Capítulo 73

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Aurora Bukovsky

- Não é hora pra brincadeiras Aurora - fala Matteo.

Começo a rir sem humor.

- A vida da minha amiga tá em perigo e você acha que eu brincando.

Ele nem se importa, bom nenhum deles. Eles voltam ao que estavam fazendo, conversando entre si, com certeza o assunto era o "sequestro" da Elize e das outras.

Estou me saindo uma ótima atriz...

- E-ela vai voltar - em um fio de voz.

- Aurora sai daqui, temos trabalho a fazer - diz o meu pai.

- Mais...

- Vem filha - diz minha mãe me puxando pra longe deles, acatando a ordem do meu pai como uma boa submissa que ela é.

- Filha.. - diz e se joga em meus braços chorando.

- Shh... - passo meus braços em volta dela.

Minutos depois

Me olho no espelho, meus olhos estavam vermelhos pelas lágrimas derramadas. Minha maquiagem estava borrada, na minha bochecha estava o formato de uma lágrima preta recem seca.

Quem me visse assim pensaria que estava sofrendo por Elize, mas a verdade era que chorei por ver minha mãe chorar. Eu sinto a dor que ela tá sentido de alguma maneira, mais sinto. Doía saber que o motivo do seu sofrimento era culpa minha.

Volto pra sala e vejo que todos aqueles homens tinham ido, só eram meu pai, Giuseppe, Matteo e Dominic.

Espero um tempo pra meu pai se afastar, assim ele faz, ele acaba seu copo de uísque e sobe as escadas sumindo pro andar de cima.

Esse é meu momento!

Espero um pouco e faço a minha entrada triunfal.

- Você conseguiu - falo com tudo - Você conseguiu perder a única coisa de boa que você tinha, as únicas coisas boas que você fez na vida, eu espero...

- Aurora - diz Matteo se aproximando de mim - Não é um bom momento.

- Não toque em mim - me afasto brutalmente dele - Não! - olho pra Dominic - A culpa é dele, eu te odeio Dominic, eu te odeio - noto ele andar na minha direção - Não se aproxima, de você eu quero distância!

E em direção à saída, mais uma mão agarra meu pulso me fazendo parar.

- Aonde você pensa que vai?

- Embora daqui, me solte Giuseppe!

- Aurora não é seguro, você...

- Não é seguro ficar aqui perto de vocês, dele! - aponto pra Dominic - E também se me sequestrarem, não vai ser diferente de como da última vez! Talvez eu possa encontrar com Elize - falo e puxo meu pulso do seu aperto.

- Aurora... - escuto Dominic chamar meu nome, mas eu não ligo.

- Você já fez demais...

Falou e entrou batendo na porta ouvindo meu nome ser gritado aos ventos por ele.

Ele pode ser o Don, mas pra mim não, pra mim ele é como qualquer um.

Posso estar brincando com o perigo, mas eu não me importo. O perigo me traz a pergunta que sempre se passa na cabeça das pessoas, você tem medo da morte? Tem medo de morrer? A resposta é não, porque não se pode matar quem já está morto.

Além de que a vida perigosa é mais interessante!

Elize Bukovsky

Eu estava vivendo um sonho que por mais que eu sabia que era real, ainda era um sonho, era o meu sonho se tornando realidade. Quando pensei que eu poderia viver algo assim? Nunca, talvez neles, nos meus sonhos, mais era sonhos bem distantes, impossíveis! Tenho a impressão que um passo que eu der, tudo desmorona e voltará como era normal.

A Prometida ao Don - Livro 1 da série os Bukovsky'sOnde histórias criam vida. Descubra agora