Capítulo 13

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Por Anne:

No segundo dia de festa acordei cedo para ir a cidade fazer compras com a minha mãe. Assim que chegamos, olhei meu celular e vi uma solicitação de amizade no Facebook que me chamou atenção: o professor de RH da faculdade, o Andrews ou Andy como pediu para ser chamado. O aceitei de imediato e logo apareceu uma mensagem dele pelo Messenger:

" Oi, te achei mocinha do sorriso lindo! E aí decidiu se vai na festa? Ah, vamos nos encontrar lá, tô doido pra voltar a terrinha e curtir uma balada, por favor, nunca te pedi nada, me faz companhia nessa?!"

Confesso que fiquei com pena dele e como não tinha nada a perder, já que quem eu queria só me pegou e ponto, então vou dar uma chance de pelo menos fazer companhia a ele. Pelo menos não passaria a noite sendo vela dos casais que meus primos formariam, provavelmente e me lamentando ao ver meu peão delícia com outra novamente. Depois de pensar um pouco, retornei a mensagem:

" Tá bem, vai. Nos encontramos no ponto de táxi as 19h, ok?"

Não sei como seria minha noite com ele, mas certeza que não ficaria com ele, pois não faz nem um pouco meu tipo. Terminei de fazer as compras com minha mãe e fomos ver as roupas para irmos ao jantar de casamento de Louise. Não achei nada demais, mas aluguei um mais ou menos que me agradei pouco.
Voltamos para a roça e fui me arrumar para ir ao segundo dia de festa, dessa vez mais desanimada que o dia anterior.
Quando entramos no ônibus logo procurei o peão delícia, mas ele não estava mais uma vez e senti meu peito apertar. Hoje Kate estava com o marido e sem os gêmeos, que havia deixado com sua mãe e Maya estava disposta a não perder mais seu tempo com Will, que além do fora que a deu no dia anterior, ainda a garantiu que voltaria com a ex para ficar mais perto da filha, o motivo dela ter ficado tão mal. Só que para superar o boymagia, ela já havia marcado com outro rapaz lá da roça, o Tim, que trabalhava na venda com meu tio e arrastava a maior asa para ela, mas como que ela só tinha olhos para Will não havia dado uma chance, só que agora estava querendo virar a página e ele era a próxima vítima. No ônibus, os casais já estavam formados, com exceção de Denis e Fany, que eram novinhos e Jeff, que a peguete dele já estava na cidade. Lya namorava um cara desde seus 12 anos, Tony, ele trabalhava embarcado, mas tinha chegado naquele dia e estavam no ônibus juntos, como as outras meninas. Me sobrou sentar ao lado de Cindy, a mãe de Fany, e ficar com o filho dela no colo.
Ao descer do ônibus dou de cara com John abraçado a uma moça muito bonita, com um vestido de costas nuas e alça, num frio danado que estava fazendo, pensei: "Que tipo que esse menino gosta! Pelo amor de Deus!" Ele me olhou como se quisesse falar algo comigo, mas eu não daria conversa a um rapaz comprometido. Não sabia se era namorada ou a peguete do dia anterior, pois estava distante e não enxergo direito, mas se estavam abraçados no meio de todos, é porque tinham algum compromisso, né? Me bateu uma tristeza quando avistei seus olhos encantadores, mas desviei o olhar e sai em direção ao ponto de táxi para encontrar o Andy.
Quando vi aqueles cabelos longos loiros de costas, já sabia que era ele. Fui até ele na ponta do pé e tapei seus olhos.

- Adivinha quem é? - perguntei já tentando quebrar o gelo entre nós.

- Olha, não conheço ninguém mais nessa cidade a não ser a moça do sorriso mais lindo que já vi!" - ele disse se virando para me abraçar, me fazendo sorrir.

- Ah, não é pra tanto, vai? Assim você vai me deixar com ego lá em cima! - falei sem graça.

- Mais? Você já se acha naturalmente! - ele exclamou me deixando surpresa.

- Olha, olha hein, seu bobo? - dei um leve tapa em seu braço e sorri.

Quando vejo de rabo de olho o peão bonitão passando e nos encarando com uma expressão de desgosto. Só ele que pode ficar com outra pessoa, eu não? E olha que nem tô ficando com ninguém, só estou acompanhada, assim como ele. Ah, me poupe!
Fiquei ali com a agradável companhia de Andy até seu celular tocar e ele me oferecer a mão mostrando que queria sair dali para atender e queria que eu fosse com ele, pra não me deixar sozinha, com certeza. Peguei sua mão e o segui.
Chegando em um local com menos movimento e barulho ele parou e atendeu o celular, fiquei disfarçando, mas ouvi a ligação.

Da Cidade Para RoçaOnde histórias criam vida. Descubra agora