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- Oi, Angie, eu vim pegar os~ espera, você tá chorando?

Ela estava com os olhos bem vermelhos, e o rosto molhado.

- O que aconteceu?

Ela pegou um prato, colocou alguns cookies, e me entregou.

- Leva para o seu namorado.

- Ele não é meu namorado, Angie! O que aconteceu?!

Ela sentou na bancada, algumas lágrimas caíram dos olhos.

- Nada.

-Angie...

- Nada, S/n. Nada!

Eu suspirei, e sentei ao lado dela.Talvez, depois de um tempo, ela decidisse falar.

- É o seu namorado.

Eu ia revidar com um "Ele não é meu namorado", mas fiquei quieta.

-Ele....

Ela levantou, e fechou a porta da cozinha.

- Se não fosse por ele...

Ela fechou a mão em punho.

- Se não fosse por ele....?

- Eu teria te convidado para ir comigo sexta feira.

Ela parecia tensa, mas ao mesmo tempo
aliviada, por ter dito algo que guardou por muito tempo.

- No baile?

Ela acenou que sim com a cabeça. Agora eu entendi a razão de ela não sair de cima de mim na escola.

- Guarda o soco para outro dia. Se ele apanhar mais, ele morre.

Ela riu um pouco do meu comentário idiota.

- Então.... vamos para a sala? Ele deve estar achando que fomos sequestradas.

- Ele vai achar que Saihara te sequestrou, e vai apanhar mais ainda.

Eu ri daquilo. Meio alto. Peguei o prato, e fui até o sofá da sala. Me sentei ao lado de Amami, e Angie em uma poltrona.

- Você tá horrível, Rantaro...

- Jura?

Angie cerrou os olhos, e correu para um armário debaixo da escada.

- Legal, o FBI trabalha debaixo da escada dela.... AI!

Eu dei um tapa no braço de Rantaro, antes que ele levasse o quadragésimo nono soco no dia.

Angie saiu de lá arrastando uma caixa.

- Maconha? AI! S/N?!

Eu dei outro tapa no braço dele.

-São roupas. - ela disse. - Eram do meu pai. Tá tudo limpo, vê se algo te serve.

Ele pegou um moletom preto, e uma calça de moletom.

-Okay, vai pro banheiro, toma um banho, e troca de roupa. Parece que você acabou de voltar da guerra...

Ela levantou, indo mostrar onde era o banheiro para ele, quando eu ouvi algo no jardim.

Algo, ou alguém, que aparentemente, tinha levado um tombo na grama.

ᴍᴀɴɪᴀᴄ!Onde histórias criam vida. Descubra agora