O amor era um jogo tão fácil de se jogar...
Beatles
Eu não sabia qual seria minha reação quando visse a vadia da diretora de Howard, e talvez fosse por isso mesmo que ela queria me ver, para eu me descontrolar e fazer uma loucura para ela ter um mais motivo para me mandar para a solitária por mais sabe Deus quanto tempo. Eu estava tentando ao máximo me controlar, mas a raiva dela estava falando mais alto, eu havia passado dias naquela imundícia, isolada, aquele lugar era tão horrível que eu mal podia o descrever sendo totalmente fiel, e ela havia me acusado de algo que eu ao menos sei oque era. O homem alto abriu a porta e indicou para que eu entrasse, assim que entrei, encontrei a diretora na sua habitual postura, olhando alguns papéis atrás da mesa de madeira, assim que levantou o olhar, me enxergando, ela deu um sorriso de lado se levantando. Eu permaneci no começo da sala, encarando ela fixamente, respirando fundo.
— Como foram seus dias na sala de reflexão? Espero que tenham sido terríveis — seu sorriso se alargou ainda mais quando apoiou seu corpo na mesa, eu não respondi nada, apenas continuei encarando ela — O rato comeu sua língua lá?
Eu não tinha sangue frio o suficiente para isso, rosnei encarando ela com raiva, e rapidamente caminhei até estar frente a frente com ela, e sem raciocinar eu virei um tapa no seu rosto, com toda a minha força. Foi tão forte que o seu rosto virou para o lado e quando ela voltou o olhar para mim, tinha a perfeita marca dos meus dedos no seu rosto.
— Você é uma cretina desgraçada! — disse com ódio, a diretora com força empurrou meus ombros, devolvendo o tapa que recebeu depois — Você vai se arrepender pelo que fez — massageie o lado atingido do meu rosto.
— Quem vai acreditar em uma doente pecadora, como você? — riu com escárnio, avancei contra ela novamente, a encurralando contra a mesa e apertando seu pescoço com uma das mãos.
— Eu vou acabar com sua vida! — apertei com mais força seu pescoço, ela só sorriu de lado, me causando ainda mais ódio.
— Se pensar novamente que pode brincar comigo, quem acabará com a vida desgraçada é você — rosnei, eu queria matar ela ali com minhas próprias mãos, mas se o fizesse, minha vida realmente acabaria e meus dias estariam destinados a terminar em Centralia, com um auto controle invejável, larguei seu pescoço, e virei se corpo, batendo seu rosto com força na mesa quando fui a deixar curvada. A diretora respirava afoita, tentando recuperar o ar e gemeu de dor com o baque — Isso, me mate, enterre de vez suas chances de sair daqui — mesmo estando na desvantagem ali, ela continuava tentando tirar minha paciência, para que eu fizesse uma loucura.
— Não vou, vou descontar minha raiva fodendo você, ou serei capaz de acabar com esse seu rostinho cínico — vi sua respiração acelerada somente com minha fala, era visível como eu afetava ela e eu usaria isso ao meu favor.
Em um movimento rápido abaixei a peça íntima que cobria seu sexo e deixei um tapa estalado em um dos lados de suas nádegas.
— Você está louca?! Se voltar a me agredir eu irei gritar, imbecil — ri baixo indo até seu ouvido enquanto massageava a região que foi atingida.
— Vou adorar ver as pessoas te encontrarem nessa situação, já aproveito e revelo que a diretora de Howard, a tão respeitada, adora sentir os dedos dessa pecadora aqui, enterrados nela — lambi a lateral de seu pescoço, sentido ela estremecer, continuava tão sensível a mim como antes — Sentiu saudades de mim, não é? — deixei outro tapa estralado em suas nádegas, em seguida raspando meus dedos por sua intimidade e sentindo que ela já estava molhada, ri ao descobrir isso — Gostou de apanhar é? Já está molhada para mim — ouvi sua respiração ficar ainda mais pesada e seu rosto corar de leve, girei seu corpo em um gesto rápido, deixando a de pé e de frente para mim, em um movimento só, arranquei seu hábito encontrando seu corpo completamente nu, e senti minha intimidade se contrair com a visão de sua nudez, e me odiei por isso, afinal, ela também me afetava.
Arranquei o pano que cobria seus cabelos, vendo as suas mechas caírem pelos seus ombros, era a minha imagem favorita, ver as mechas castanhas caindo pelos seus ombros e cobrindo seus seios pequenos, ali, com o rosto corado por receber meu olhar faminto no seu corpo perfeito e delicado, os olhos fitando o chão e as mãos cerradas, ela parecia uma garotinha inocente, e não a mulher cretina que havia me jogado para apodrecer na solitária de Howard, agarrei sua cintura a puxando para mim e me apossando de seus lábios macios, o beijo foi feroz e cheio de desejo, era tão forte que eu podia sentir o gosto de metal entre ele, por mais que eu estivesse repleta de ódio por ela, tal ódio que eu nunca senti por ninguém, eu também estava molhada... Com meu corpo quente de desejo por ela, querendo ter ela até não poder mais, conduzi seu corpo até o pequeno sofá que havia na sala dela e só quando chegamos frente a ele desgrudei nossos lábios.
— Deita — ordenei apontando para o mesmo, ela concordou de leve com a cabeça e fez o que eu pedi, se deitando ali com o rosto vermelho igual a um tomate, ela me olhava com curiosidade e até um pouco de receio. Tirei a blusa, deixando meus seios expostos, e depois abaixei a calça junto a peça íntima, deixando meu corpo completamente nu, vi a diretora arregalar um pouco os olhos e rapidamente deviar eles para cima, sorri com deboche, ela era ótima em atuar, qualquer um acreditaria em seu joguinho de mulher ingênua e inocente, mas não eu, irmã Mary já tinha abrido meus olhos, eu não era a primeira, e agora eu entendia, provavelmente ela já esteve com alguém antes de mim, ou muitas pessoas, eu não fui a sua primeira quem dirá a última. Eu estava completamente nua pela primeira vez na frente dela, já que eu sempre somente tirava a blusa e a diretora mal olhava para mim de tanta vergonha, caminhei até a porta trancando a mesma com a chave que ficava na porta e depois me voltei novamente para ela me sentando sobre seu corpo e sentindo pela primeira vez a sensação de ter a minha pele nua contra a dela, e era bom, muito bom, a pele dela era quente e macia, e se encaixava perfeitamente contra a minha. Sorri maliciosa encarando seus olhos, vi ela engolir em seco.
— Eu já percebi qual é o seu jogo.
— E qual é?
— Você faz de bobo quem se deixa levar por você.
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Madhouse
Romance- No século 20 não precisava de muito para você ser considerado fora dos padrões e automaticamente ser visto como uma pessoa com algum problema mental. A instituição mental de Howard foi fundada pelo monsenhor Timothy Howard para ser algo revolucion...