Capítulo 35

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Acordei no susto com um furacão chamado Louise entrando no quarto, fazendo um milhão de perguntas. Eu com dor nas costas de dormir naquela cama de hospital e sem entender uma palavra que ela falava.

- Lou, calma! Está tudo bem. Meu pai está dormindo, pois ainda não operou, será as 11 horas.

- Coitado dele, vai ter que ficar de jejum até esse horário, não tem como o médico apressar isso? - disse Lou preocupada.

- Não, pra que? Fica tranquila que vai dar tudo certo. - respondi a acalmando.

Deixei Lou com meu pai, ainda adormecido e desci pra tomar café da manhã. Mandei mensagem pra John indicando que estaria na cafeteria do hospital, pois pela hora sabia que ele estava indo pra lá. Sentei e quando olhei pra frente, avistei meu lindo vindo em minha direção.

- Bom dia, linda! Como foi a noite com seu pai? - perguntou John ao me ver e me dar um selinho.

- Bom dia, amor! Tudo bem, graças a Deus! Dormimos bastante, ele ainda tá lá dormindo. - respondi.

- Tomara que hoje dê tudo certo pra gente poder voltar nossa vida ao normal. - disse John.

- Vai dar tudo certo, sim, mas eu não vou poder voltar hoje. Você e Lou tem que ir trabalhar, mas tio Joseph falou que eu posso ficar o tempo que precisar, então vou aproveitar pra ficar até meu pai ter alta e levá-lo para casa. Quando ele tiver em casa com a mulher dele, que também deve tá debilitada ainda, eu vejo uma cuidadora para os dois, meu pai tem condições de pagar, né? Aí sim posso voltar. - respondi a John que fez um biquinho.

- Ah vida, mais tempo longe de você eu não aguento! Por isso que quero casar logo, pra gente não se desgrudar mais! - disse John pegando em minha mão e beijando uma.

- Own lindo, logo estarei de volta. Tio Joseph e mamãe também precisam voltar para vidinha normal de recém-casados e em breve seremos nós, se Deus quiser. Tenha paciência, tudo vai se ajeitar! - respondi a John com carinho.

- Se pudesse casava aqui e agora, só pra ver meu sobrenome no seu, essa aliança da mão direita para a esquerda e poder dizer pra todo mundo que você é só minha, de papel passado e tudo! - disse John divertido, me fazendo rir.

- Vida, se acalma! Já já seremos um só, relaxa! - beijei sua mão em forma de carinho.

Subimos e meu pai estava se preparando para a cirurgia. Eu, John e Lou ficamos apreensivos durante toda a cirurgia, com medo de acontecer algum imprevisto, mas graças a Deus correu tudo bem e mais tarde, meu pai saiu da cirurgia e foi para o quarto, ainda sob efeito da anestesia. Lou e John esperaram ele acordar pra saber se estava tudo bem de fato e depois se despediram e foram embora, pois tinham que retornar aos trabalhos. Eu fiquei lá com meu pai mais alguns dias, até ele poder ir pra casa.
Quando meu pai finalmente teve alta, o levei pra casa e ele pôde reencontrar sua mulher, que ainda se recuperava da cesária de emergência e do parto prematuro. Fiquei feliz em vê-lo aliviado, pelo fato de estar tudo bem com todos depois dos últimos acontecimentos. Conversei com meu pai e contratei uma cuidadora para eles, pois ele sabia que eu tinha que retornar ao trabalho e entendeu. No segundo dia da cuidadora, arrumei minhas coisas e fui me despedir do meu pai para retornar.

- Pai, agora que o senhor já está bem, se recuperando, chegou minha hora de ir... Alguém tem que trabalhar aqui, né? - dei uma risadinha e ele também. - Estou feliz em estar bem com o senhor e ver o senhor bem também. - falei o acariciando o rosto.

- Filha, eu amo tanto vocês que as vezes acabo errando pelo excesso! Mas saiba que desejo toda felicidade do mundo para você e o John e espero estar presente no casamento de vocês, entrando de braços dados com a noiva mais linda do mundo! - disse meu pai emocionado.

Da Cidade Para RoçaOnde histórias criam vida. Descubra agora