Capítulo 78

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Elize Bukovsky


Algumas semanas se passaram desda visita da Anna. As coisas que ela falou não saiam da minha cabeça, o que era bom, já que me motivou a sair do quarto e voltar a ter refeições adequadas.

"Cada minutos que você se negligência eles batem cada vez menos"

Essa frase dela me rondava, não saia dos meus pensamentos. Era como se fosse meu combustível pra parar de pensar no passado e focar no agora, no futuro.

O jardim virou meu refúgio, se eu não estava no meu quarto ou na biblioteca, eu estava nele.

As flores ajudavam a ocupar o meu tempo e minha mente, fazendo meus pensamentos serem lembranças distantes.

A terra virou a minha amiga, ela fazia me sentir eu mesma, não o personagem que eu criei e as pessoas criaram sobre mim. Ela aos poucos me fazia me encontrar.

Ando em direção ao escritório de Nikolai. Ele pediu que Yelena me chamasse em meu quarto pra conversarmos, pedi que ela adiantasse o assunto, mais não obtive respostas porque nem ela mesma sabia.

Yelena era a fofoqueira em meio aos empregados. Sabia tudo que acontecia na mansão, bem quase tudo.

Ela até me contou que meu irmão - ainda era esquisito chamar ele assim - Estava tendo um caso com uma das novas empregadas. Yelena não me contou o nome dela, mais logo logo eu irei descobrir. Preciso de distrações dentro dessa mansão enorme, e nada melhor do que uma casa a kenga, já que segundo Yelena, ela já se considera dona de tudo isso.

Emma anda meio esquisita, está mais reclusa e seu sorriso desaparece aos poucos. Conversei com Nela sobre isso, mais ela apenas falou pra darmos tempo a ela, que ela se abriria.

- Entre e tranque a porta - manda a ouvir eu bater na porta.

Tremo levemente com o que ele mandou. Eu sei que ele é meu irmão e como o próprio disse "eu nunca vou te machucar, ao contrário, eu vou te proteger mesmo que eu morra tentando"

Me conforta o que ele disse, mais aquele trauma ele nunca vai passar, todos na minha cabeça são igual a ele, a eles! O toque vai ser o mesmo, o mesmo calor que vai me levar a outro pesadelo, causando dores piores do que as me lembro.

- Elize - Nikolai me chama, me tirando dos meus pensamentos.

Me faço fazer o que ele mandou sentindo meu corpo ter pequenos tremores.

- Senta Elize, precisamos conversar um assunto sério - me sento - Você sabe que ele ainda continua a procurá-la.

Dominic...

- Nikolai - falo em tom de aviso.

- Elize você tá aqui vai fazer mais de 2 meses, ele pode te encontrar a qualquer momento, não podemos deixar ele nós pegar de supresa.

- Nikolai...

- Eu vou marcar um encontro com ele.

Sinto meu corpo tremer e paralisar, era o medo me corroendo, era o filme de tudo que ele fez passando em frente em meus olhos me lembrando do porque eu estava aqui.

- Nikolai - murmuro com a voz ofegante.

- Elize uma hora ou outra ele iria descobrir, então é melhor ele descobrir do nosso jeito e não do dele que colocaria você, as meninas, os bebês e principalmente Aurora em perigo! Se ele descobrir o que ela fez, ela será julgada por traição e você sabe o fim de traidores dentro da máfia.

Por mais que eu não quisesse, ele tinha razão, era melhor ele descobrir aonde eu estava por meio de mentiras do que pela verdade.

- Tudo bem Nikolai, faça tudo como desejar, só não... só não arrume uma guerra, eu não quero te perder.

A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky'sOnde histórias criam vida. Descubra agora