Ouve um tempo que achava nunca mais conseguiria ser eu mesma. Perdi totalmente minha direção, minha melhor parte, quem me dava forçar e me ouvia por menor que fosse minhas lamúrias, passei a ser o próprio caos esperando a ser estourado.
Então sua voz sempre vinha a minha cabeça, aquelas lembranças de ensinamentos que ela me dava, uma pequena parte do meu cérebro que sempre lembrava que ela não estaria orgulhosa se eu me perdesse.
Anne Venturelli foi meu rumo e exemplo durante toda vida e mesmo após sua partida nunca deixou de ser. Hoje em dia não sinto aquela dor astronômica apesar de saber que fico emotiva e me perco em lembranças algumas vezes, porém com saudade, uma que não doi mas que me faz pensar que um dia depois de ter uma longa vida nos reencontraremos e vou escutar sua voz novamente.
- Filha, você mandou bem.
Seguindo seus conselhos, meus sonhos, deixei meus medos, cometi loucuras, eu vivi. No meio de tudo isso também quebrei a cara mas a diferença é que anos depois ele estava ali para me estender a mão.
Jacey não me completou, ele me mostrou que eu sou meu próprio sol mas que ele estaria ali se eu me queimasse. Me mostrou que em meio a loucura o amor pode surgir e como mais nossa vida poderia acontecer se não em meio a loucura?
Por conta da nossa história e depois de muitos não que lhe dei, no nosso segundo Natal junto eu lhe pedi em casamento. Tomei coragem e na manhã de natal entendi a caixinha com o par de alianças a sua frente como seu último presente.
Ele me respondeu o que?
Um belo e sonoro não. Sem brincadeira, depois de alguns segundos não conseguiu segurar a risada gritando um até que enfim porra antes de me amar no tapete da sala para comemorar.
Depois de dois anos de brigas bobas, reconciliações, descobertas, viagens, muito carinho e dias que nem queria ver seu rosto pois estava estressada nos casamos no mesmo dia em que dois anos antes assinamos os papéis naquele escritório.
Numa igreja linda e decorada fui levada pelo meu pai até o altar e disse o clássico eu aceito o recebendo de volta com nossos amigos e família como testemunhas da nossa história. Jacey quis realizar tudo que eu disse que queria e foi paciente, por isso me levou para as Maldivas em nossa lua de mel e fez questão de tirar muitas e muitas fotos como sempre falei que faria.
Sempre quis fazer tudo nos conformes digamos assim, por isso tomava os remédios com o dobro de atenção e se ficava em dúvida o obrigada a usar camisinha.
Porém alguns meses após o casamento eu olhei minha vida e percebi que estava tudo como sempre planejei, minha carreira estava de vento em polpa assim como a de Jacey, minha família estava feliz e com saúde, meu esposo estava ali por mim e não tinha o por que negar a ele o filho que sempre sonhou.
Então parei de tomar meu remédio sem ele saber, não tardou a chegada da gravidez fazendo aquele homem cair de joelhos no nosso quarto e chorar.
Eu entendia. Jacey tinha muitas pessoas a sua volta, tinha seus amigos que eram sua família, porém ali era nossa família que se iniciava, a que ele sempre desejou.
Infelizmente não foram meses fáceis, a gravidez em si foi complicada, precisei ficar algumas semanas praticamente de cama, levantava apenas para ir ao banheiro para não correr o risco de algo ruim acontecer com o bebê e um aborto espontâneo surgir ou outra complicação.
No fim os médicos esperaram apenas nosso menino conseguir o peso e tamanho suficiente para o parto ocorrendo o nascimento prematuro.
Depois de todo caso passado os médicos disseram que era quase impossível eu engravidar novamente e eles conseguirem salvar os dois. Por isso decidimos ter somente nosso pequeno guerreiro e estamos muito felizes com ele.
Matthew Venturelli Evans hoje tem dez anos e é o menino que faz meu coração se alegrar a cada sorriso desde quando era banguelinho.
