Capítulo 56

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Elize Bukovsky




No capítulo anterior:

- Aurora eu preciso falar uma coisa séria com você - falo séria.

- Sou toda aos ouvidos...



- Mais não pode ser aqui, as paredes tem ouvidos - falo e olho ao redor.

Aurora entende o que eu me referia.

Ela se levanta e vai em direção a porta trancar, pega o controle da TV e liga num canal qualquer ajustando o volume para ninguém nós ouvir.

- Agora assim, pode falar - diz e se senta perto dos meus pés.

- Aurora eu quero fugir daqui - falo de uma vez - e quero a sua ajuda.

Ela fica olhando pra mim um tempo até falar.

- Até que enfim - diz dando um sorriso de orelha a orelha - Pensei que teria que te sequestra pra te tirar daqui, desse inferno.

- Você pensou em me sequestrar - pergunto incrédula.

- Em minha defesa, eu só estava pensando no seu bem-estar - diz faz dos cara de inocente - Mais voltando, eu vou te ajudar, você e esse bebê - diz e acaricia minha barriga.

- Bebês - corrijo - são gêmeos - digo sorrindo.

- G-gêmeos - pergunta e eu assinto - Pelo menos o pai de vocês fez alguma coisa boa nessa vida - diz para a minha barriga - A titia promete fazer a mamãe de vocês ser feliz longe daqui - acaricia minha barriga - mesmo que eu sinta saudades de vocês, vai ser melhor assim - beija minha barriga - vocês vão ser felizes.

Ela podia não me ajudar por não querer me ver longe dela, mais ela, Aurora, é a porra da mulher mais foda do mundo, ela sabia que aquilo era o melhor pra mim e para os bebês.

- Qual vai ser o plano - pergunta.

- Eu ainda não sei - falo e me levanto - Aurora, eu quero levar uma pessoa comigo.

- Mais quem Elize - pergunta confusa - a Katy - pergunta.

- Sim - paro e penso - e também outra pessoa, a Emma.

- Mais quem é Emma - pergunta confusa.

- A noiva do meu irmão - falo.

Ela fala não só com o olhar. Ela sabe que mesmo sendo só eu seria muito arriscado e perigoso, mais agora 3, seria uma missão impossível.

- Rory, eu não posso deixar que ela tenha a mesma vida que eu - continuo - Hugo é pior que Dominic, ele sente prazer em causar dor - fecho os olhos tentando lutar contra as lembranças - Eu sei, eu já senti - deixo uma lágrima escorrer, mais a limpo - Eu te peço, te imploro...

- Tudo bem - diz depois de um tempo em silêncio - só elas e mais ninguém.

Apenas assinto.

Em algumas semanas eu teria liberdade, meus filhos teriam liberdade. Eu poderia andar, fazer o que eu quisesse sem ter medo de ser punida ou apanhar, mais ninguém morreria por mim.

- Mais você tem certeza Elize - pergunta - Porque não terá mais volta - conclui.

- Eu tenho certeza absoluta Aurora - digo pegando suas mãos - É a minha vida que está em jogo, eu preciso fazer isso, por mim, e pelo os bebês.

Eu não disse pra ela o porque eu estava fazendo aquilo, Aurora poderia muito bem querer se vingar ou outra coisa pior e colocar sua vida em risco.

- Você vai fazer o seguinte Elize, presta bem atenção - então ela começa a me falar seu plano - Você vai ter que dar um jeito pra ir no dia que Emma for escolher seu vestido de noiva você ir junto, você e a Katy - continua - Lá você vai dar um jeito de sozinha com ela e perguntar se ela quer fugir junto com você, se ela falar não, tudo bem, só vai fugir você e a Katy, mais se ela falar sim, a gente vai marcar um... - pensa - uma tarde de meninas, noite do pijama, sei lá... pra arquitetar o plano e colocar em prática, entendeu - pergunta.

- Sim...

- Você tem certeza que ela não vai contar pra ninguém - pergunta preocupada.

- Não - falo sincera - mais eu sinto que tenho que confiar nela, Rory.

Ela me olha meio relutante

- Tudo bem, mais qualquer coisa eu do um tiro no meio da testa da piranha - diz.

Aurora não conhece Emma, mais se ela conhece-se com certeza não chamaria ela de piranha, isso é ciúmes.

- Ciúmes dona Aurora - pergunto debochada.

- Claro que não querida, isso se chama preocupação.





Espero que tenham gostado!
Bjs..

A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky'sOnde histórias criam vida. Descubra agora