Capítulo 70

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Elize Bukovsky

Horas antes...


- Está atrasada - fala dona Alessa quando me vê entrar.

- Oi mãe - murmuro e sigo na mesma direção que ela.

Dona Alessa, vulgo minha mãe, não iria mudar seu jeito de me tratar nunca, a prova disso era o modo que ela está a me tratando agora. Ela sabia o risco de me tratar daquela forma, mais ela não se importava e bom... eu não ligava mais, quando uma coisa se repete diariamente você se acostuma ou se adapta. Mais uma coisa eu sabia, eu podia não ligar , mais outra pessoa sim, Dominic.

Era hipócrita, ele podia me humilhar, fazer o que quisesse comigo e ainda queria que as pessoas me respeitassem e me tivesse como a esposa de Capo dei tutti capi, a primeira dama, mais eu não era! Suas ações me puxavam pra baixo e me quebrava ainda mais, eu não era a primeira dama, eu nunca fui! Eu era apenas a Elize...

Escuto Emma chamar meu nome interrompendo meus pensamentos.

- Elize...

- Oi Emma - falo com um sorriso forçado - Como vai - pergunto.

- Bem - ela me devolve a pergunta e eu respondo - Vem cá, deixa eu te apresentar a Antonella - fala e sai me puxando em direção de um morena linda sentada em umas das poltronas.

- Nella - chama a atenção da morena fazendo ela se levantar - Essa é a Elize a minha futura cunhada - se remexe desconfortável - Elize, essa é a Antonella, a minha prima.

- Prazer em te conhecer Elize - fala com um sorriso simpático oferecendo a sua mão e eu aperto - Por favor, me chame de Nella, Antonella é meio grande - diz rindo

- O prazer é meu Nella - retribuo o sorriso.

Ela me chama pra sentar e eu aceito, me sento em umas poltronas e ela na que estava. A gerente me oferece uma taça de champanhe, mais eu recuso, não me faria bem e nem os bebês.

Ainda não caia a ficha...

Um menino e uma menina...

- Emma, escolha logo algum vestido garota, não temos o tempo todo - fala Dona Ellen, a mãe dela - Olá Elize, como vai a vida de casada - pergunta com um sorriso arrogante - Ouvi boatos que anda meio tumultuado com a presença da Simone, conheci ela e ela é um amor de pessoa.

Se um amor de pessoa quer dizer uma atazanasão, então ela é...

- Vai bem, como um casamento deveria ser senhora - respondo com um sorriso forçado - Você deve saber bem já que houve bastantes boatos.

Cobra...

- Eu gostei desse - fala Emma se aproximando interrompendo que sua mãe falasse, mais não de fazer uma cara de quem comeu e não gostou.

- É lindo Emma...

Eu admirava ela, por mais que soubesse o que aconteceria com ela, o seu sorriso não abandonava seu rosto.

Eu torcia que ela aceitasse fugir comigo, porque eu não queria ver aquele sorriso lindo desaparecesse do seu rosto.

- Não, muito simples - diz a mãe dela estampando um sorriso esnobe - Coloca outro.

- Emma minha querida, você tem que ter em mente que você vai ser o centro das atenções,você é a noiva - aperta as bochechas dela - Você não pode vestir lixos como estes, então acha um vestido descente ou terei que tomar providências, e você não vai gostar - Diz minha mãe - Coloca outro.

Emma dá um meio sorriso e assente.

Ela estava indo em direção ao trocador quando um barulho alto de explosão ecoou no lado de fora.

- O que está acontecendo - pergunta dona Ellen alarmada.

De repente houve outra explosão fazendo as paredes tremerem e as janelas queimarem, uma fumaça branca dominou o local impossibilitando a minha visão e fazendo os grisara aumentarem ainda mais.

- ELIZE...

Escuto uma voz me chamar, era Alexandro.

- E-eli..

Mais a voz para e um tiro é disparado.

- ALEXANDRO - grito, mais sem respostas.

Sinto uma fisgada na minha perna e vejo que eu fui atingida. Na hora de explosão as vitrines da loja se quebraram e voaram cacos de vidro pra toda direção, um desses cacos acabou cravando na minha coxa, mais a adrenalina era tonta que eu só sentia um incômodo.

Onde eu estava não era seguro, era um local muito aberto. Olho para todo os lados procurando um lugar seguro e vejo uma mesa, mais antes que eu me arrasta-se até lá uma mão agarra meu tornozelo e me arrasta.

- Me solta, me solta... - mais mesmo eu pedindo ele me puxava até parar no centro do ateliê, onde Emma, Antonella e as outras mulheres estavam.

- Fica quietinha princesa - sussurra no meu ouvido o homem que me arrastou e me colocou de pé de trás pra ele.

Ele estava vestido como os demais, roupas pretas com luvas e marcaras que cobriam seus rostos das mesmas cores.

Ouço passos duros se aproximando.

- Buenas tardes chicas, desculpa interromper os momento de vocês - solta uma risada diabólica - Mais vocês tem algo que eu quero - faz uma pausa - E vocês vão me entregar, não é rapazes - pergunto o homem, com certeza ele era o chefe deles.

- Sim chefe, e podemos levar um bônus - cheira o pescoço da Antonella - Essa gostosinha aqui - diz esboçando um sorriso malicioso e apertando-a fazendo sentir sua intimidade.

- Não, por favor - pede Antonella chorando soluçando baixinho - Para, por favor...

Mais ele não para, ele continua.

- SOLTA ELA SEU FILHO DA PUTA - Emma grita se debatendo nos braços de um dos mascarados.

- Para, por favor..

- Stack, Lith foco - fala o chefe deles - Lembra do que estamos fazendo aqui!

- Chefe ainda temos 10 minutos.

- Eu vou direto ao ponto, quem é Elize Bukovsky - pergunta, mais não respondemos nada.

Nessa hora eu já chorava silêncio, as lágrimas caiam dos meus olhos sem controle.

- Humm... acho que vocês precisam de um incentivo - ele se aproxima da dona Ellen e aponta uma arma na têmpora dela - Quem. de. vocês. é. Elize. Bukovsky - pergunta pausadamente - É melhor responderem se não eu vou estourar a cabeça dela, PORRA - grita emburrando a arma na cabeça dela.

Emma olha se escanteio pra mim e balança a cabeça em negação discretamente.

- 1, 2..

- EU! - grito - Eu sou Elize Bukovsky..

- NÃO - grita Emma - É mentira dela, ela tá fazendo isso pra me proteger, eu sou a Elize Bukovsky, eu sou!

- Chefe não dá mais tempo, eles vão acordar.

- Tragam as três e apaguem as outras.

- Não, não, por favor...

Mais eles nos arrastão até uma van preta, no caminho víamos destruição e sangue, muito sangue!

- ME SOLTA SEU DESGRAÇADO - grita Emma se debatendo.

- Apaguem elas..

- Não, não, nã...









Espero que tenham gostado!
Bjs..

A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky'sOnde histórias criam vida. Descubra agora