ᴍᴀɴɪᴀᴄ!

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- Meus parabéns.

- O que foi?

Eu só revirei os olhos, pegando as minhas coisas no armário.

- Convenhamos, S/n - Rantaro começou, enrolando algumas mechas soltas do meu cabelo no dedo. - Ele estava numa clara tentativa de dar em cima de você.

- Ele é meu amigo, Rantaro. A m I g o.

- Não me parece que ele pensa assim.

- Uma pergunta: por que você insiste em odiar ele?

- Ah, quer que eu liste tudo?

Eu só ignorei a resposta idiota dele.

- Ah, S/n, - ele disse, passando o braço pela minha cintura. - vai me ignorar o resto do dia?

Eu não respondi.

- S/nnnnnnnn!

Sem resposta. Entramos na sala, e sentamos nas mesas de sempre. Kaede estava me encarando com mais cara de psicopata que o normal.

- S/n? - Rantaro perguntou, puxando minha manga.

- Hm?

- Me faz um favor? Não me bota para assistir Harry Potter de novo~

- Ah, só porque você ia assistir à Câmara Secreta?

- Não! Por favor, não!

- Então você quer assistir o que? - Eu perguntei, largando minha caneta - a caneta de Shuichi - na mesa.

- Hm.... que tal...

- Terror? Pode ser?

Ele mordeu o lábio.

- Que foi? Medo?

- O Que? Claro que não!

- Certeeeeeeeza...? - Eu perguntei, escorando a cabeça no ombro dele.

- Claro! Pffft, Eu? Com medo? Nem aqui e nem no inferno.

- Já assistiu O Exorcista?

- Não....

- Ótimo! Já sabe o que vamos assistir!

A professora entrou na sala, e a aula começou.

Minha próxima aula seria Física, com o Shuichi.

Indo até a minha sala, eu vi Kokichi escorado na beirada da porta do banheiro masculino. Ele acenou para mim, e eu fui até ele.

- Olá, Kokichi!

- Bom dia, S/n- Chan!

- Hm... tá fazendo o que aqui? Não devia estar indo para a aula?

- Eu estou esperando o Shuichi sair...

- Hm?

- Ele está aí desde a primeira aula. Não saiu até agora.

- Não é só ir falar com ele?

- Eu já fui. Ele está beeeem mau. Quer ficar sozinho.

- Você... pode chamar ele para mim, por favor?

Ele arqueou uma sobrancelha, e entrou no banheiro. Uns dois minutos depois, Kokichi saiu de lá, junto com Shuichi.

Kokichi deixou nós dois sozinhos. Os corredores estavam começando a esvaziar.

- Hm... tá tudo bem?

Ele acenou que sim com a cabeça, limpando o rosto com a mão, enterrando o boné na cabeça.

- Certeza?

Novamente, ele acenou que sim.

- Então.... vamos para a sala?

Seguimos caminho até a sala, em silêncio.

- Desde quando?

- Hm?

- Você e o Rantaro...

- Ah... ontem à noite.

- Hm.

Entramos na sala, e sentamos nas carteiras.

- Ah, lembrei. - eu peguei a caneta, estendendo para ele. - É sua, não é?

Ele acenou que sim com a cabeça, com um leve sorriso no rosto.

- Você usou...?

Pergunta meio... estranha!?

- Sim, usei... por quê?

Ele começou a sorrir. Aquele mesmo sorriso estranho da primeira vez que eu o vi.

Ele pegou a caneta, e guardou no estojo.

- Obrigado, S/n. - ele puxou a aba do boné para baixo, sorrindo.