Capítulo 11 - Cão e gato.

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*S/n on*

Caminhei pelas ruas noturnas da Folha. Mesmo estando de noite, as pessoas movimentavam-se com agitação, e até parecia que o comércio era ainda mais vivo naquele horário.

Passando pelas  cortinas entrei no pequeno, mas mesmo assim aconchegante restaurante chamado Ichiraku. Era um local tão simples e ao mesmo tempo tão bom...

A comida era feita com carinho e muito capricho. De fato, tinha grandes chances de ter o melhor ramém do mundo, como Obito vivia dizendo...

Me arrepiei ao lembrar do garoto. Eu simplesmente não entendia o quão significativo era aquele encontro, pois não sabia se tratava de algo que envolvesse amizade, ou que envolvesse algo mais, afinal, era para Rin estar ali no meu lugar inicialmente.

Passei todo o dia até a chegada do horário prometido pensando no que poderia ter levado o Uchiha a me chamar para jantar, em vez da Nohara.

Talvez para fazer ciúmes? Pensei.

Se essa tenha sido a intenção, não funcionou. Rin não parecia preocupada por eu estar saindo com Obito a sós, muito pelo contrário, ela estava descaradamente me empurrando para ele.

Talvez ela já soubesse sobre os sentimentos de Obito por ela, e por isso estava tentando de uma certa forma "se livrar dele" no bom sentido?

Ou talvez ela, no fundo, também amasse ele assim como Kakashi, mas estava disfarçando perfeitamente seus ciúmes?

Eu não sabia. Eram infinitas as possibilidades, e em poucos dias ao lado deles eu já estava cansada mentalmente, com medo de entrar naquele problemático triângulo amoroso deles.

Falando em triângulo amoroso... E o Hatake?

Sua pele pálida tal qual seus cabelos chamavam a atenção de muitas garotas de Konoha, e eu percebi isso em minutos caminhando ao lado dele. E naquele momento eu me perguntava...

Será que ele gosta de alguém?

Será que ele realmente dava sequência na linha sucessiva de amores não correspondidos? Talvez ele gostasse de Rin, mas sua forma fria e focada de ser fosse mais forte que seus sentimentos românticos, e por isso ele nunca demostrava sentir nada por ela

Ou talvez ele gostasse de outra pessoa que ninguém conhecia... Vai saber? Konoha é tão grande, e tem tantas garotas...

Ou, talvez, ele não gostasse de ninguém, enfim, eram tantos talvez... Infelizmente eu não conseguir tocar meus pensamentos adiantes graças ao susto que tomei ao perceber que Obito já estava ao meu lado, me encarando com um olhar confuso

- Você... Está bem? - Ele perguntou preocupado.

Eu e meu jeito tosco de me perder em pensamentos facilmente...

- Claro. Desculpe, estava distraída - Respondi imediatamente.

- O que está achando daqui? - Ele jogou-me mais uma pergunta, desta vez sem retirar seus olhos dos meus.

- Eu estou gostando... Nada é perfeito, eu sei, mas aqui é o lugar que eu mais me aproximei da perfeição desde então...

- Eu lamento muito. Não sei o que é sua dor, pois nunca a-senti. Não conheci os meus pais, mas eu cresci com minha avó... Já você perdeu toda sua família, deve ser uma dor imensurável. - Ele segurou em minha mão, calorosamente.

Por mais que não estivesse acostumada com aquilo, eu gostei, e gostei muito. Sua mão era suave e sensível. Ele se aproximou um pouco, e eu fiquei sem reação. Entretanto, felizmente ou infelizmente, o dono do restaurante chegou bem na hora.

Hatake second chance (Imagine +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora