Hatake second chance (Imagine +18)

Capítulo 33 - Festival de inverno - Parte I

De frente ao espelho.

S/n vestia o tradicional roupão de festival de inverno. A tradição dizia que todos precisavam vestir azul, seja ele em qualquer tom. A garota não se importava muito com aquilo, mas resolveu seguir os costumes, por mais que Konoha não fosse seu lar de nascença.

Seu cabelo cor-de-(sua cor de cabelo) refletiam no espelho, juntamente de seus olhos. De fato, modesta a parte, ela era muito bonita.

Sua atenção e amor a si própria no entanto foi interrompida por batidas em sua porta. Com toda certeza não era Obito, ele só chegava atrasado.

Ao abrir a porta, S/n viu que era Rin. Ela estava com o seu roupão azul bebê, já arrumada. Seu rosto no entanto não parecia nada convencido.

Ela estava tensa.

- O que faz aqui? - S/n perguntou, ficando de lado para que Rin pudesse entrar no apartamento bonito e bem arrumado da garota.

- E-eu preciso da sua ajuda. - A Nohara sussurrou.

- Se eu puder ajudar... - S/n respondeu,  respirando fundo, já imaginando o que poderia ser. No entanto, o que Rin falou a pegou de surpresa.

- Eu não sei o que dar de presente para Kakashi.

- An? Presente?

- É ué, os pares se presenteiam um ao outro hoje à noite. - Com a resposta de Rin, S/n bateu em sua própria testa com a palma da mão. Ela não imaginava que fosse assim.

- Merda. Eu não sabia disso.

- Você não sabia ou teve preguiça de comprar algo pra ele? - Rin sibilou com um sorriso levemente irônico.

- Eu não sou nascida em Konoha, não sou obrigada a saber de todos os costumes. - S/n respondeu, sentando-se no sofá. Rin fechou a porta atrás de si e logo voltou a olhar para a garota.

- Mas você mora aqui a quase cinco anos.

- Que seja, eu dou algo pra Obito depois... No vilarejo que eu nasci os homens presenteavam as mulheres. - S/n explicou, sem se importar tanto.
Kakashi não ligaria pra presentes, Obito por sua vez era muito mais mimado.

Mesmo assim, ele entenderia.

- Você já recebeu algum presente no festival de lá!? - Rin perguntou, agora curiosa. Ela adorava saber sobre culturas diferentes, e por isso, ficou animada com a conversa.

- Um garoto que tinha a minha idade. Ele dizia que me amava e que casaria comigo. Eu não dava bola, já que eu tinha uns sete ou oito anos... No último festival de lá antes do...  - S/n engoliu um seco antes de completar. Era sempre difícil relembrar de tudo.

- Antes do massacre, ele me deu um anel feito à mão. Ele era legal, meu melhor amigo na infância. - A garota completou, levantando-se e indo até sua geladeira.

Rin ficou em silêncio por alguns segundos, lamentando o fato de que talvez aquela conversa não fosse tão boa para S/n por conta de seu passado. Talvez ela devesse romantizar um pouco aquilo para que S/n se sentisse melhor?

- Uau! E você ainda tem esse presente? Um anel feito à mão deve ser muito bonito!

- Não. Se perdeu no incêndio provavelmente. - S/n respondeu em tom seco, surpreendendo Rin com sua frase. Ela não sabia nada sobre incêndio na história de S/n.

- Incêndio?

- Minha casa foi queimada após o ataque. Acho que pensavam que eu ainda estava escondida lá dentro. - S/n falou com naturalidade, já estava acostumada. Rin ficou completamente arrasada, com as mãos na boca. Era muito pior do que ela pensava que tinha sido.