ᴍᴀɴɪᴀᴄ!

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TW: Violência, sangu3.

Caso fique desconfortável, volte a ler quando ver o emoji de flor de cerejeira 🌸
Pode confiar !! Eu nunca colocaria violência extrema sem aviso!!

- Richie, o autor.

Eu andava pelos corredores da escola vazia. Os meus sapatos ecoavam pelos corredores. Os armários lacrado, e folhas balançavam levemente em quadros de aviso por conta do vento. Avistei uma luz fraca vindo de uma sala.

A palavra "História" estava gravada na porta.

Entrei na sala, vazia. Iluminada apenas por uma única lâmpada amarelada e fraca. Saihara era a única pessoa na sala.

- Shuichi, o que você~

Sem resposta. Ele parecia não perceber que eu estava ali.

Me aproximei dele.

Ele procurava algo em uma mochila, que após observar com mais atenção, percebi ser a minha.

Pegou um papel, sublinhando algumas matérias com a minha caneta preta perdida nos meus primeiros dias de aula. Ele sublinhava linhas cuidadosamente retas, sem régua. Algo que me parecia humanamente impossível.

Ele caminhou para fora da sala, passando por mim. Continuei o seguindo em silêncio, agora na escuridão.

Ouvi um barulho de armário sendo aberto. Meticulosamente aberto.

Era o meu armário.

Shuichi pousou o papel, segurando-o com as pontas dos dedos.

Caminhou até outro armário. Identifiquei-o como o do próprio Shuichi.

A luz começou a piscar loucamente pelos corredores. Senti os olhos arderem.

O que vi no armário era doentio.

Fotos minhas coladas de forma calculada por todo o armário. Canetas, borrachas, alimentos, absorventes usados colados por todos os lados com sangue aparentemente fresco, ainda escorrendo. Senti o estômago embrulhar.

Vidros de esmalte, frascos de perfume vazios, cópias de chaves e mais diversos objetos acumulados de forma doentia no pequeno armário escolar. Shuichi então abre a própria mochila, e pega algo.

Não consegui ver o que era naquele momento, por estar atrás dele.

Mas a quantidade de sangue que jorrava caindo em rios no chão não indicava ser um bom sinal.

O cheiro quente de ferro invadiu o ambiente, me deixando ainda mais enjoada.

Com força, Saihara enfiou uma mão brutalmente arrancada dentro do armário, em destaque.

E pela quantidade de anéis nos dedos e a cintilante aliança dourada que brilhava no dedo anelar, deduzi ser a mão esquerda de Rantaro Amami.

Senti imediatamente que vomitaria. Sangue continuava jorrando de forma exagerada pelo longo corredor, que parecia ganhar cada vez mais volume.

Engasguei com a minha própria saliva, chamando a atenção de Saihara. A camisa branca do uniforme encontrava-se em vermelho vivo. Senti sangue quente escorrer pelas minhas pernas.

- S/n..? Ah, não esperava ver você aqui.... você não me odeia.... né....? Desculpa por tudo isso, Rantaro estava me tirando do sério, você sabe.... heh, odeio aquele cara... agora está tudo resolvido! - ele disse sorrindo, com uma grande faca de cozinha na mão. - agora finalmente podemos ficar juntos....certo....?

Não consegui responder nada. A luz piscava cada vez mais, e o chão na nossa volta ficava mais alagado em sangue a cada minuto. Escorreguei e quase caí ao dar passos para trás, me escorando em um armário.