Cheguei a casa dos meus avós com John e meus primos fofoqueiros me aguardavam pra saber das novidades, mas fiquei namorando e colocando os assuntos em dia com John e eles acabaram cansando e indo embora.
Me despedi de John e entrei, vi que Louise e Bruce já estavam instalados e minha mãezinha não durmiria em casa essa noite, pois foi comemorar seu noivado com tio Joseph na casa dele na roça (a casa dos pais dele ficaram pra ele). John havia me convidado a dormir com ele, mas achei melhor não, pois queria ir com calma em nosso retorno. Fui dormir nas nuvens em estar novamente com o amor da minha vida e prometendo pra mim mesma não me deixar mais abater com as inseguranças que criei.
Acordei no dia seguinte e fui tomar café com Louise e Bruce, depois iríamos almoçar na casa de tio Joseph com nossa mãe e Lou iria embora.- Bom dia mana e cunhado! Espero que tenham dormido bem. - disse ao chegar na cozinha e encontrá-los a mesa.
- Bom dia! - responderam juntos. - Sim, dormimos bem. Vi que você chegou tarde com aquele rapaz do meu casamento. Voltaram as boas? - perguntou Lou.
- Sim, voltamos ontem. Ainda temos muita coisa pra ajustar entre nós, mas aos poucos vamos indo. - respondi dando um gole em meu café.
- Ah sim, o que importa é que seja feliz! - disse Lou caridosa, pegando em minha mão com sorriso fraterno e senti meu coração quentinho.
Tomamos nosso café e conversamos assuntos aleatórios, quando vimos a hora e decidimos nos arrumar para o almoço na casa de tio Joseph. Fui de carro com Lou e Bruce e ao chegar lá encontrei com John, que iria embora depois do almoço com tio Joseph.
- Oi linda, já tô de malas prontas pra retornar com meu tio, mas se você quiser que eu fique eu jogo tudo pro alto, como te falei ontem. - disse ele depois de me dar um selinho como cumprimento.
- Oi amor! Já te disse que não é isso que eu quero. Só me respeitando e não me traindo, já está de bom tamanho! - respondi fazendo bico.
- Eu te prometo que nunca mais vai acontecer nada de ruim entre nós! Seremos muito felizes! Por que não aproveitamos e vimos com tio Joseph e sua mãe a possibilidade de você ir comigo? - John trouxe esse assunto a tona novamente me deixando perturbada.
- John, como te falei ontem, vamos com calma, tá? Um passo de cada vez... - respondi pegando em sua mão e indo cumprimentar os noivos que nos aguardavam para o almoço.
Lou e Bruce já haviam entrado e minha mãe e tio Joseph nos aguardavam também. Os cumprimentamos e nos sentamos a mesa aguardando o almoço que ambos faziam juntos, aquela cena fez meu coração esquentar, minha mãe feliz, com o amor da sua vida, cozinhando juntos. Tinha certeza que era o início de uma vida boa e tranquila pra ela e não poderia estar mais feliz, assim como Lou que acompanhava a cena com um sorriso largo.
- Bom, almoço está servido! Vamos fazer uma oração em família? - sugeriu tio Joseph e demos as mãos para a oração.
- Senhor, obrigado por estar reunido aqui com minha nova família. Obrigado pela comida e por esse amor que não cabe no meu peito. Não nos deixe faltar nunca, amém! - orou tio Joseph.
- Filhas, estou feliz de estarmos juntas. - disse mamãe pegando em nossas mãos e sorrindo.
- Nós também, mãe! - disse Lou tambem sorrindo e eu assenti.
- John, bem-vindo de volta a família. - disse mamãe pra ele o deixando corado.
- Obrigado dona Tina! Prometo ser o melhor homem para sua filha e não decepcioná-la novamente. - disse John sem graça.
- Ah, mas não vai mesmo! Porque agora eu estou de olho. - disse tio Joseph nos fazendo sorrir. - Falando nisso, Anne, por que não vai conosco? Você pode assumir a administração do restaurante, pois vou estar mais ausente vindo pra cá ficar com sua mãe, porque ela não pode ficar longe dos seus avós e vou precisar de uma mãozinha por lá. John não pode me ajudar nesse sentido, porque sua faculdade já o consome muito e não leva o menor jeito para contas, né meu filho? - dirigiu seu olhar a John com sorriso de canto e ele assentiu. - Então, você poderia transferir sua faculdade para lá e me ajudar nesse sentido. Conversei com sua mãe ontem e ela achou uma ótima ideia, né amor? - virou-se para mamãe que assentiu.
- John já havia me feito a proposta de ir pra lá, parece que ele já conversou com o senhor sobre isso, né? - percebi que eles se entreolharam e sorriram. - Bom, mas eu preciso pensar, já que pra eu ir pra lá moraria com John e seria uma espécie de casamento, né? Acabamos de voltar, não sei se estou preparada para isso. - respondi séria.
- Se você quiser ficar na minha casa, sinta-se a vontade. - disse tio Joseph e Philip, seu filho, que também estava a mesa sorriu.
- Não entendi seu sorriso malicioso, primo?! - disse John querendo tirar a paz do nosso almoço com ciúmes.
- Não é nada, nem tô participando do assunto, relaxa brother! - respondeu Philip.
- Hey, calma, meninos! Foi só uma sugestão, quem decide é a Anne. De qualquer forma, Anne, será um prazer tê-la conosco. - disse tio Joseph.
- Sim, durante a semana vou pensar e se decidir aviso. - informei, pois me sentia um pouco confusa.
Almoçamos em paz e conversamos o resto da tarde até a hora de nos despedirmos de Lou, Bruce, tio Joseph, Philip e John. Confesso que chorei, pois queria ficar ali com eles pra sempre! Mas enfim, eles nos deixaram na casa dos meus avós e partiram e eu fiquei ali chorosa sem saber quando veria John novamente.
A noite, deitei ao lado da minha mãe que resolveu voltar ao assunto do almoço.- Filha, você ama John de verdade? - perguntou ela virando-se na cama pra mim.
- Claro, mãe, por isso resolvi dar uma segunda chance. - respondi.
- Então por que não se entrega a essa relação? Sabe filha, por medo eu não me entreguei na relação com Joseph há anos atrás e acabei sendo infeliz. Hoje graças a Deus estou tendo uma segunda chance e aproveitando. Não espere ficar velha, bater cabeça por aí para perceber que era com John que você queria ficar e ser feliz! - aconselhou minha mãe.
- Mas o meu medo é enfiar os pés pelas mãos. Morar junto com ele e perceber que ele não mudou, ser traída novamente não dá pra mim, meu coração acaba de quebrar. - respondi fazendo drama.
- Quando a gente perdoa e dá uma segunda chance, a gente deixa tudo que nos magoou no passado e tem esperança de um futuro melhor. Se você o ama, com certeza, serão muito felizes e ele não te magoará novamente, pois ele já sentiu a amargura de perder você e com certeza não fará mais nada para perdê-la novamente. - disse mamãe sabiamente.
- É, mãe, acho que você tem razão. Eu amo John e quero muito compartilhar a vida com ele, só tenho medo, mas esse medo não pode me impedir de ser feliz novamente. Obrigada pelos conselhos. Essa semana resolvo minha vida. Vou dormir. Te amo! - dei um beijo em sua testa e fui dormir com uma esperança crescendo em meu peito de ser feliz ao lado do meu amor.
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Da Cidade Para Roça
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