Cap. XIII - Obliviate

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Sarah Kinsella não conseguiu se concentrar nas últimas aulas do seu período. A jovem estava ansiosa com a conversa que teria com Harry Potter. Assim que a classe foi dispensada da aula de Transfiguração, a garota pegou  sua mochila verde e caminhou em direção à sala do Professor Horácio Slughorn.

Mais cedo, naquele dia, Harry Potter havia mandado um pergaminho à Sarah explicando que estava ajudando o professor Horácio com algumas atividades e que eles poderiam se encontrar nessa sala. Sarah percorreu os corredores de Hogwarts se sentindo confusa pela maneira que Draco havia lhe tratado no café da manhã. 

No sábado, os dois haviam tido um momento maravilhoso juntos... E agora, o momento se tornou uma lembrança distante. Draco parecia distante, irônico e com raiva. 

Ao cruzar com alguns estudantes, Sarah trombou com uma garota ruiva que segurava alguns equipamentos do jogo de Quadribol. Com o impacto, vassouras e caixas caíram no chão do corredor.

-Ginny!

Sarah cumprimentou ao levantar algumas vassouras que a ruiva carregava. Ginny deu um sorriso fraco e desviou o olhar para baixo.

-Não te vejo há séculos!

Sarah disse, animada, com o reencontro. Ginny sempre fora muito gentil e educada com Sarah, principalmente quando Sarah frequentava o salão comunal da Grifinória.

Ao contrário de Sarah, Ginny tinha uma expressão desanimada no rosto. Quase como se não estivesse feliz por ver Sarah. O que não era compreensível, pois elas nunca brigaram ou coisa assim.

Sarah notou a expressão de Ginny e se preparou para ir ao encontro com Harry Potter.

"Será que ela descobriu sobre o meu namoro com Draco? " Sarah pensou no caminho. A família de Draco sempre zombara da família Weasley pelas condições financeiras e pela maneira como os Weasley não se opõe aos meio-sangues ou trouxas.

Há algum tempo atrás, o pai de Draco xingou a família de Ginny de traidores de sangue. Sarah não estava namorando Harry nessa época, mas, se lembra da história ser contada em um almoço na casa dos Weasley.

Dessa maneira, era entendível que Ginny mudasse seu comportamento com Sarah. Afinal, Lucius Malfoy colocou no caldeirão de Ginny o caderno de Tom Riddle, segundo Harry. Harry sempre esteve convicto do envolvimento de Lucius na abertura da câmera secreta, mas, nunca conseguiu provar.

Assim que Sarah chegou  à sala do professor Horácio Slughorn, avistou alguns alunos misturando conteúdos de poções em uma bancada. Logo depois, Harry surgiu na porta com um sorriso amplo.

-Sarah, obrigado por vir. Estou terminando de ajudar alguns alunos do segundo ano com algumas poções, quase como um plantão de dúvidas. 

Sarah balançou a cabeça e sorriu. Harry sempre fora excelente em ajudar outros alunos, como quando organizou a Armada de Dumbledore.

-Tudo bem, eu posso esperar. 

Sarah disse ao se sentar. Os estudantes do segundo ano cochicharam baixinho sobre a presença da garota. Assim como Malfoy, Sarah também sempre fora reconhecida pela sua beleza. 

Harry assentiu e ministrou mais algumas gotas vermelhas no caldeirão que os estudantes usavam. Uma fumaça rosa em formato de coração surgiu, fazendo as meninas suspirarem com romantismo. Sarah reconheceu a poção Amortentia.

-Essa poção além de ser a poção de amor mais poderosa do mundo, apresenta um aroma diferente para cada bruxo. - Harry disse, erguendo o vidrinho e balançando o líquido - Esse aroma representa as coisas que ele ama. Quem gostaria de me falar o cheiro que sente?

O Acordo e o Segredo de Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora