Honra

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Oi, oi. Antes do capítulo em si venho aqui agradecer a todos que estão lendo. Posso não respondo os comentários — não sei fazer isso direito — mas eu leio tudo e acompanho as reações de vocês. A história está pertinho do final, obrigado por me acompanharem durante tudo.
Enfim, agora fiquem com o capítulo...

HONRA

"Quando você diz “Eu te amo”, está fazendo uma promessa com o coração de alguém. Tente honrá-lo."

Clarice Lispector

Kakashi

— Pai — Naruto falou olhando na direção do pai, sentado ao seu lado na varanda. O grisalho respondeu com um aceno, incentivando o garoto a continuar o que deseja dizer, mesmo que já tenha uma ideia do que seja. — O meu outro pai, Iruka, não está viajando, não é?

Respirou fundo antes de encarar o filho, sabia que eventualmente ele faria algum questionamento sobre isso; depois de duas semanas sem o Umino em casa, é óbvio que a história de uma viagem se tornaria suspeito demais. Mas, ainda tinha esperança de conseguir resolver tudo antes dele começar a se questionar, mesmo que esteja demorando demais para conseguir entender o que precisa fazer.

— Vou ser sincero contigo, Naruto. Não, o Iruka não está viajando… ele partiu por um tempo, precisa de um tempo longe daqui. — O pequeno Hatake provavelmente está confuso com a informação, já que sequer teceu algum comentário como sempre faz. — Não pense que é culpa sua, tenho certeza que Iruka sente sua falta todos os dias, ele está bravo comigo.

— Bravo com o senhor? — disse baixo, se aproximando do mais velho. O homem não conteve o sorriso quando o loiro encostou a cabeça em seu braço, abraçando-o gentilmente, em busca de algum conforto. — Mas, ele disse que te ama!

— Adultos são complicados. Eu que sou um às vezes não consigo compreender como as coisas funcionam, imagine você. Não agi como um homem digno e feri os sentimentos dele, partir é a forma dele me punir por isso.

— Ele me disse que sempre podemos pedir desculpas quando fazemos algo de errado… se o senhor se desculpar ele vai ficar feliz.

— Bem, você tem razão!

Riu baixo, achando divertida a inocência do filho. Queria ter essa visão das coisas, onde todos os problemas podem ser resolvidos com um pedido de desculpas, mas, infelizmente, o mundo já lhe corrompeu e sabe da dura realidade.

— Eu prometo que não vou deixar Iruka partir da nossa vida para sempre, certo? — falou olhando de lado para Naruto, querendo o tranquilizar. — E o seu pai não descumpre as promessas que faz.

Aquilo com certeza o animou. Ele esbanjou o mais belo dos sorrisos antes de se levantar abruptamente, como se uma dose de energia tivesse adentrado em seu organismo. Mas, de repente, a excitação sumiu, voltar o ar preocupado que tinha no início da conversa.

— O senhor promete? — disse apertando as pequenas mãos, exatamente como Iruka faz quando está nervoso. — É que… Mei me falou que, com sorte, Iruka jamais voltaria.

Demorou para ter alguma reação, era como se todo o seu cérebro estivesse desorientado, incapaz de se guiar no emaranhado de pensamentos. Entretanto, quando recobrou o juízo, murmurou em um tom baixo para o mais novo:

— Você poderia me explicar melhor, filho? Talvez você tenha entendido errado algo que a senhorita Terumi falou.

— Eu não entendo bem o que ela diz, pai. Mas, eu sei que o Iruka é legal! Então, ela está errada quando diz que ele não é uma boa pessoa…

Devir - KakaIru!AUOnde histórias criam vida. Descubra agora