Elize Bianco
Hoje como todos os dias eu acordei cedo. Fazendo a mesma coisa de sempre, me levantando com cuidado por causa dos hematomas quase inexistentes no meu corpo. Faço a minha higiene matinal e desço para tomar o desjejum.
Chego me deparando com todos na mesa esboçando felicidade, menos Naná, que me encarava de maneira esquisita. Decido não perguntar, deve ser impressão minha, porque senão ela me contaria se algo estivesse acontecendo.
Terminei meu desjejum e me retirei para o meu quarto, tendo eles da mesma forma de quando eu cheguei.
Estava decidida a ler um livro para espairecer, pois hoje seria o meu dia de folga, assim dizer.
Estava tão entretida lendo que nem notei a Naná na porta do quarto me falando pra descer. Achei estranho, alçando o meu celular e vejo que faltavam duas horas para o almoço, mas não questiono e a sigo.
Chegando na sala me depararando com dois homens e uma mulher, acompanhados por um número razoável de seguranças. Logo arrumei minha postura. Eles pareciam ser importantes, também me pus a esconder um hematoma que estava visível.
Eu não estava apresentável, digamos assim, com roupas elegantes.
Meu pai me apresentou as visitas e logo entendi o porque de tanta felicidade, era meu futuro marido com seus pais.
O homem mais velho que seria meu futuro sogro chamava-se Enzo, sua esposa se chama Eleonor e meu querido marido se chama Dominic.
Eu não os conhecia, só sabia seus nomes e os rumores que vinham com eles.
— Filha nós acompanhamos até o escritório — claro que aquele ̈filha era com falsidade. Assinto em sinal de concordância e os acompanho.
Já no escritório, todos se sentam para iniciar a conversa. O senhor Enzo é o primeiro a se pronunciar.
— Bem, estamos aqui para formar nossas famílias mais fortes, fazendo laços, e nada mais forte que um casamento...
Logo que ele falou aquilo, pensei, quem iria se casar? Ahhh Hugo, ele já estava na hora, mas não entendo o porque de me chamarem até aqui.
Senhor Enzo contínuo:
— De Dominic e Elize.
Quando ele falou meu nome comecei a tremer, mas fui contida pelos olhares de meus pais.
Eu sabia que esse era meu destino, mas pensei que eu teria alguns meses antes de ir para outra gaiola dourada.
Logo aquele clima foi quebrado por uma voz rouca fria.
— Eu e Elize vamos nos casar o mais rápido possível. O jantar de noivado está marcado daqui a 10 dias e o casamento daqui a 1 mês, nós vemos nestas datas — falou e saiu, seguido por seus pais.
Eu não consegui assimilar nada, só pedi licença e me retirei pro meu quarto. Chegando lá, me vi perdida em meus pensamentos.
Será que ao lado dele é pior que aqui?
Será que vou ser feliz com ele?
Minha mente vagava e vagava em serás. Saio dos meus desvios com Naná me chamando para comer. Na mesa do almoço todos estavam felizes, menos Naná e eu.
Era por isso que ela estava esquisita, ela sabia.
O dia passou rápido e já era tarde. Eu e a minha melhor amiga, Katherine Meyer ou Katy para os íntimos, iríamos comprar os nossos vestidos para o jantar de casamento.
A notícia de dois dias atrás eu ainda não conseguia assimilar, mas eu precisava o quanto antes se eu não quisesse sofrer ou fazer pessoas sofrerem por mim. Então nada melhor do que sair e ir a procura do vestido para o jantar de noivado para fazer as pessoas, meus pais, acreditarem que eu estava aceitando.
Ela e eu sempre fomos grudadas desde pequenas, sem ela eu não teria suportado tudo que eu passei durante todos esses anos. Ela e Naná.
Passávamos em todas as lojas à procura do vestido perfeito. As pessoas nos conheciam, na verdade conheciam o sobrenome das nossas famílias. Onde quer que nós fossemos, éramos tratadas como rainhas, porque eles sabiam o poder das nossas famílias e o poder do meu futuro marido tinha, e principalmente quando ele ficava quando algo não estava no seu agrado.
— Está nervosa com o casamento Lize? — pergunta enquanto andamos.
— Estou com medo Katy. Você sabe a fama dele.
— Está com medo que ele te traia?
— Estou com medo que ele me maltrate Katy ou algo pior. Você sabe como são os homens da máfia. Se ele me trair e me tocar às vezes, vou ficar feliz com isso. Quanto menos ele me tocar, melhor.
Depois de um tempo andando pelas lojas, escolhemos nossos vestidos e compramos. Agora era a hora de voltar para a prisão.
Meu coração estava aflito como se preparasse para alguma coisa. Me sentia nervosa em relação ao jantar de noivado, eu estava com uma sensação de que algo iria acontecer.
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A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky's
RomanceROMANCE DARK LIVRO 1- Trilogia os Bukovsky's Elize sempre via o lado bom das coisas mesmo sendo maltratada desde a infância para atingir a perfeição para se tornar a esposa do Don da Cosa Nostra, ela aprendeu desde cedo que era apenas um meio para...