Bônus - Meu estopim

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| J A C E Y   E V A N S |

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| J A C E Y   E V A N S |

Um maldito medroso.

Isso que você é Jacey, um bichinho acuado.

Bato contra o volante tentando jogar os problemas que criei pra cima de algo, tentando entender por qual merda de motivo eu falei aquilo e depois literalmente sai correndo pela estrada sem direção.

Tenho ciência da burrada que acabei de falar pra ela, no momento da defensiva a merda saiu e agora estou me sentindo um moleque inútil que não sabe honrar a palavra que tem.

Isso tudo é estranho.

Depois de escutar que formávamos um lindo casal algo dentro de mim se remoeu por que nós eramos e não eramos um casal ao mesmo tempo. Desde o inicio minha mente achou tudo complicado demais.

Complicado, é isso, já sei quem pode me ajudar.

Benjamin pode me matar depois por não o procurar de primeira mas por agora mudo a rota demorando quase vinte minutos para chegar a frente da casa depois de ter rodado tanto que nem sabia onde estava direito.

- Como soube que estava apaixonado? - Bombardeei assim que a porta se abriu o vendo franzir o cenho.  

- O que?

- Como soube que amava a Hayley? 

- Entra Jacey. - Fala rindo e sorrindo com a cabeça. - Vamos lá pra fora.

Falei rapidinho com Sam e Hay avisando que conversaríamos depois por que no momento minha mente está ocupada apenas pela carinha chateada e magoada daquela morena que está fodendo comigo desde a primeira vez que a vi. 

- Eu fui imaturo Jacey. - Começa depois de me deixar falar tudo que se passava na minha mente. - Amar é fácil, nós que complicamos tudo, quando o sentimento bateu eu fiquei perdido não querendo assumir que ela me pegou de jeito desde a primeira vez. Eu deixei o medo me prender e garanto que se fizer isso vai se arrepender. Você errou hoje mas nem tudo está perdido, se quiser você ainda consegue correr atras do prejuízo sem perde-la, basta saber se quer isso.

- Preciso de uma bebida.- Falei frustrado.

- Imaginei. - Riu me entregando uma cerveja.

Me apeguei a Mel durante todo o tempo que compartilhamos juntos. Pra minha sã consciência fazia de conta que não reparava em seu corpo desfilando pela casa, ou em como sua risada me fazia feliz. Comecei a ter um carinho e amar aquela mulher que estava ali sorrindo independente do que estivesse acontecendo. Ledo engano que isso seria apenas uma amizade sendo que me reprimia perto dela desde o início, até a primeira oportunidade que não me segurava mais.

A amar como uma mulher além da amizade pode aparentar rápido ou precipitado, porém durante todo esse tempo nós estamos apenas adiando o inevitável.

Eu estava sentindo essa mulher em todo o lugar, no escritório de casa lembrava de seu corpo em meu colo, na empresa lembrava de como ela ficou do meu lado o tempo todo que estivemos em Boston, pensando nas loucuras que queria cometer com ela naquele estofado que coloquei ali pensando inconscientemente nela, em todos os lugares tinha seu cheiro, seu toque, um detalhe, seja o casaco pendurado na entrada, o paninho rosa com amarelo que ela teima em deixar na cozinha pois combina ou seu corpo colado ao meu todas as noites independente de que quarto fosse.

Nunca experimentei essa relação que tenho com Melani com nenhuma outra. Sua grande maioria eram casos e todas que cheguei a tentar algo não me conheciam de verdade, nunca chegaram a me conhecer por completo, a ter toda essa intimidade que tenho com ela em todos os aspectos.

Eu sinto aquilo dentro de mim quando nos encontramos no final de um dia cansativo, sinto quando a beijo lento, rápido ou voraz, quando pressiono seu corpo abaixo do meu, ou simplesmente quando a vejo, penso ou jogo conversa fora com ela.

- Eu e-estou ferrado. - Falo meio embolado misturado com um o riso solto.

Não querendo assumir eu estou caído de quatro por essa pequena mulher, e o pior, não é de hoje.

Preciso colocar algumas idéias e planos em mente e finalmente mostrar o que estou preparando pra ela, depois que ela me aceitar vai reclamar mas preciso a convencer de entrar nessa comigo mais uma vez e realizar o que tanto deseja. Agora tenho apenas que arrumar meu erro ridículo, ter coragem pra falar e fazer ela acreditar na verdade. Tudo isso depois de fazer a pequena me perdoar por hoje, Deus que ela pegue leve.

- Cara, você é pesado. - Escuto o resmungo de David e riu abertamente.

Estou meio anestesiado e meu corpo está sendo praticamente levado por ele até a porta. Com muito custo conseguimos entrar no apartamento mas aparentemente fizemos barulho demais por que a morena maravilhosa apareceu com a cara inchada e olhos avermelhados me fazendo morrer por dentro.

Não prestei atenção no que falavam ou no caminho somente olhava pra ela pensando na burrada que fiz, era muito mais fácil ter tido coragem cara, muito mais fácil.

- Você... é lin-da... gostosa... pra ca-aralho. - Falo acho que embolado jogado na cama sem me importar se estamos sozinhos ou não. - Sou ba-babaca... me per-doa pequena. 

Querido Salvador - Série Poderosos e Irresistíveis 3Onde histórias criam vida. Descubra agora