A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky's

Capítulo 4

Elize Bianco

Hoje era o grande dia.

O dia já começou com minha ida ao SPA pra me preparar pro casamento e a lua de mel. Pior parte foi ter que me depilar, pensa numa coisa horrível de ser fazer, além de ser dolorido.

Longas horas se passam e fico pronta pro casamento. O vestido escolhido me caiu como uma luva, valorizando meu colo e meus seios. O vestido passava simplicidade, mas também delicadeza e elegância.

A maquiadora estava acabando minha maquiagem quando meu pai entrou querendo conversar comigo a sós. Ele espera que ela acabe a minha máquina para então conversar comigo.

— Eu só vim avisar que se você pensar em me envergonhar ou qualquer tipo de coisa que sabe que eu não tolero, irei matar Naná, entendeu? — pergunta apertando meu pulso, eu apenas assenti temendo pela vida de Naná — Boa garota.

***

Chegando na frente da porta que me daria passagem ao altar, meu pai diz:

— Não faça nenhuma besteira ou já sabe.

Logo as portas se abriram e meu olhar foca com o dele. Ele estava divino em seu terno preto sobre medida, com seus cabelos perfeitamente penteados para trás.

Saiu dos pensamentos com meu pai entregando minha mão a Dominic. Eu fiquei tão vidrada por ele que deixei que meu pai me conduzisse pela igreja sem ciência.

O padre começa a celebrar o casamento, falando palavras de amor breves e logo após o mesmo fala sobre a união e a fidelidade no nosso meio, falando especificamente para mim. Porque os homens podem ser infiéis, mas as mulheres não. As regras de fidelidade são mais severas para as mulheres do que para os homens dentro da máfia.

Dominic faz o juramento pela máfia e chega a hora de firmar a união.

— Você Dominic Bukovsky, aceita Elize Bianco como sua legítima esposa? — pergunta o padre olhando pra Dominic.

— Sim — diz sério sem hesitação.

— Você Elize Bianco, aceita Dominic Bukovsky como seu legítimo esposo? — demoro uns segundos para responder, sinto Dominic apertar minhas mãos para responder o tão esperado "sim".

— Sendo assim Dominic repita comigo — o padre pede — Eu, Dominic recebo a ti Elize, como minha esposa, prometo ser sua segurança e seu conforto, todos os dias das nossas vidas — e logo Dominic repete o que o padre falou, agora seria minha vez de repetir o que o padre falasse.

— Eu, Elize, recebo a ti, Dominic, como meu esposo. Prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença, estando ao seu lado como é meu dever em todos os dias das nossas vidas.

— Sendo assim, o noivo pode beijar a noiva — diz o padre.

Dominic logo aproxima nossos corpos e agarra minha nuca unindo nossos lábios.

Como foi meu primeiro beijo, eu não sabia o que fazer, mas logo fui pegando a prática. Sua língua explorava cada canto da minha boca em um beijo possessivo. Paramos de nos beijar por falta de ar e pelas palmas celebrando nossa união, se não fosse por isso, sua boca estaria engolindo a minha ainda.

Estou casada!

Agora não sou mais Elize Bianco e sim Elize Bukovsky!

Caminhamos em direção ao carro, quando entramos Dominic fala sem enrolação, sem mesmo esperar o carro andar.

— Esse casamento não é por amor, não se iluda. Qualquer passo em falso seu, não pensarei duas vezes em te punir, estamos entendidos?

— Si-sim... — falei gaguejando, quase saiu como um sussurro.

— Então coloca um sorriso nesse seu rosto — eu apenas assinto dando um semi sorriso.

Quando chegamos na festa todos já estavam se divertindo e comendo. Recebi vários olhares de todos os tipos, mas os principais eram de mulheres estampando rostos raivosos, de nojo e de desdém. Tenho certeza que são as mulheres que ele fodeu ou queriam estar no meu lugar, suponho.

Estava eu e Dominic agradecendo as pessoas pela presença em nosso casamento, quando vejo uma mulher se aproximar direcionando olhares maliciosos a Dominic e a mim de raiva e desdém. O homem que está ao meu lado logo fica tenso com a chegada da mulher em nossa frente.

— Olá, o casamento estava perfeito, vocês estavam magníficos — diz com uma voz fina de dar nojo.

— Obrigada pelo elogio, nós agradecemos — digo e Dominic só assenti.

— Desculpe, mas nós não nos conhecemos, eu sou a Simone — antes de eu falar qualquer coisa, Aurora nos chama pra dançar a dança dos recém casados.

Eu e Dominic caminhamos ao centro do salão e começamos a valsar. Não sei como tive coragem, mas confessei pra ele.

— Eu sei que ela é sua amante — sinto ele ficar tenso — Sei que você não será fiel a mim, mas eu imploro que não deixem elas perto de mim e que eu não saiba.

— Tentarei fazer meu melhor — diz aproximando mais nossos corpos, fazendo eu encostar a minha cabeça em seu peito escutando seu coração bater e sentir seu perfume amadeirado.

A música acaba e nós nos separamos para nos despedirmos dos convidados. Eu e Dominic nós retiramos indo a caminho da sua mansão, onde a partir de hoje se tornava nossa.

Não teríamos lua de mel, por causa das ameaças e por ele estar muito ocupado com a máfia. Eu agradecia por isso.

Logo passamos pelos grandes portões de minha nova casa.

A noite estava longe de acabar.

Espero que tenha gostado!
Bjs...