𝑬𝒏𝒕𝒓𝒆𝒗𝒊𝒔𝒕𝒂.

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⚠️ 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝒂𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒑𝒆𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒎 𝒕𝒆𝒐𝒓𝒊𝒂𝒔 𝒎𝒊𝒓𝒂𝒃𝒐𝒍𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔, 𝒃𝒐𝒂 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂!!

⚠️ 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝒂𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒑𝒆𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒎 𝒕𝒆𝒐𝒓𝒊𝒂𝒔 𝒎𝒊𝒓𝒂𝒃𝒐𝒍𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔, 𝒃𝒐𝒂 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂!!

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O escritório de arquitetura Art Life ficava em uma das melhores áreas de Istambul, perto de onde eu morava. Era bom ir para o trabalho a pé e chegar em poucos minutos. Nada do trânsito caótico. Só uma caminhada leve e tranquila. Eu tinha chegado cedo para cuidar de novos contratos que o escritório tinha fechado. Seria preciso recusar algumas ofertas e indicar colegas da área, pois, felizmente, apesar da crise no país, a Art Life seguia de vento em popa.

Já era quase hora do almoço quando meu secretário, Erdem, anunciou que Balca, a chefe do RH, queria falar comigo. Falei que ela podia entrar, pedindo um minuto. Espreguicei-me na cadeira, pensativa. Sabia qual seria o assunto.

- Oi, Eda. - A moça baixa e morena, com cabelos displicentemente presos no alto da cabeça, entrou, sorrindo. Apesar do blazer elegante, usava tênis. Tinha um jeito ao mesmo tempo profissional e jovial.

Apontei uma cadeira na frente da minha mesa, indo direto ao ponto:

- Como foi a entrevista?

- Foi ótima. - Ela me entregou uma pasta. - O currículo e a ficha da entrevista. Gostei muito de Serkan e acho que é perfeito para a vaga.

Abri a pasta e passei os olhos pelo currículo. Serkan trabalhava desde os dezoito anos na área administrativa e depois passou para a sua área de formação, tem um ótimo currículo e boas recomendações.

- Ele é experiente. E parece sério e muito dedicado - continuou Balca. - Ele pode começar na segunda-feira?

Eu ergui os olhos, um tanto incerta. Tinha me esquivado de Selin, achando que ela talvez esquecesse o pedido de trabalho para o marido, mas a filha parecia ansiosa, e não tive coragem de dizer não. Preferi deixar a entrevista aos cuidados de Balca e adiar uma resposta.

Agora tinha que me decidir. Por mim, evitaria contato com aquele homem. Ele havia me perturbado muito na festa. Senti seu olhar intenso o tempo todo e, quando o encarava, ele desviava aqueles olhos intensos, com pálpebras sensualmente pesadas e bastante cílios. Na hora, ele disfarçava e parecia nervoso, mas depois voltava a me olhar. Era verdade que eu tinha ficado excitada. Havia algo nele que me surpreendia, que escapava de sua aparência contida, quase fria. Era a boca com lábios perfeitos, o olhar sedutor, o corpo cujo os músculos as roupas pesadas não disfarçavam. Cheguei a pensar que não fazia por mal, que talvez fosse naturalmente assim e tentasse esconder a sensualidade por conta da religião severa, mas isso não o desculpava por me encarar daquele jeito com a esposa ao lado.

Perdi a cabeça quando disse o que pensava a ele. Eu gostava de Selin, apesar de nos conhecermos havia pouco tempo, e sabia da adoração dela por Serkan. Ela não merecia uma traição. Mas talvez eu tivesse exagerado. Tinha ficado com raiva por ele mexer comigo. E me sentia engasgada com aquele fora que me dera no bar. Agora, que preferia esquecê-lo, o homem aparecia no meu trabalho. Eu não queria ter que vê-lo todos os dias; já havia constrangimento suficiente entre nós.

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