Capítulo 30 (Flor)

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Aviso: Esse capítulo contém cenas um pouco mais quente do que o comum do livro, então caso você seja sensivel / não goste, pode pular, avisarei quando for acontecer. 

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 Fui tomar um banho no meu banheiro enquanto Anthony tomava no outro banheiro. Me sentia feliz, ao mesmo tempo sentia que algo estava estranho, não sabia o que era.

Sai do banho, vesti um blusão qualquer e me joguei na cama, esperando Anthony. Que logo apareceu com dois drinks, novamente. Dou uma risada, íamos morrer daquele jeito.

— Você quer me matar. — eu digo, recebendo o copo.

— Nam. Faz um tempo que não fazemos isso. — ele diz, sentando em minha cadeira de estudos.

— Você tem razão. Vem pra cá. — o chamo para minha cama. De repente sinto meu corpo implorar por Anthony, mas nessa altura do campeonato não teria coisa mais estupida a se fazer do que isso.

Anthony veio e sentou ao meu lado, começamos a rir. Coloco meu copo na mesinha longe da cama, Tony faz o mesmo.

—Será que um dia deixaremos de ser amigos? — pergunto, encarando Tony. Ele balançou a cabeça.

—Se isso acontecer, vou ficar triste. — Ele diz. — Não gosto de ficar longe de você. Esse período foi um inferno. — ele me puxa pra si e me abraça. Me sinto acolhida naquele momento.

— Eu não gosto também, odiei muito. Odiei não poder ficar na sua apresentação da dissertação até o fim com medo de que você ou Julia me vissem e me achassem maluca. — eu digo, quase lacrimejando. Anthony me aperta.

— Você viu minha apresentação? — ele pergunta.

— Sim, eu vi da metade para o fim. Você não encontrou o papel que deixei na sua bolsa? — pergunto, confusa.

— Não. Não vi nada. Achei que você só tivesse esquecido. — ele me olha curioso.

— Nunca iria esquecer de algo tão importante pra você. No papel eu escrevi todas as coisas boas da tua pesquisa, aquele professor foi muito duro contigo. Eu não gostei. — digo, o encarando.

— Por cristo, você viu mesmo. — ele parecia feliz. — Mas te juro, não vi nada em minha bolsa, e olha que eu a esvaziei ao chegar em casa naquele dia. Onde você colocou?

— Eu coloquei exatamente dentro do teu diário de campo. Sabia que seria o primeiro lugar que você iria mexer dentro da bolsa.

— E foi mesmo. Mas não havia nada lá. Eu teria visto. — ele me encarava confuso. Eu também fiquei. Será que Julia achou antes e jogou fora? Mas porque ela faria algo assim? Decidi nem comentar com Tony.

— Que bizarro. — eu digo.

— Sim. — ele me olhava. Estávamos deitados e abraçados, como sempre ficávamos. Nossos rostos estavam bem próximos. Eu olhava Tony e ele me olhava também. Fechei os olhos. Tentei lembrar que aquilo não poderia mais acontecer. — Flor. — ele diz.

— Oi? — abro os olhos, um pouco assustada. Anthony afastou-se um pouco, mas nossos corpos continuavam abraçados.

— Eu tenho que te falar uma coisa. — ele fala e eu sinto meu coração sair pela boca. — E independente do que você acha, eu preciso falar. — ai, meu deus. O que aconteceu.

— Por cristo, Anthony. Fale logo. — eu sentei na cama, estava assustada. Tony também sentou. Ele parecia nervoso.

— Calma. — ele diz. — É que, Flor. A gente se conhece a tanto tempo, não é? Somos amigos a anos. — ele começou e por algum motivo eu estava extremamente nervosa. Será que alguém disse algo a ele sobre mim?

O Sol Pela Janela [EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora