Cap. XV - Eu preciso de você

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Nota da autora 1) Sugestão de música: Don't give up on me - Five Feet Apart Soundtrack.

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Draco Malfoy havia procurado por Sarah Kinsella em todos os cantos de Hogwarts. Porém, como era de se esperar, Draco não encontrou a jovem. Sua intuição afirmava que Sarah já estava longe do castelo, mas, seu súbito senso de culpa o fizera realizar uma busca desenfreada por ela.

Não é como se Draco soubesse o que iria fazer quando encontrasse Sarah. Revelar seus sentimentos não parecia uma opção viável para ele: Draco preferia sofrer em silêncio do que dizer uma só palavra sobre como se sentia.

Porém, o que mais preocupava Draco era a possibilidade de Sarah ter ido embora de Hogwarts. Ele havia notado a expressão perplexa de Sarah na manhã do dia anterior. O seu sumiço repentino apenas acentuava a suspeita de Draco. O pior para ele era imaginar a decepção que Sarah sentia com a sua atitude. Ele havia dito que não confiava nela. Depois de tudo que eles passaram juntos.

Enjoado com a possibilidade, Draco Malfoy se levantou da mesa do almoço e se dirigiu para o salão comunal da Sonserina na esperança de que Sarah estivesse lá.

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Sarah retornou ao castelo de Hogwarts na sexta-feira à noite. Era tarde e grande parte dos alunos já estava se preparando para dormir. Burburinhos e conversas sobre o jogo de Quadribol do dia anterior rondavam o dormitório. A casa da Sonserina havia perdido para a Grifinória e, ao contrário do que alguns Sonserinos apostaram, Ronald Weasley não desmaiou.

Sarah se sentia cansada da viagem inesperada até Londres e preocupada com sua família. A jovem não podia negar que o plano dos seus pais poderia funcionar, mas, a ideia de perdê-los ainda martelava em sua mente. Com um suspiro, Sarah empurrou seu malão pelo salão comunal da Sonserina até seu quarto.

Sentado em um sofá de couro, próximo a janela, estava Draco Malfoy. Sarah engoliu em seco e tentou não encarar Draco nos olhos, pois, sabia que suas pernas tremeriam no mesmo instante. Droga. Esse era o efeito que Malfoy tinha nela.

Sarah se concentrou em chegar até seu quarto enquanto cruzava o salão. Draco a encarava fixamente, mas, sua expressão era indecifrável. O garoto folheava um livro velho em suas mãos e estava sozinho. Sarah sentiu suas bochechas queimarem enquanto subia a escada. 

Uma grande parte dela queria que Draco viesse falar com ela, mas isso parecia improvável: Draco não havia se movido um centímetro do seu lugar.

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Era por volta de onze horas, quando Sarah acordou com algumas batidas na sua porta. A garota se enrolou no seu roupão e se aproximou da porta com uma expressão assustada: 

-Quem é?

Sarah perguntou com a voz sonolenta.

-Nós precisamos conversar.

Era Draco Malfoy. Seu tom de voz foi firme e autoritário, seguido por mais batidas na porta. Sarah revirou os olhos e respondeu de forma irônica:

-Sinto muito, Malfoy. Mas, eu não tenho nada para falar com você.

Sarah se virou para voltar para sua cama, quando Draco bateu novamente na porta com mais rapidez e força. Sarah bufou. 

-Sarah, vamos conversar.

Draco repetiu após se sentir frustrado. Sarah estava lhe ignorando? Por Merlim, Draco não sabia como agir. 

Com um estralo, Sarah abriu sua porta e encarou Draco. Seus olhos pareciam eufóricos e abatidos ao mesmo tempo. A garota não sorriu: seus lábios estavam cerrados com raiva.

O Acordo e o Segredo de Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora