A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky's

Capítulo 41

Elize Bukovsky

Abro aos poucos os meu olhos me acostumando com a claridade que refletia em meu rosto. Vejo que eu estou em um quarto diferente, me questiono o por que, e logo me recordo dos acontecimentos de ontem.

- Naná... - sussurro.

Me sento na cama e vejo que colocaram uma muda de roupa pra mim encima da cama.

Pega as roupas e vou em direção ao banheiro.

Tiro a roupa que eu estava e entro no box do banheiro.

Ligo o registro e sinto a água quentinha cair em meu corpo, tento relaxar mais eu não consigo, porque a cada pensamento ela vem a minha mente.

Os momentos que vivemos juntas que agora não passam de lembranças passadas.

Lembro da primeira vez que eu a vi e a última...

Fico revivendo tudo que aconteceu, e a culpa me domina.

Se eu não tivesse ido falar com ela, se eu não tivesse...

Não consigo parar de me culpar, o que aconteceu é culpa minha.

Me lembro dos nossos momentos felizes.

- Porque dói tanto - sussurro com a voz embargada.

Sento no chão e choro.

- Porque... - sussurro

Me permito chorar, sofrer! Tendo minhas lágrimas levadas pela água.

Depois de tomar de terminar meu banho, me troco e faço minhas higienes e vou em direção a porta do quarto.

Desço as escadas e vou em direção a sala de jantar.

Vejo que lá estão os pai de Dominic,  ele próprio e seus irmãos, Matteo e Aurora tomando seu dejejum.

Dona Eleonor e Aurora me olham com pena, já os outros não transmitem nada além de frieza.

- Bom dia - digo com a voz baixa me sentando do lado da Aurora.

- Eu sinto muito - Aurora diz com a voz baixa só para que eu possa escutar - vai ficar tudo bem - eu apenas assinto e vou tomar meu café da manhã sentido o olhar de todos em mim.

Começo a comer ainda sendo observada por eles, mais finjo que não percebo, principalmente do Dominic.

Ele nunca se preocupou comigo, não é agora que isso vai mudar.

Mais sinto que por mais que seus olhos não transmitem preocupação seu corpo sim.

Uma voz me arranca dos meus pensamentos, era o Dominic.

- Elize...

O olho esperando ele falar alguma coisa, mais ele não fala nada.

Então eu tomo a iniciativa.

- Humm... - limpo a garganta - Dominic eu posso falar com você em particular - pergunto e ele assente mandando eu segui-lo.

Peço licença e me retiro da mesa seguindo Dominic.

Sigo ele até uma porta que revela ser uma escritório.

Ele se senta e me manda que eu faça o mesmo. Me sento de frente pra ele.

- Dominic, eu nunca te pedi nada, mais por favor me deixa ir me despir dela uma última vez - peço com a voz embargada - por favor - digo com a voz baixa.

- Elize...

- Eu faço o que você quiser, mais por favor me deixa ir no funeral dela, e-eu...

- Elize, o funeral dela vai ser a tarde então esteja pronta as 14 hrs.

- V-você vai me deixar ir - pergunto gaguejando quase em um sussurro.

- Sim, eu sei que ela era importante pra você.

- Obrigado - digo com a voz baixa - com licença - não espero ele falar nada e saio.

Vou em direção as escadas para subir para o quarto que eu estava, mais uma mão segura meu pulso.

- O que eu falei é verdade Elize, eu vou mudar - diz Dominic.

Fico nos encarando e tomo coragem pra falar.

- Eu espero que seja verdade porque da próxima vez que você levar a mão pra mim, eu pego a sua arma e dou um tiro no meio da sua cabeça - riu sem humor - eu cansei de ser tratada do jeito que você me trata. - falo encarando ele - Eu já perdi uma das pessoas mais importantes pra mim e a última você não vai tirar, como você quase fez - digo referindo ao meu filho - Eu perdi o medo que eu tinha de você Dominic , a velha Elize morreu, essa não vai deixa você fazer o que você fazia! Na hora que você levantar a mão pra mim vai está assinando seu atestado de óbito.

Ficamos nos encarando, puxo o meu pulso de sua mão e suba as escadas rumo ao quarto que eu estava.

Depois de ontem, eu não sou a mesma!

Eu abri os meus olhos, a antiga Elize morreu!

Dominic não vai continuar fazendo o que ele fazia comigo, nem ele, nem ninguém.

Eu mudei, mais pra melhor!

Deixei de ser aquela Elize do passado que tinha medo até da própria sombra!

Eu sou uma Bukovsky e vou agir como uma!

Eu me casei com uma ferra, e vou domá-la ou fugir!

Espero que tenham gostado!
Bjs..