Capítulo 79

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Elize Bukovsky

Hoje era o dia da reunião!

As coisas estavam tensas por aqui, mais já era de se esperar. Nikolai ficou o dia inteiro trancado no escritório com Mikhail, seu segundo no comando, Anton, seu consigliere e Kilian, o seu executor, mais chamado de ceifador.

A reunião seria na madrugada, seria mais estratégico, como dissem:

O sol ilumina os anjos e a noite esconde os monstros.

Era irônico, porque realmente escondia o monstro do meu passado, aquele que me atormentou durante muito tempo, mais agora eu não me prendia mais a ele. Eu aprendi do jeito mais difícil que não devemos nos prender ao passado que apenas vai nos machucar, que nos vai fazer esquecemos de quem somos de verdade.

- Eliza não fique preocupada, vá dormir. Quando você acordar eu estarei aqui.

- Nikolai...

- Vai ficar tudo bem Elize - diz então se vai.

Rolo na cama de um lado para o outro, o sono não vinha. Olho no relógio e vejo que já é madrugada.

Aquele pressentimento ruim que algo iria acontecer me assolava junto com a angústia, não dormiria não tão cedo até eu ver ele, o meu irmão que em tão pouco tempo eu já o amava.

Por que tudo tinha que ser assim? Por que?

Sinto meus bebês chutarem não minha barriga, eles sentiam a minha inquietação.

- Vejo que nem vocês conseguiram dormir - falo acariciando minha barriga.

Me levanto com dificuldades da cama por causa da barriga e dos pés inchados como pães, consequências da gravidez...

Desço as escadas furtivamente não fazendo barulho algum, já era altas horas da madrugada.

Escuto um barulho vindo da parte de trás, pareciam vozes discutindo.

Eu não deveria ir lá, não tenho boas histórias com noites escuras - penso como descobri que Nikolai era meu irmão.

Ando devagar para não ser descoberta. Escuto as vozes ficarem cada vez mais altas.

De longe podia ver uma jovem é um homem discutindo. Eu não podia ver seu rosto porque estava muito escuro, mais já o do homem sim.

- Você não me disse que iriam matá-lo - uma jovem gritava com um homem - Eu só descobrir aonde aero a reunião pra acabar com as chances daquela idiota ter o meu homem, por que... - o homem interrompe.

- Mudança de planos gracinha, o "seu homem" - diz em tom de ironia - Não passará de um defunto em alguns minutos - gargalha - Espero que tenha despedido do "seu Nikolai" fofa - ele continua a falar, mais eu não consigo ouvir mais.

Não, não, não...

Nikolai tinha ido para uma armadilha, vão matá-lo.

Eu preciso impedir, eu preciso...

Não posso confiar em ninguém, existem traidores entre nós. Mais como eu impresso que o pior aconteça? Como?

Uma luz acende na minha cabeça, Vera! Ela é de confiança, está nessa casa, família a mais de anos, não seria agora que ela nos trairia.

- VERA, VERA, Vera... - grito esmurrando a sua porta.

- VERA, abra por favor...

- Dona Elize - abre q porta supresa - O que faz aqui - pergunta fechando seu robe - Essa horas da noite - continua.

A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky'sOnde histórias criam vida. Descubra agora