A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky's

Capítulo 7

Elize Bukovsky

Acordo com uma luz forte na minha cara e com um teto branco. Vejo que estou em um quarto branco com um equipamento medindo meus sinais vitais.

Fico me perguntando como vim parar aqui, aí eu me recordo das minhas últimas recordações antes de desmaiar, mais quem me trouxe pra cá?

Vejo Dominic sentado me olhando, será que ele me trouxe?

- Dominic, como eu vim parar aqui? - pergunto a ele.

- Eu encontrei você desacordada no chão do seu quarto - diz me encarando - Elize, quando iria me contar a verdade? - me pergunta e faço cara de desentendida.

- E-Eu não sei do que você está falando - não, não, ele não pode saber das minhas crises, eu não sei o que ele faria comigo.

- Elize, vou perguntar mais uma vez, tem algo pra me contar? - pergunta já com raiva.

- Eu não sei o que você quer saber..

- Eu já sei de tudo Elize, quando iria me contar?

- Dominic.. - contínuo - Não é nada...

- Nada Elize, eu já sei do seu nada. Quando iria me contar Elize?

- Não é da sua conta - falo virando o rosto pro lado desviando do seu olhar.

- Em casa conversamos, vista essas roupas - diz me entregando algumas roupas e saindo do quarto.

Me troquei e fui de encontro com Dominic.

Quando estávamos a caminho de casa, passei o caminho inteiro pensando em como seria essa conversa.

Dominic estava olhando pro celular fingindo que eu não existia, eu sei que ele está com raiva, porque nem olhar na minha cara ele olha.

Eu sei que eu tenho que falar com ele e contar o que aconteceu, mas eu não me sinto à vontade pra contar, sei que se eu contar não é minha vida que está em risco, e sim de Naná e de outras pessoas.

Penso isso porque eu não sei se meus pais iriam gostar de saber que o meu querido marido sabe das coisas terríveis que eles fizeram comigo. Sei que Dominic não gosta de mim, mas uma coisa que ele não tolera dentro da máfia é espancamentos em crianças por causa de Aurora e dele mesmo.

As crianças Bukovsky eram espancadas quando crianças por seu pai. O senhor Enzo mudou esse comportamento por causa de sua esposa, não sei o que a senhora Eleonor fez, mas fico feliz que ele tenha o mudado.

Passamos pelos grandes portões e entramos na casa.

- Elize eu sairei pra resolver uns assuntos, quando chegarmos, conversaremos - falando isso ele sai pela porta que acabamos de entrar.

Subo as escadas em direção ao meu quarto, quando estava prestes a entrar no meu quarto, uma voz me chama.

- Elize?

- Aah.. Oi Simone - digo sendo simpática.

- Oie, vejo que não morreu - diz sinica.

- Sim, eu não morri, está gostando da estádia na MINHA casa? - pergunto sinica no mesmo tom que ela.

- Estou adorando, Dominic faz de tudo pra mim me sentir em casa - diz sorrindo maliciosa.

- Que bom, se precisar de alguma coisa é só me chamar - contínuo - Bom, agora irei pro meu quarto, com licença - digo entrando no meu quarto dando nenhuma chance pra ela continuar a falar.

Vou a caminho do banheiro tomar um banho e depois dormir.

Acordo com batidas na porta, me levanto e vou ver quem é.

- Senhora, Senhor Bukovsky quer falar com a senhora em seu escritório - apenas assinto e sigo ela, já que não sei onde é seu escritório.

Vou ao banheiro e faço minhas higienes e vou até seu escritório.

Chegando lá venho uma cena inacreditável, vejo Dominic e Simone transando em cima da mesa.

- Vai amor, com força... Aah - geme - M-mais forte....

Saio dela correndo pro meu quarto chorando, e eu achando que a gente poderia até ser amigos, mas não...

Já está de noite, não sinto fome porque cada pensamento meu me levava aquela cena.

Ouço passos em frente a porta e logo ela é destrancada, Dominic passa por ela com apenas uma calça de moletom e com seu peito desnudo.

- Por que não foi comer? - pergunta quebrando o silêncio.

- Não estava com fome - falo não olhando na cara dele.

- Porque você não está olhando na minha cara? - pergunta - Elize, eu tô falando com você.

- Porque eu não quero - ele foi tentar tocar em mim - NÃO ENCOSTA EM MIM.. - logo sinto o lado do meu rosto arde e lágrimas queimarem meu rosto

Ele me deu um tapa na cara.

- ABAIXA O TOM PRA FALAR COMIGO - fala se aproximando e tentando me dar outro.

- Por favor Dominic, me deixa em paz.. - eu falo chorando - Sai daqui.. eu te peço.

- Eu não vou sair daqui - chega perto de mim e agarra meu braço me puxando pra fora do quarto - Sabe porque eu não vou te deixar em paz? - eu nego com a cabeça sentindo novas lágrimas descerem - Porque eu vou te punir por me desobedecer e por mentir pra mim.

Ele sai me puxando até o " quartinho escuro".

O quartinho escuro é no sub-solo da mansão, onde ocorrem encontros da máfia e muitas vezes eles trazem pessoas pra ala de tortura.

O quartinho escuro é um quarto pequeno todo sujo onde serve pra trancar as pessoas até elas serem torturadas, ou coisas piores.

Dominic me joga lá dentro.

- Você vai ficar aí até aprender a me respeitar - diz e sai trancando a porta me deixando lá no escuro, na sujeira, com os ratos e o esgoto.

- DOMINIC ME TIRA DAQUI - lágrimas já molhavam meu rosto - Eu não fiz nada - digo em um sussurro.

Eu pensei que você era diferente..

Me encosto no canto da parede que estava mais limpa e vejo o tempo passar, sinto meus olhos pesarem e acabo dormindo devido ao cansaço.

Esperou que tenham gostado!
Bjs...