Aviso: Esse capítulo contém cenas de sexo explícito, avisarei quando iniciar.
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Flor.
Hoje era o dia da prova. Eu estava muito nervosa, mas Anthony parecia mais, então eu tentava acalma-lo. Confesso que estou confiante no Espanhol, é praticamente minha língua materna. Anthony não deixava transparecer que estava nervoso, mas eu percebia.
— Ei. Vai dar tudo certo. — eu o falava. Estávamos dentro de seu carro, indo em direção a Universidade. O último dia se resumiu a sexo, amor e estudos. Foi tudo perfeito. Claro, nem tocamos no grande elefante branco na sala que é: um de nós vai mudar de país por dois anos. Nem falamos para ninguém que estávamos juntos, era o nosso momento, de aproveitar tudo que não pudemos em todos esses anos. Mas agora... a realidade batia em nossa porta. Eu não queria deixa-la entrar, mas ela estava quase arrombando a porta.
— Eu sei. — ele dirigia, tentando parecer calmo. Mas suas têmporas estavam enlouquecidas. — Somos dois filhos da puta inteligentes pra caralho. — ele diz. — Sem ofensas a Drª Sonia.
— É, somos mesmo. Juntos então, nossa. Imagina uma criança gerada por nós? Será que o mundo está preparado para isso? — tentei faze-lo rir. Funcionou.
— Uma criança tão inteligente e tão bonita quanto nós dois? Coitada, vão achar que é o próprio anticristo. — dei uma risada tão alta que acho que a pessoa no carro ao lado de nós parada no sinal deve ter ouvido. É muito cedo para pensar em filhos. Mas não quero gerar uma criança se não for com Tony.
—O mundo realmente não está preparado para isso. — dou mais risadas. Anthony parecia mais calmo. Coloco minha mão em sua coxa. Ele me encara com aquele olhar safado dele. Balanço a cabeça e sorrio.
A prova seria ás 13h, duraria por volta de 5h. Seriam duas etapas, prova escrita e prova oral. Ainda era 11:30h. Anthony acha que estamos indo fazer o ENEM, só pode. Porém, com esse tempo extra, me deu uma ideia.
Chegamos ao departamento. Ninguém sabia ainda de nós dois. Decidimos não demonstrar abertamente a ninguém sem antes contar a minha família.
— Vou sentir saudades daqui. — digo, sentando em um dos bancos de concreto já tão conhecido de nós.
— Eu também vou. — ele diz. Estávamos bem próximos, cumprimentávamos alguns professores que passavam. Ninguém achou estranho, sempre fomos bem próximos um do outro. — Eu queria muito te beijar agora. — ele sussurrou em meu ouvido e senti todos os pelos do meu corpo arrepiarem.
— Eu também, mas queria fazer várias outras coisas além disso. — sussurro de volta. — Bom dia, Seu José! — Digo em voz alta, ao ver seu José, que cuidava da segurança do departamento, passar por nós. Ele cumprimentou de volta e logo sumiu de nossas vistas. Encaro Tony, ele estava morrendo de tesão. Eu o conhecia bem demais.
— Vou no banheiro do terceiro andar. — Levanto. — Daqui a cinco minutos, você vai. — eu o digo, ele sorriu e concordou com a cabeça.
Vou andando em direção ao terceiro andar. Nosso departamento naturalmente era vazio, não existia tanto fluxo de pessoas quanto os outros, porém, o terceiro andar era praticamente deserto, quase nunca as pessoas usavam aquele banheiro.
Entro no banheiro que foi construído nos anos 50. As cabines eram todas imensas e de um mármore cor de madeira. Me olhei no espelho. Eu estava bonita, usava um vestido longo azul. Minutos depois ele apareceu. Parecia um lobo encontrando uma ovelha. Assim que me viu, veio em minha direção, e me agarrou. Anthony sabia exatamente o que fazer, todos esses anos transando juntos serviu de algo.
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O Sol Pela Janela [EM ANDAMENTO]
RomanceEntre casamento de amigos e dissertações de mestrado, Flor se vê obrigada a assumir uma postura mais responsável diante de seus próprios sentimentos e assumir ao seu melhor amigo colorido e colega de faculdade que é apaixonada por ele: mas essa conf...