Capítulo 74

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Elize Bukovsky



- Você - aponto pra ele - Você é aquele cara do baile, aquele que trombou em mim.

- Vejo que se lembra de mim - como não lembrar.

Ele dá a volta na mesa e fica cara a cara comigo.

- Como você é igual a ela - murmura pra si mesmo, mais eu o ouço. Ele coça a garganta - Vocês devem estar exaustas da viagem, vou mandar que arrumem os quartos de hóspedes pra vocês. Não se preocupem, vocês estão seguras aqui, ninguém vai machucadas, tem a minha palavra.

- Приведите в порядок гостевые комнаты и разместите их (Arrume os quartos de hóspedes e acomodem elas)

Ele fala com a mulher em outra língua, acredito que seja russo.

- Me sigam por favor senhoritas - ela pede em um inglês esquisito.

Nella e Emma já estavam fora do escritório e eu estava logo atrás delas

- Elize - ele me chama me fazendo parar - Ele nunca mais vai machucá-la, nenhuma de vocês - apenas assinto e sigo elas.

A minha cabeça estava confusa, por que ele quer me proteger? Nós proteger? Por que eu sinto que eu conheço ele de outro lugar? Com quem ele me acha igual? Por que eu estou aqui? Por que a minha cabeça não pra de criar pergunta e mais perguntas sem respostas?

O quarto é lindo, espaçoso e muito, mais muito confortável. A paleta do quarto era em cores neutras, era um quarto de rainha, literalmente, as janelas eram grandes com cortinas que vinham do teto até o chão que escondiam as vistas dos jardins. A parte que mais me conquisto era o canto que era próprio pra leitura, mais depois de ver a mini área de escritório estou em dúvidas. O banheiro era O banheiro, grande, grande. Grande. Era o que definia ele. E também tinha o closet, bom era O closet, também! Estava cheio de roupas femininas das mais altas grifes renovadas, de quem era aquele quarto? E aquelas roupas? A mulher que não sei o nome pareceu ler meus pensamentos e me adiantou que o senhor Petrovisk mandou que comprassem pra mim quando descobriu que estamos voando pra cá. Acho que aquele ruivinho é um tanto amostrado.

Olho tudo em volta admirada,

- Vou te deixar descansar, deve estar cansada da viagem, tome um banho e vista alguma coisa confortável. Se precisar de alguma coisa é só apertar aquele botão - pontua - Que logo alguém irá aparecer. Na hora do jantar irei chamá-la, com licença - diz e se vira pra ir embora.

- Espera, eu ainda não sei seu nome.

- Me desculpe senhora, é Yelena.

- Um nome muito bonito - elogio.

- Obrigada, eu já vou indo, vou deixá-la descansar, com licença mais uma vez.

Ando em direção as janelas e fico observando os jardins. O tempo estava nublado, era sinal que logo logo uma tempestade iria cair, mais não tirava a beleza.

- Agora é só eu e vocês - acaricio minha barriga e sinto chutes.

Vou em direção a porta do quarto e a tranco, não quero correr riscos, nunca se sabe. Sigo o concelho de Yelena e tomo um banho quentinha e relaxante. Procuro no closet alguma roupa confortável e acho um pijama de seda preto, coloco ele e vou direção a penteadeira arrumar meus cabelos.

A cama não era só de rainha, era dos anjos, literalmente, eu dormiria em nuvens. Me deito e rapidamente meus olhos pesam me levando a escuridão.




Nikolai Petrovisk

Eu espero ela sair pra ir até a porta e tranca-lá pra chorar em silêncio. Meu choro era de alívio, raiva e saudades. Alívio porque agora ela estava aqui e segura, raiva porque ele a quebrou o quanto pode e saudades porque ela me lembra elas, ele...

O meu choro era uma forma de aliviar aquele sentimentos, porque se eu optasse por outra forma seria um banho de sangue, a água viraria sangue e os céus chorariam por misericórdia pelo os meus inimigos e eu mataria rindo.

Aquela era a primeira vez que eu chorava desde muito tempo, era uma ação desesquecida pra mim.

Ver aquele sorriso em seu rosto que significa que tudo estava bem, me quebrou, eu sabia o significo, nada estava bem, era uma marcará! No fundo dos seus olhos eu enxergava a verdade, eu via que ela pedia ajuda, que era uma garotinha perdida, com medo, machucada... que queria uma vez descansar de lutar.

Eu daria esse tempo a ela, não contaria seu passado, não por enquanto! Ela esta passando por muito coisa agora e contar sobre aquilo pra ela a quebraria ainda mais ao ponto de destroça-lá.

Só pensava em uma coisa, vingança! Eles vão pagar pelo que fizeram com ela, nem que no processo eu morra! Eu não sei pelo o que ela passou, mais sei vê quando uma pessoa sofre e pede ajuda!

O mundo era injusto, e chego a hora deles pagarem...

O relógio começo a girar!







Narradora

Passado...

O bebê chorava sem parar, mesmo com poucas horas de vida lutava bravamente por sobrevivência.

- Faz esse bebê para de chora, CAZZO!

O homem estava irritado, desde a hora que chegou o bebê não parava de chorar, ele sabia os riscos de manter um bebê naquelas situações. Se o bebê morre-se, seus planos morreriam com ele.

- Ele está com fome - o outro protesta.

- De um jeito, se ela morrer eu te mato - grunhe em irritação.

O homem com medo correu até o bebê e pegou todo desajeitado em seu colo balançando de um lado para o outro tentando acalma-lo.


- Está atrasado...

- Desculpe senhor, eu...

- Não me importa, pegue - aponta pro berço - Você sabe o que eu quero, se ela morrer antes que eu tiver o que eu quero eu vou ter um imenso prazer de decapitar a sua cabeça - o homem ri maldosamente - Mais não antes de te torturar lentamente e estripar - diz dando uma sorriso gélido.

O homem pega o bebê no colo.

- Faça o que tiver que fazer com ela, mais a mantenha viva! - ordena e o homem assente.

Quando o homem acaba de falar saca uma arma e mata todos os seguranças e homens naquela sala, menos aquele que estava com o bebê.

- Sem testemunhas!

- Como será o nome dela - o homem pergunta antes de ir.

- Elize...








Espero que tenha gostado!
Bjs..

A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky'sOnde histórias criam vida. Descubra agora