Capítulo 67

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Elize Bukovsky



Abriu meus olhos e vejo que já amanheceu. O relógio no lado da cama marcavam 9hrs da manhã.

Dormi demais, mas também depois de ontem era de se esperar ...

Me levanto e vou em direção as cortinas as abrir, pra fazer dar claridade ao quarto.

Olha pela janela do jardim, suspiro fundo, sinto o sol da manhã bater na minha pele. O dia estava lindo, leve, papagaios cantando por toda parte, folhas caindo mostrando o fim do outono e a chegada do inverno.

Era tudo tão leve, tão puro ...

Acaricio meu ventre com uma promessa silenciosa de que eles teriam aquilo, que seriam crianças e não mini soldados da máfia e uma moeda de troca como eu fui, que teriam o que eu não tive e que seriam felizes.

Sinto um tremor na minha mão me tirando dos meus pensamentos.

- Vocês estão com fome, meus pontinhos - pergunto e sinto mais chutes - Parece que sim - sinto minha barriga resmungar - Parece que a mamãe também - rio.

Vou em direção ao meu armário pra vestir outra roupa que não mostre minha barriga e depois ao banheiro fazer minha higiene matinal.

Por mais que Matteo e Giuseppe e também dona Dora e Esperança sabiam e alguns soldados, eu não queria que os outros soubessem, que a famiglia soubesse.

Eu era egoísta, mais o meu egoísmo que protegeria meus bebês e a mim. Talvez no futuro eu me arrependeria, mais agora ... era questão de sobrevivencia, de proteção...

Desço as escadas em direção a cozinha, eu poderia tomar meu café da manha na sala de jantar, mais eu não queria, eu não queria responder perguntas e me sentir o centro das atenções.

- Bom dia - falo entrando na cozinha vendo a dona Dora, a dona Esperança e o senhor Mario, o outro jardineiro aqui da mansão.

Da pra ver nos olhos delas que elas querem me fazer perguntas, mais não fazem, elas só me fitam por alguns segundos e depois pergunta se eu dormi bem.

O café da manha foi regado por muita conversa boa e principalmente comida.

Agora eu tinha quase certeza que eu iria explodir, o tanto de comida que eu comi alimentaria um batalhão inteiro.

- O café estava uma delícia Dora - fala Senhor Mário olhando pra ela e em seguida seu relógio de pulso - Mais eu agora eu tenho que ir, deu minha hora - ele se levanta - Senhora Bukovsky, Esperança, Dora.. - faz menção de pegar a louça que ele usou.

- Não precisa Mário - Dona Dora fala tocando sua mão o impedindo - Eu faço isso - mais ele insisti - Sério, deixa que eu faço - ri - pode ir.

Ele agradece e se despede de todos nós e se vai.

Eu e Dona Esperança trocamos olhares. Ela me lança um olhar de tipo "não me pergunte, eu também não sei" revira os solhos " eles são um caso indefinido"

O que quer que eles fossem, eu torcia que eles fossem felizes juntos ou separados. Eles merecem ser feliz depois de tanto sofrimento que passaram, todos nós merecemos...

- Não me olhem com essas caras - fala corando depois que ele desaparece pela porta - Somos apenas amigos!

- Sei.. - murmuro junto com dona Esperança que resmunga um "amigos com benefícios" fazendo cara de desconfiada.

A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky'sOnde histórias criam vida. Descubra agora