Meu menino nasceu uma repleta mistura de nós dois, ele é moreninho um pouco mais claro que eu, porém mesmo num tom de castanhos seus cabelos vieram mais lisos como os do pai como também seus olhos azuis, não tanto como de Jacey que disse parecer muito como o de sua mãe era, uma azul mais sutil e acizentado. De resto sua fisionomia se parece cada vez mais com a de Jacey, porém em sua opinião é uma Melani masculina em miniatura, vai entender.
Mesmo sendo tão novo não gosta muito de brincadeiras de crianças de sua idade, sempre teve esse coisa de parecer um pouco mais a frente do que sua idade real em muitos aspectos. Tanto que ele observa muito o pai trabalhar e inclusive já aprendeu algumas coisas cobre computadores o que deixa ele extremamente animado.
Meu pai vive sua luta diária e admite que tem dias melhores que os outros porém não tem recaídas. O nascimento do neto poucos meses após sua saída da clínica ajudou a nos aproximarmos, principalmente de Daniel, hoje em dia as crianças são tudo pro nosso velho.
Os dois meninos mais a caçula de Dan também conhecida como a princesa da família estão viajando com o avô pra Tampa.
Não vendemos a casa onde cresci, mas reformamos e de tempos em tempos fazemos uma visita a cidade, então aproveitando as férias de verão os três partiram com o avô para a minha cidade natal, mesmo a mãe de Daniel ainda com ciúmes besta disso, hoje em dia nem ligamos mais.
Deitada na cama observo o loiro andar somente de cueca pelo trailer e suspiro vendo como a idade não o afeta, já na casa dos quarenta Jacey continua com a expressão jovial e passa batido ainda ter uns trinta e poucos fácil, isso é bom por que como estou nessa faixa de idade ficamos um lindo casal.
Observo a paisagem do acampamento num lindo pôr do sol por algum tempo lembrando todos os lugares que percorremos sainda de Nova York até alcançar a rota 666, assim como um dia minha mãe fez e Jay ficou animado quando soube disso.
Em uma das paradas ele me levou num clube de sexo pra mais uma de muitas experiências sobre o assunto. Admito que me tirou totalmente o rumo, era algo inusitado que nunca havíamos feito antes e eu nunca visto, não trocamos de casal, chamamos alguém pra cama ou nada do tipo, apenas pude ver o lugar e ganhei seus dedinhos em meu clitóris enquanto ele tampava meu corpo com o seu da visão de qualquer um e me mandava visualizar uma cena erótica que se passava num quarto de vidro, depois disso fomos para um quarto privado e nos saciamos sem demora. Os anos passam maa noa continuamos assim, desbravando e experimentando coisas novas, esse homem conseguiu retirar tanta minha vergonha na cama que hoje tem dias que apenas eu comando, ele gosta de controlar mas quando é o contrário o loiro endoida.
- Achei que fosse eu que te atacava no banho. - Sorri retirando o resquício de roupas e entrando no box apertado que mal cabia nós dois espremidos.
- Resolvi invadir seu banho hoje. - Disse simplesmente o abraçando pela cintura.
- É? E o que você quer meu bem? - Sussurra contra minha boca e sei que se apenas o beijasse ele me torturaria até estar absorta pela névoa do tesão e acabar falando.
- Quero você, como sempre.
- Hmm. - Começa a distribuir beijos pelo meu ombro. - E como você quer?
- Do que jeito que quiser querido. - Sussurro massageando seu membro que endurece mais e mais sobre a palma da minha mão. - Você manda.
Não demora para estarmos molhando tudo até chegarmos a cama e meu querido esposo me fazendo gemer me deliciando com seu corpo.
- Ah. - Arfa segurando minha bunda quando caio em seu peito ofegante. - Você é gostosa pra caralho.
- Te amo pra caralho querido.
- Pra caralho pequena.
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As lágrimas estão liberadas? Por que não me aguento no fim.
Fiquem ligadas que sexta chego com o início da última história da série com nosso desejoso Benjamin Connor senhoras e senhores.
Nos vemos sexta pessu ♥
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Querido Salvador - Série Poderosos e Irresistíveis 3
Romance| Livro 3 | Recomendo a leitura dos livros da série em sequência. Ele me salvou. Quando eu mais precisei e pensei que ninguém estaria ali por mim ele apareceu. O que eles tem de comum também tem de diferentes. Jacey não tem ninguém ao mesmo tempo t...