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- Você fica fofinho abraçando o travesseiro. Sabia?


- Podia ser você, vem logo~


Sorri em resposta, sentando entre suas pernas, a cabeça escorada em seu peito, seus braços envolvendo minha cintura.


- E então? Não quer assistir nada?


- Nah. - Ele respondeu, dando um gole na caneca dele.


- Mudou de ideia tão rápido? - perguntei, dando um gole na minha caneca.


- Uhum. Faz tempo que a gente não tem um tempo à noite só pra conversar. Sabe? Normalmente a gente deita, e já dorme. Eu nem sei direito como você está. - ele fez uma pausa, bebeu outro gole, largou a caneca na cômoda. - Como você está?


- Bem... e você?


- Bem também. Melhor agora.


A chuva continuava caindo lá fora. Ficamos em total silêncio. A única coisa audível para mim era o batimento do coração de Rantaro, e o barulho da chuva lá fora, que era de certa forma, reconfortante. Rantaro também tinha o corpo sempre quente, então, estando perto dele, eu nunca sentia frio. Eu realmente gostava de ficar assim, abraçada nele, mesmo que em silêncio.


- Onde foi hoje?


- Promete não surtar?


- Saihara?


Acenei que sim com a cabeça, afundando o rosto no peito dele.


- Ah, entendi. - ele respondeu, a voz sem emoção nenhuma.


- Não aconteceu nada, se essa é a sua preocupação. Eu já falei que eu gosto do cheiro do seu desodorante?

- Eu sei que não aconteceu nada. Eu confio em você. E, por que você repara no meu desodorante?

- Não é culpa minha. Você INTEIRO tem esse cheiro. Sua casa. Seu carro. Suas roupas. TUDO. Por isso eu roubo suas camisetas. Que desodorante é esse? Parece droga. Esse negócio vicia.

- Na verdade, é desodorante e perfume.

- Você toma banho de perfume então?

- Na verdade, eu só uso todos os dias.

- Vou roubar mais uma camiseta sua.

- Quantas você já pegou?

- 3, eu acho. E um moletom.

- Pouco folgada você. Né?

- Tenho meus direitos como sua namorada. Um deles é ficar com as suas camisetas.

- Fazia tempo que não tínhamos tempo para nós dois. - ele disse, passando os dedos pelos meus cabelos.

- É.... 

- Enfim, como foi lá no Shuichi?

- Ah, foi bom vê-lo depois de tanto tempo.

- Você me deu mais atenção quando ele estava fora. Sabia?

- Eu sempre te tratei bem, Rantaro.

- Eu não disse que não tratava bem. Eu disse que dava mais atenção.

- Exemplifique.

- Ontem você fez carinho no meu cabelo até eu dormir.


Abafei uma risada. Ele parecia uma criança.


- E daí?

- Você nunca faz isso sem eu pedir.

- Então você só está pedindo carinho pra dormir?

- Não, eu quero dizer que você está diferente. Mas, se quiser, eu aceito.

- Rantaro Amami, você é a pessoa mais fofa que eu conheci em toda a minha vida.

- E você a mais perfeita. Eu juro, meu maior medo é acabar te perdendo.

- Ei...não fala assim. Isso não vai acontecer. Okay?

Ele sorriu de canto, olhando para a janela.

- Okay... S/n, eu te amo.

- Eu te amo tamb~


Meu celular vibrou, era uma ligação de~

ᴍᴀɴɪᴀᴄ!Onde histórias criam vida. Descubra agora