Filch o expor para Snape, os professores chegaram a conclusão que Draco estava entrando de penetra na festa. O que estava longe de ser o caso.

De qualquer maneira, Snape empurrou Draco até o corredor e lhe ofereceu ajuda. Tarde demais, Draco pensou com raiva. Snape deveria ter se oferecido para matar Dumbledore antes... Antes de Draco ter sido arrastado para esse destino cruel.

Ressentido com Snape, Draco o deixou falando sozinho no corredor e caminhou até seu dormitório. Era tarde, frio e Draco sentia falta de Sarah.

Por precaução, Draco ordenara que Sarah ficasse no seu dormitório durante a festa. Quanto mais longe Sarah estivesse dele... Enquanto ele cumpria sua missão, mais a salvo Sarah estaria.

Draco bateu três vezes na porta de Sarah com delicadeza. Seu coração ainda estava disparado por ter conseguido colocar a garrafa envenenada no escritório do professor. Porém, isso ainda o deixava aflito. Dumbledore iria morrer.

-Draco!

Sarah exclamou ao ficar na ponta dos pés e puxar Draco para um abraço. Draco respirou fundo e encostou a cabeça no ombro de Sarah sentindo seu perfume quente. 

-Está tudo bem?

Sarah questionou o garoto com ansiedade fechando a porta atrás de si. Draco assentiu com a cabeça e desabotoou seu terno preto jogando-o em uma cadeira.

-Eu fiz o que tinha que ser feito.

Draco respondeu de maneira fria e ressentida. Sarah mordeu os lábios e observou Draco dobrar sua camisa branca até o cotovelo expondo a Marca Negra. Um frio percorria sua espinha quando ela se aproximava da marca... Como se a chamasse também.

-Você fez o melhor que pôde.

Sarah concluiu com a testa franzida. Ela não sabia o que tinha acontecido, mas sabia que isso deixara Draco ansioso por dias. Draco a encarou com os olhos brilhando na luz fraca do quarto.

-Não entendo como você consegue me achar tão bom. Eu sou um monstro, Sarah.

Draco retrucou com a voz trêmula e baixa. Sarah continuou o encarando a medida que se aproximava de Draco. Sua respiração estava ofegante e seu corpo ansiava por tocar o de Draco com desejo.

-Não para mim.

Sarah rebateu com a voz firme. Draco sorriu de canto de boca e revirou os olhos. Ele ainda estava tentando se acostumar com a possibilidade de ser amado. Draco sempre fora julgado pelos seus erros e nunca se sentira bom em nada. Então, ser adorado e considerado bom... Era uma novidade para ele.

-Eu estive pensando e nós temos que fazer o nosso natal.

Sarah acrescentou, piscando os olhos para Draco com suavidade. Draco mordeu seu lábio inferior e a encarou de perto. A maneira como o cabelo de Sarah caía em seu rosto, seu pijama amassado e suas bochechas vermelhas... A tornavam incrível.

Com o coração ardendo de desejo, Draco a puxou para seus braços. Sarah sorriu e colocou as mãos ao redor do pescoço de Draco desenhando pequenos círculos na sua pele nua.

-Podemos.

Draco respondeu antes de beijar os lábios de Sarah com pressa. Sarah o empurrou delicadamente e pousou suas mãos no peitoral musculoso de Draco.

O Acordo e o Segredo de Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora