Capítulo 14

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Elize Bukovsky

- Então você irá estancar o sangramento - me explica minha professora. Estou na aula de primeiros socorros, tenho que ter essas aulas pra que quando meu futuro marido precisar de assistência médica e eu socorrê-lo. Eu já aprendi de tudo, remover bala, sutura, medica, só não chego ser uma médica, mais uma enfermeira sim.

- Desse jeito senhora Foste? - pergunto depois de suturar uma maçã.

- Sim, você tem que ficar de olho para que caso tenha que trocar o curativo depois da sutura, porque se não pode infeccionar - me explica e depois se levanta - Por hoje é só senhorita, você tem cada dia melhorado.

- Obrigada, te acompanho até a porta - agradeço e a levo em direção a saída.

Como já tinha acabado minhas aulas vou pro meu quarto dormir, muitas vezes essas aulas acabam muito tarde como hoje.

Estava na minha cama quase dormindo quando minha porta foi destrancada pelo meu pai bêbado. Ele começou a falar nada com nada e começou a me bater.

- Para - sussurro quase perdendo a consciência.

- Você tinha que ter morrido.. se não fosse por ele - fala em embolado e me transferindo socos e chutes em meu corpo.

- Agora eu vou te matar sua vadia - diz aquele ser meu pai.

- NÃOOO.. - sinto meus olhos se fecharem.

- ELIZE, acorda - abro meus olhos e vejo que não se passou tudo de um pesadelo.

- Shiu.. eu tô aqui - diz e me abraça me puxando pro seu colo - tá tudo bem, calma.

Esses pesadelos que eu tenho muitos são tão reais, momentos vividos por mim que me assombram durante meu sono, por mais que o tempo passe eles continuam, ainda mais piores.

- Calma..

Com certeza eu acordei Dominic durante a noite por causa dos meus gritos.

- Me desculpa.. - falo contra seu peito e chorando.

- Tá tudo bem, shiu..

Continuo chorando em seu colo até que sinto meus olhos pesarem e adormeço em seus braços.




Dominic Bukovsky

Acordar com os gritos de Elize no meio da noite e ver o seu estado me deu um sentimento de preocupação, ver como ela ficou me deu a impressão que isso não é a primeira vez que isso acontece.

Porque eu os tenho também...

Ela dorme em meus braços, tão frágil.. fazendo meu instinto de possessão aumentar ainda mais, uma coisa eu sei:

Ela será minha destruição...

Coloco ela pra dormir em cima do meu peitoral. Cansaço me bate e eu adormeço velando seu sono.

Acordo no outro dia às 6 hrs da manhã, Elize ainda dorme em cima do meu peito com seus cabelos espalhados. Me levanto com cuidado e vou fazer minha higiene e tomar um banho.

Já vestido com o meu terno de três peças, vou em direção a sala de jantar, onde Dona Dora já colocou a mesa posta. Tomei meu desjejum e aviso que se Elize não acordar bem é pra me avisar.

Saio da mansão indo em direção a sede da máfia. Estamos investigando as ameaças e sobre o carregamento roubado, tudo indica que eles estão interligados, e que tem o mesmo mandante. Sinto que isso se trata de vingança, porque as ameaças pararam quando o carregamento foi roubado e a chegada do Baile Deudi.

Estou indo até a sala de torturas, conseguimos pegar uns dos envolvidos, faz 2 dias que ele está sendo torturado, mas ele não abre a boca pros meus homens, então eu estou indo pessoalmente das minhas graças ao meu convidado VIP.

Abro a porta e me deparo com meus homens armados, meu irmão e Giuseppe, e claro, com um homem amarrado no centro da sala todo arrebentado.

- Acho que sabe quem eu sou - afirmo pro homem.

- O babaca que acha que manda em alguma coisa - diz sarcástico.

- Humm.. babaca.. não seria uma palavra muito adequada, e alguma coisa também não - digo de costa pro homem e indo pegar um alicate - acho melhor começar a falar o que eu quero, Eduardo...

- EU NÃO VOU FALAR NADA - grita.

- Então teremos muito trabalho.

[...]

Depois de tortura ele até a morte, ele só me deu pistas, e por elas minhas teorias estavam certas, se tratava de uma vingança, e quem está por trás disso é alguém muito poderoso.

Como estava cheio de sangue vou pra casa pra me limpar e sair, essa tortura duro a tarde toda, mereço pelo menos me aliviar dessa tensão.

Abro a porta e vejo Elize descendo as escadas, quando ela me vê, me olha assustada e corre pra onde estou.

- Ai meu Deus, você tá bem?, tá machucado? - me enche de perguntas por causa do meu estado que era coberto de sangue

- Eu tô bem, esse sangue que está em mim não é meu, não se preocupe - passo por ela - vai fazer o que tava fazendo - falo rude e vou em direção ao meu quarto, deixando ela parada no meio da sala.












Espero que tenham gostado!
Bjs..

A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky'sOnde histórias criam vida. Descubra agora