Anti-herói: [Figurado] É o termo que designa aquele que não possui as virtudes tradicionalmente atribuídas aos heróis. São personagens não inerentemente maus que, às vezes, praticam atos moralmente questionáveis.
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Narcisa Malfoy correu até o corpo de Harry Potter na floresta proibida. O jovem havia sido atingido pelo feitiço de Voldemort e estava estendido no chão, desacordado. A bruxa se abaixou e tocou nos ombros de Harry. O garoto ainda estava vivo, pois respirava... Embora com fraqueza.
-Draco e Sarah... Estão vivos?
Narcisa sussurrou com a voz trêmula. Lentamente, Harry balançou a cabeça em afirmativo. Narcisa fechou os olhos do menino Potter em um sinal de respeito e se levantou. Todos os olhares foram para ela, como se ela fosse o foco do espetáculo final.
-Harry Potter está morto.
Narcisa exclamou com clareza. De súbito, Voldemort e seu exército vibraram em comemoração. Narcisa apertou os anéis em sua mão como sinal de nervosismo, pois havia acabado de mentir para Voldemort.
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Um grito de desespero fez com que todos fossem para o pátio da escola de Hogwarts. Ginny Weasley se debatia nos braços de seu pai, pois Harry estava morto. A ruiva chorava com tanta dor, que Sarah se solidarizou com a sua perda. Lágrimas também escorreram de sua face, enquanto ela era abraçada por Draco Malfoy. A vida de seu ex-namorado se esvaiu diante dos seus olhos. Harry lutou em vão.
Voldemort anunciou as boas novas e pediu para as pessoas repensarem o seu lado na guerra. Draco e Sarah se entreolharam, sem muita certeza do que fazer. Sarah se sentia confusa e com medo, pois sabia que se ficasse na escola... Poderia ser atacada pelo exército de Voldemort.
-Draco! Sarah!
Lucius Malfoy gritou com hesitação. Um longo e tenebroso silêncio percorreu o pátio. Sarah afagou a mão de Draco e deu uma última olhada ao seu redor. Ninguém pediu para que eles ficassem. Parecia um bom motivo para ir e ela tinha mais uma vida para pensar.
Devagar, Sarah apertou a mão de Draco e o conduziu para o outro extremo do pátio. Para o lado de Voldemort. Alguns alunos de Hogwarts vaiaram o casal, dizendo que eles eram traidores. Sarah sentiu suas bochechas queimarem de irritação, pois há alguns momentos atrás havia visto Draco Malfoy arriscar sua vida para salvar os alunos do primeiro ano.
Enquanto desviavam dos escombros, Sarah e Draco foram surpreendidos por um abraço de Voldemort. Draco rosnou ao sentir os braços de Voldemort tocando em Sarah. A boca do Lord das Trevas estava curvada em um sorriso grotesco, provocando uma sensação de nojo nos jovens.
Cabisbaixa, os jovens correram até Lucius e Narcisa. A mãe de Draco limpou a ferrugem da bochecha de seu filho e entrelaçou suas mãos nas de Sarah com carinho.
-Nós temos que ir. Vamos para a Mansão e depois para um lugar seguro.
Narcisa sibilou com os lábios franzidos, como se contasse um segredo. Nem Sarah e nem Draco compreenderam o que ela dizia. A resposta veio segundos depois, quando Harry saltou dos braços de Hagrid. Uma explosão de feitiços e gritos forneceu ao pátio a mesma animação de sempre. O garoto estava vivo e lutando contra Voldemort, novamente.
Não se via ou ouvia o exército de Voldemort mais. Todos começaram a fugir e aparatar, deixando para trás sua lealdade ao mestre. Por um instante, Sarah e Draco ficaram em choque com a rapidez da cena diante de seus olhos. Hogwarts lutava de volta. O bem vencia.
Em um impulso, Narcisa puxou Sarah e Draco pela multidão de bruxos em direção à ponte que ligava Hogwarts. Os Malfoy começaram a correr de mãos dadas, também fugindo da fúria de Voldemort.
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O Acordo e o Segredo de Draco Malfoy
FanfictionUm segredo por um acordo. Sarah Kinsella acreditou ser a melhor solução para recuperar o amor perdido de Harry Potter. Fingir um namoro com Draco Malfoy pouparia o segredo descoberto por ela. Um segredo que não era simples ou fácil de ser compreendi...